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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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24 julho 2023
#PrometoPausar: Combata a desinformação nas redes sociais
Um simples compartilhamento pode ter consequências graves.
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Notícias
19 outubro 2023
Como proteger a integridade da informação nas plataformas digitais? ONU publica orientações do secretário-geral
“Plataformas digitais geraram esperança às pessoas em tempos de crise e luta, amplificaram vozes que antes não eram ouvidas, e deram vida a movimentos globais. No entanto, essas mesmas plataformas também expuseram um lado mais sombrio do ecossistema digital. Elas permitiram a rápida disseminação de mentiras e do discurso de ódio, causando danos reais em escala global.”
- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, 18 de junho de 2023.
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) lançou, nesta sexta-feira (19/10) a versão em português do Informe de Política sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais, preparado pelo secretário-geral da ONU.
“O nosso objetivo é apoiar uma discussão nacional ampla e inclusiva sobre o papel da integridade da informação para a paz e o desenvolvimento sustentável”, explicou a diretora do UNIC Rio, Maria Ravalli.
O Informe de Política apresenta conceitos e propostas para proteger os direitos fundamentais de acesso à informação e liberdade de expressão, e defendê-los das crescentes ameaças representadas pela proliferação de mentiras, desinformação e discurso de ódio nas plataformas digitais.
Um estudo realizado em 142 países - apresentado no Informe do secretário-geral - mostrou que 58,5% dos usuários regulares de internet e redes sociais ao redor do mundo estão preocupados em encontrar informações falsas on-line.
Para tomar decisões que afetam o dia a dia e o futuro, todas as pessoas necessitam de informação. O acesso à informação é um direito humano fundamental que possibilita a construção do conhecimento sobre a realidade social. É um alicerce para a liberdade, o convívio social e o desenvolvimento.
A integridade da informação que precisamos para realizar nossos direitos vem sendo cada vez mais comprometida com a disseminação de informações falsas, da desinformação e do discurso de ódio, que encontraram um terreno fértil nas plataformas digitais e redes sociais.
O Informe de Política preparado pelo secretário-geral da ONU reflete o entendimento de que o avanço da tecnologia e sua crescente utilização por pessoas de todo o mundo traz consigo uma série de vantagens e oportunidades. O chefe da ONU defende que as oportunidades devem ser maximizadas, enquanto as ameaças precisam ser enfrentadas com seriedade, através de uma abordagem integrada para evitar danos ainda mais significativos à paz e ao desenvolvimento.
"Lidar com o discurso de ódio não significa limitar ou proibir a liberdade de expressão. Significa evitar que o discurso de ódio se transforme em algo mais perigoso, particularmente o incitamento à discriminação, hostilidade e violência, que é proibido pelo direito internacional."
- António Guterres, secretário-geral da ONU, 18 de junho de 2023.
Acesse o documento aqui.
Preocupações e impactos
Os impactos das informações falsas, da desinformação e do discurso de ódio on-line podem ser vistos em todo o mundo, inclusive nas áreas da:
Saúde
Ação climática
Estado de Direito, democracia e eleições
Igualdade de gênero
Paz e Segurança
Resposta humanitária
As informações falsas e a desinformação podem ser perigosas e potencialmente mortais, especialmente em tempos de crise, emergência ou conflito. Durante a pandemia da COVID-19, um dilúvio de informações falsas sobre o vírus, medidas de saúde pública e vacinas circulou nas redes sociais.
Informações errôneas e desinformação sobre a emergência climática estão atrasando ações urgentemente necessárias para garantir um futuro habitável no planeta Terra. Por exemplo, em 2022, simulações aleatórias de organizações da sociedade civil revelaram que o algoritmo do Facebook estava recomendando conteúdo negacionista do clima em detrimento da ciência climática.
As informações falsas e a desinformação também estão impactando a democracia, enfraquecendo a confiança nas instituições democráticas, na mídia independente, e minando também a participação cidadã em assuntos políticos e públicos
Ao longo do ciclo eleitoral, a exposição a informações falsas e enganosas pode privar eleitores e eleitoras da chance de fazer escolhas informadas. A disseminação de informações falsas pode minar a confiança do público nas instituições eleitorais e no próprio processo eleitoral – como no registro eleitoral, na votação e nos resultados – e potencialmente resultar em apatia do eleitor ou rejeição de resultados eleitorais credíveis.
Grupos marginalizados e vulneráveis também são alvos frequentes de informações falsas e do discurso de ódio, resultando em sua exclusão social, econômica e política. Candidatas, eleitoras, funcionárias eleitorais, jornalistas e representantes da sociedade civil são alvos de informações falsas de gênero on-line.
Conceitos e definições
A integridade de informação refere-se à precisão, consistência e confiabilidade da informação. Ela é ameaçada pela desinformação, pelas informações falsas e pelo discurso de ódio.
Informações falsas, desinformação e discurso de ódio são problemas interligados. Embora compartilhem semelhanças, cada um tem suas características distintas:
Desinformação:
A desinformação é uma informação que não é apenas imprecisa, mas também tem a intenção de enganar e é espalhada para causar danos.
Informação falsa:
A informação falsa se refere à disseminação não intencional de informações imprecisas, compartilhadas de boa fé por aqueles que não sabem que estão transmitindo mentiras.
Discurso de ódio:
Discurso de ódio, de acordo com a definição de trabalho da Estratégia e Plano de Ação das Nações Unidas sobre o Discurso de Ódio, é “qualquer tipo de comunicação oral, escrita ou comportamento, que ataca ou usa linguagem pejorativa ou discriminatória com referência a uma pessoa ou grupo com base em quem eles são, ou seja, com base em sua religião, etnia, nacionalidade, raça, cor, descendência, gênero ou outro fator identitário”.
Sobre o Informe de Política
O documento foi preparado pelo secretário-geral das Nações Unidas como parte da série de onze Informes de Política para a Nossa Agenda Comum (em inglês). Este Informe foi publicado originalmente em inglês em junho de 2023, marcando o segundo Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio.
A convite dos Estados-membros, o secretário-geral preparou uma série de Informes para fornecer mais detalhes sobre determinadas propostas contidas no documento Nossa Agenda Comum e para apoiá-los em suas deliberações enquanto se preparam para a Cúpula do Futuro, que será realizada em setembro de 2024.
Os Informes incluem análises do impacto das propostas na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e são fundamentados na Carta das Nações Unidas e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, tendo a igualdade de gênero como tema transversal.
Saiba mais:
Leia o Informe de Política sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais.
Confira as 10 dicas sobre como combater o discurso de ódio nas redes sociais, preparadas pelo Escritório da Assessora Especial da ONU para a Prevenção do Genocídio.
Leia a mensagem do secretário-geral para o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio de 2023.
Para mais informações, entre em contato com o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): unicrio@onu.org.br.
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21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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Notícias
18 outubro 2023
Como combater o discurso de ódio nas redes sociais?
"Lidar com o discurso de ódio não significa limitar ou proibir a liberdade de expressão. Significa evitar que o discurso de ódio se transforme em algo mais perigoso, particularmente o incitamento à discriminação, hostilidade e violência, que é proibido pelo direito internacional."
- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Confira as 10 dicas para ajudar a combater o discurso de ódio nas redes sociais:
1. Coloque-se no lugar das outras pessoas:
Pense duas vezes antes de expressar um julgamento ou opinião nas redes sociais e pergunte a si mesmo(a) se isso pode prejudicar, ofender ou agredir alguém.
2. Submeta as opiniões, informações e imagens a 3 filtros:
CONFIANÇA: vêm de uma pessoa, meio ou fonte confiável?
VERIFICAÇÃO: baseia-se em fatos verificados, evidências e informações comprovadas?
UTILIDADE: qual é o propósito e quais benefícios traz para mim e para outras pessoas?
3. Converse sobre direitos e temas complexos da realidade social com seus familiares, amigos e colegas:
4. Perca o medo de identificar discursos de ódio e discriminação:
Se um membro da sua família ou pessoa conhecida compartilhar uma piada ou expressão racista, sexista ou que promova o ódio ou discriminação, informe, de forma gentil e cordial, que tal mensagem não está correta e explique de maneira clara e concisa o porquê.
5. Aja com responsabilidade nas redes sociais:
Use as redes sociais para aprender coisas novas, reunir seus amigos e pessoas queridas, criar oportunidades econômicas e fortalecer laços de amizade.
6. Não caia na provocação:
Evite entrar em conversas violentas, ameaçadoras ou que promovam a agressão.
7. Denuncie:
Quando encontrar uma mensagem que promova o ódio ou a discriminação, utilize as ferramentas oferecidas pela rede social para denunciar.
8. Informe-se:
Busque informações, guias e apoio contra o discurso de ódio.
9. Busque apoio legal:
10. Liberte-se dos costumes e padrões culturais que geram ódio e discriminação:
Nem todos os costumes ou expressões culturais promovem a inclusão e a convivência saudável. Revise seus costumes e práticas diárias.
Saiba mais:
Informe da ONU sobre integridade da informação nas plataformas digitais
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) publicou, em outubro de 2023, a versão em português do Informe de Política sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais, preparado pelo secretário-geral da ONU.
“O nosso objetivo é apoiar uma discussão nacional ampla e inclusiva sobre o papel da integridade da informação para a paz e o desenvolvimento sustentável”, explicou a diretora do UNIC Rio, Maria Ravalli.
O Informe de Política apresenta conceitos e propostas para proteger os direitos fundamentais de acesso à informação e liberdade de expressão, e defendê-los das crescentes ameaças representadas pela proliferação de mentiras, desinformação e discurso de ódio nas plataformas digitais.
Um estudo realizado em 142 países - apresentado no Informe do secretário-geral - mostrou que 58,5% dos usuários regulares de internet e redes sociais ao redor do mundo estão preocupados em encontrar informações falsas on-line.
Para tomar decisões que afetam o dia a dia e o futuro, todas as pessoas necessitam de informação. O acesso à informação é um direito humano fundamental que possibilita a construção do conhecimento sobre a realidade social. É um alicerce para a liberdade, o convívio social e o desenvolvimento.
A integridade da informação que precisamos para realizar nossos direitos vem sendo cada vez mais comprometida com a disseminação de informações falsas, da desinformação e do discurso de ódio, que encontraram um terreno fértil nas plataformas digitais e redes sociais.
A estratégia e o plano de ação da ONU
Em resposta à tendência alarmante do aumento do discurso de ódio em todo o mundo, o secretário-geral da ONU lançou, em 18 de junho de 2019, a Estratégia e Plano de Ação das Nações Unidas sobre Discurso de Ódio.
Buscando melhorar a resposta da ONU ao fenômeno global do discurso de ódio, essa estratégia é o resultado de uma estreita colaboração entre 16 entidades do Grupo de Trabalho da ONU sobre Discurso de Ódio e é coordenada pela Assessora Especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio.
A Estratégia assume o firme compromisso de intensificar a ação coordenada para combater o discurso de ódio, tanto em nível global quanto nacional.
Visão
A Estratégia e o Plano de Ação reconhecem que o discurso de ódio tem o potencial de incitar a violência e minar a unidade social. A Estratégia reconhece que o discurso de ódio tem sido um precursor de crimes atrozes, incluindo genocídio, nos últimos 75 anos.
A abordagem de coordenação dos esforços de todo o sistema da ONU para identificar, prevenir e confrontar o discurso de ódio está fundamentada em padrões internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de opinião e expressão, princípios de igualdade e não discriminação, bem como outros direitos fundamentais.
A Estratégia tem como objetivo dar às Nações Unidas o espaço e os recursos para enfrentar o discurso de ódio, que representa uma ameaça aos princípios, valores e programas da ONU. Ela orienta o sistema das Nações Unidas sobre como lidar com o discurso de ódio e inclui maneiras de apoiar a ação dos coordenadores residentes da ONU nos Estados-membros.
Princípios e compromissos fundamentais
A Estratégia e o Plano de Ação consistem em 13 compromissos de ação do sistema das Nações Unidas, com base em quatro princípios fundamentais:
A Estratégia e sua implementação devem estar alinhadas com o direito à liberdade de opinião e expressão, já que a ONU apoia um discurso mais positivo - e não menos discurso - como a principal forma de lidar com o discurso de ódio.
O combate ao discurso de ódio é responsabilidade de todas as pessoas. Isso significa que todos(as) nós devemos agir: governos, sociedades, o setor privado, começando pelos indivíduos.
A ONU pretende apoiar uma nova geração de cidadãos digitais, capacitados para reconhecer, rejeitar e enfrentar o discurso de ódio na era digital.
Como uma ação eficaz deve ser apoiada por um melhor conhecimento, a Estratégia exige a coleta coordenada de dados e pesquisas, inclusive sobre as causas básicas, os motivadores e as condições que impulsionam o discurso de ódio.
Saiba mais e faça sua parte:
Quais são as consequências do discurso de ódio?
Como proteger as crianças do discurso de ódio?
Confira a mensagem do secretário-geral da ONU para o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio de 2023.
Visite a página do Escritório da Assessora Especial para a Prevenção do Genocídio (em inglês).
Para mais informações, entre em contato com o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): unicrio@onu.org.br.
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Notícias
24 agosto 2023
⚠️ Alerta de fraude: ONU Brasil reforça aviso sobre contatos falsos usando o nome da Organização
A ONU Brasil reforçou nesta terça-feira (9) o alerta sobre o uso do nome da Organização por fraudadores e estelionatários.
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) recebeu, no decorrer do ano passado, uma média de 45 consultas por semana sobre e-mails falsos ou contatos em redes sociais solicitando dados pessoais e bancários ou recursos financeiros. Em 2023, foram mais de 2000 pedidos de informação.
Alguns dos principais tipos de golpes e fraudes incluem:
Golpe das férias: Por meio de mensagens, pessoas se identificam como servidores de um Estado-membro atuando em Forças de Paz e pedem dinheiro para ter direito a férias. A ONU esclarece que as solicitações de férias são feitas eletronicamente e sem custos para os seus funcionários.
Golpe do noivo: Estelionatários entram em contato com as vítimas pelas redes sociais e/ou e-mail se apresentando como funcionários da ONU em países em situações de conflito armado, tragédia humanitária e/ou desastres naturais. Os fraudadores solicitam dados bancários, transferências bancárias ou via Pix para poder viajar e encontrar suas noivas/noivos no Brasil. Infelizmente, a incidência deste golpe tem crescido significativamente.
Golpe do prêmio: Há também quem se identifique como funcionário da ONU pedindo dados pessoais para liberação de um suposto prêmio em dinheiro.
Golpe do embaixador: Fraudadores se identificam como embaixadores ou apoiadores de alto nível da ONU, e utilizam tal denominação para solicitar dados pessoais e/ou bancários para eventual cadastro e/ou premiações. A ONU esclarece que seus Embaixadores da Boa Vontade não estabelecem contato pelas redes sociais. Verifique, por favor, a lista de Embaixadores da ONU nesta página.
Golpe da casa: Chamamos também a atenção para golpes que se referem à construção de casas ou outras benfeitorias por entidades ligadas às Nações Unidas. Verifique, por favor, a lista de Agências Especializadas, Fundos e Programas na ONU que operam no Brasil, e entre em contato diretamente com a entidade mencionada em qualquer mensagem referente a eventuais projetos em sua cidade, comunidade ou bairro: https://brasil.un.org/pt-br/about/un-entities-in-country.
Orientações da ONU:
A ONU recomenda que os destinatários de mensagens fraudulentas ou suspeitas ajam com extrema cautela e não respondam a pedidos de transferências de dinheiro, em qualquer moeda, nem forneçam informações pessoais. Transferências de fundos ou fornecimento de informações pessoais podem acarretar prejuízos financeiros ou roubos de identidade.
As Nações Unidas informam que prêmios, recursos, certificados ou bolsas acadêmicas não são oferecidos pela internet ou por telefone. A Organização alerta também que nunca pede informações sobre contas bancárias ou dados pessoais de indivíduos.
Em caso de suspeita de contato fraudulento:
A ONU recomenda que as pessoas não respondam quaisquer contatos suspeitos, via e-mail ou redes sociais, e tomem as seguintes medidas:
Classifiquem a mensagem eletrônica como 'spam'.
Nas redes sociais, denunciem o usuário seguindo as regras de cada plataforma digital.
As vítimas são orientadas a denunciar o incidente em qualquer Delegacia de Polícia ou nas Delegacias de Repressão aos Crimes de Informática, ou fazer um Boletim de Ocorrência online, se o serviço estiver disponível em seu estado.
Qualquer pessoa com dúvidas sobre a autenticidade de uma mensagem ou telefonema em nome das Nações Unidas pode enviar um e-mail solicitando esclarecimentos, por meio do “Fale Conosco” da Organização: faleconosco@onu.org.br.
Sobre o uso do emblema das Nações Unidas:
Iniciativas fraudulentas frequentemente usam a logomarca da ONU para se beneficiar indevidamente. Uma resolução da Assembleia Geral datada de 7 de dezembro de 1946 determina que o nome e o emblema das Nações Unidas não poderão ser usados sem a devida autorização do secretário-geral.
Contato para imprensa:
Ana Rosa Reis, UNIC Rio: contato@onu.org.br
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História
06 maio 2024
“Nunca é tarde para estudar"
“Me afastei da escola por conta de ataques racistas e transfóbicos que recebia. A escola é um lugar em que ainda me sinto desconfortável, mas eu sei que eu preciso estar ali dentro, nunca é tarde para estudar", diz Patty Oliver, 21 anos, baiana que hoje reside em Vila Velha, Espírito Santo. Ela passa grande parte do seu dia no Centro de Referência das Juventudes (CRJ), que apoia adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade. Foi lá que a equipe da Busca Ativa Escolar identificou que Patty estava fora da escola e que precisava do apoio de toda a rede de proteção, formada, entre outros, pelas áreas de educação, saúde e assistência social, para que ela retornasse à sala de aula.Atualmente, Patty cursa a segunda etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na EEEM Mário Gurgel, em Vila Velha, e o retorno à escola foi marcado por diversos desafios. "Quando a Patty chegou ao CRJ, há um ano e oito meses, percebemos que ela tinha muitos dos seus direitos violados. Ela estava sem documentação, não frequentava a escola e não tinha endereço fixo. Então, articulamos com a rede para que ela pudesse ser atendida na saúde, na assistência social, na educação e que pudesse adquirir a documentação e ter seus direitos garantidos", diz Vanessa Pinto Vieira, assistente social do Centro de Referência das Juventudes (CRJ) Terra Vermelha.Para garantir que Patty estivesse na escola e apreendendo, a assistente social acionou Alda Dias, agente de integração, que atua como agente comunitária da Busca Ativa Escolar. “Quando soube que Patty estava fora da escola, logo identifiquei um momento de pré-matrícula e trabalhei em um processo de sensibilização com ela, sobre a importância de estar na escola, e acionei a diretora da escola”, conta a agente.“Entendi a importância da escola por meio das conversas com a agente da Busca Ativa. Ela falava que a escola me ajudaria a ter o futuro que eu desejo. Entendi que, se eu não tiver educação, aprendizado, eu não vou conseguir mudar a minha história e a história de outras pessoas", diz Patty. “Quando a agente da Busca Ativa Escolar me acionou para a pré-matrícula de Patty, a chamei na escola para conversar e muitas lágrimas caíram, porque ela tinha o desejo de estudar, mas não sabia como retornar para um lugar em que ela se sentia mal devido ao bullying que sofria. Ela tinha medo. Então, em paralelo, fizemos um trabalho de conscientização com os alunos sobre questões como bullying e violência e com isso conseguimos trazer a Patty para o seio da escola”, diz Elisangela Vieira Bento de Souza, pedagoga da EEEM Mário Gurgel.“Só eu sei o que já escutei, ainda mais por ser uma mulher trans, preta e periférica e por ter uma estética que não está dentro dos padrões que a sociedade quer. Estar na escola, lutando frente a esses ataques e saber que eu tenho uma direção para mim é muito importante”, relata Patty.
Trabalho em redeA Busca Ativa Escolar é uma estratégia desenvolvida por UNICEF e Undime para apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. Para que ela seja efetivamente implementada, é fundamental compreender os motivos que levam à exclusão escolar, caso a caso, de modo que sua abrangência não se restrinja apenas à garantia do acesso e permanência na escola, mas à articulação de políticas públicas integradas que possam enfrentar os motivos que levam à exclusão escolar.
Em Vila Velha, no Espírito Santo, a Busca Ativa Escolar acontece de forma colaborativa entre Estado, municípios, Secretaria de Educação, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de Saúde e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, para que mais meninas e meninos estejam na escola, aprendendo.“O caso da Patty nos mostra a importância da intersetorialidade, foi por meio da relação da secretaria de educação, secretaria de direitos humanos e do comitê intersetorial que nós a identificamos fora da escola e a inserimos e a rematriculamos na sala de aula. Se não tivéssemos essa proximidade, provavelmente Patty não teria voltado para a escola”, diz Rosangela Vargas, coordenadora operacional master da Busca Ativa Escolar e gerente da Gerência de Políticas de Apoio à Permanência e Busca Ativa Escolar.Essa intersetorialidade foi fundamental para assegurar os direitos da Patty. “A rede foi como uma escada de superação, eles me ajudaram a superar vários preconceitos e desafios. Por meio do apoio deles, entendi que a educação é extremamente importante, entendi que eu tenho direitos, por exemplo, direito de usar um nome social com o qual eu me sinta confortável", conta Patty. Patty é otimista quanto ao futuro. “Meu antes e depois na escola foi uma mudança completa. Antes, eu não tinha uma área abrangente de conhecimento, hoje eu tenho. Nunca é tarde para você alcançar o que almeja, não existe um padrão de idade para você ter conhecimento. Meu sonho é ser uma multiartista, ter meus clipes, livros e filmes lançados, ser reconhecida nacionalmente", finaliza Patty com brilho nos olhos. Sobre a Busca Ativa Escolar
A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma plataforma tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. A metodologia apoia para identificar crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, seu atendimento pelos serviços da rede de proteção e sua (re)matrícula e permanência na escola. A plataforma apoia para o registro dos dados de cada caso que está sendo acompanhado, para facilitar o diálogo intersetorial e para o monitoramento e a avaliação de dados e de evidências, ajudando na melhor tomada de decisões por parte da gestão pública.A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do UNICEF e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). No Espírito Santo, todos os 78 municípios fizeram a adesão à estratégia, bem como o estado readeriu, em julho de 2023. Juntos, estado e municípios atuam para identificar rematricular crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de abandoná-la. Para a inciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica da EDP.
Trabalho em redeA Busca Ativa Escolar é uma estratégia desenvolvida por UNICEF e Undime para apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. Para que ela seja efetivamente implementada, é fundamental compreender os motivos que levam à exclusão escolar, caso a caso, de modo que sua abrangência não se restrinja apenas à garantia do acesso e permanência na escola, mas à articulação de políticas públicas integradas que possam enfrentar os motivos que levam à exclusão escolar.
Em Vila Velha, no Espírito Santo, a Busca Ativa Escolar acontece de forma colaborativa entre Estado, municípios, Secretaria de Educação, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de Saúde e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, para que mais meninas e meninos estejam na escola, aprendendo.“O caso da Patty nos mostra a importância da intersetorialidade, foi por meio da relação da secretaria de educação, secretaria de direitos humanos e do comitê intersetorial que nós a identificamos fora da escola e a inserimos e a rematriculamos na sala de aula. Se não tivéssemos essa proximidade, provavelmente Patty não teria voltado para a escola”, diz Rosangela Vargas, coordenadora operacional master da Busca Ativa Escolar e gerente da Gerência de Políticas de Apoio à Permanência e Busca Ativa Escolar.Essa intersetorialidade foi fundamental para assegurar os direitos da Patty. “A rede foi como uma escada de superação, eles me ajudaram a superar vários preconceitos e desafios. Por meio do apoio deles, entendi que a educação é extremamente importante, entendi que eu tenho direitos, por exemplo, direito de usar um nome social com o qual eu me sinta confortável", conta Patty. Patty é otimista quanto ao futuro. “Meu antes e depois na escola foi uma mudança completa. Antes, eu não tinha uma área abrangente de conhecimento, hoje eu tenho. Nunca é tarde para você alcançar o que almeja, não existe um padrão de idade para você ter conhecimento. Meu sonho é ser uma multiartista, ter meus clipes, livros e filmes lançados, ser reconhecida nacionalmente", finaliza Patty com brilho nos olhos. Sobre a Busca Ativa Escolar
A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma plataforma tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. A metodologia apoia para identificar crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, seu atendimento pelos serviços da rede de proteção e sua (re)matrícula e permanência na escola. A plataforma apoia para o registro dos dados de cada caso que está sendo acompanhado, para facilitar o diálogo intersetorial e para o monitoramento e a avaliação de dados e de evidências, ajudando na melhor tomada de decisões por parte da gestão pública.A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do UNICEF e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). No Espírito Santo, todos os 78 municípios fizeram a adesão à estratégia, bem como o estado readeriu, em julho de 2023. Juntos, estado e municípios atuam para identificar rematricular crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de abandoná-la. Para a inciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica da EDP.
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História
02 maio 2024
"A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda"
São oito horas da manhã em Pacaraima, pequena cidade do estado de Roraima que faz fronteira com a Venezuela. Uma caixa de som anuncia que a equipe da sala de vacina já começou os preparativos para imunizar refugiados e migrantes que entram no País. É nessa hora que Angélica Morales, técnica de enfermagem, chega ao local de trabalho.“O trabalho começa antes do público chegar. Arrumamos as caixas, organizamos os termômetros e verificamos os lotes e validades das vacinas. Sempre deixamos tudo pronto antes da sala de vacina abrir. Atendemos em torno de 400 pessoas todos os dias”.Todos os dias, centenas de venezuelanos cruzam a fronteira brasileira passando por Pacaraima, entre eles crianças e adolescentes com atraso no esquema de imunização.
“Temos dois grandes compromissos de saúde para com as crianças que chegam ao Brasil: verificação da situação nutricional e complemento dos esquemas vacinais, garantindo o cuidado inicial que todas merecem. O UNICEF apoia o Governo do Brasil frente à emergência do fluxo migratório e os municípios no fortalecimento de suas estruturas para que abranjam este grupo populacional com atenção primária a saúde de maneira integral”, destaca a Oficial de Saúde e Nutrição do UNICEF, Paula Buck.
As ações são implementadas em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) no âmbito da Operação Acolhida, a resposta humanitária liderada pelo Governo Federal. O objetivo é garantir o direito à saúde das crianças que entram, mas também daquelas que vivem no Brasil, evitando o retorno de doenças que podem ser prevenidas por vacina.Na sala de espera, diversas famílias começam a chegar e formar fila para aguardar o atendimento. Em um canto está a família Suárez, que conversa baixinho. A mãe, Laura Suárez, e o pai, Edgardo Urbano, tranquilizam os filhos Alan, de nove anos, e Carlos, de 14, ambos com síndrome de Down, sobre o que está prestes a acontecer.
Depois de uma longa viagem de ônibus, haviam acabado de chegar ao Brasil quando foram encaminhados para a sala de vacina – etapa essencial para a regularização no país. Laura conta que a viagem havia sido tranquila e que o processo na fronteira também estava. Em um momento, os pais decidem compartilhar uma preocupação: o medo dos meninos não se adaptarem ao Brasil.
“Por conta da síndrome de Down, meus meninos têm um desenvolvimento mais lento do que de outros meninos da sua idade. Minha esperança nesse novo país é que eles possam aprender, ter uma vida melhor e que sejam independentes de todas as formas possíveis. Decidimos vir ao Brasil para tentar dar uma vida melhor e de qualidade para nossos filhos. Essa é a nossa prioridade”, compartilhou Laura.
Dentro da sala de vacina, tudo está pronto para atender a população. Após a primeira família, que é vacinada e logo liberada, chega a vez da família Suarez. A técnica em enfermagem Angélica, que é ela própria venezuelana, recebe todos com um sorriso no rosto: conversa com as crianças, adolescentes, adultos e idosos que aguardam na sala para vacinar.“Eu me sinto bem em poder atender o meu povo na sua língua materna. Explico o que vai ser feito, onde vou tocar e o porquê daquelas vacinas. Eu quero que eles se sintam bem e tranquilos nesse recomeço”, complementa Angélica.Quando chega a vez de Alan e Carlos serem atendidos, Angélica cumprimenta os pais e já inicia a conversa diretamente com as crianças. Carlos, que é o irmão mais velho, se voluntaria para ser o primeiro. Faz cara feia, mas mostra coragem para incentivar o irmão mais novo a não ter medo. Ao todo, ele toma cinco vacinas e, apesar de a última ter sido a mais dolorida, não deixou que isso o abalasse.
“A vacina será boa para minha saúde. Mesmo que doa, sou forte”, completa.
Na vez do irmão mais novo, mesmo com o esforço de Carlos, Alan continua com medo. Angélica o acolhe, e permite que fique abraçado com a mãe no momento da vacina. “Quando converso com as crianças, elas se sentem mais seguras. Tento tranquilizá-las, mostro como a agulha é pequena e falo ‘olha como a agulha é pequenininha, não vai doer’, e sempre começo com a tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), que é a vacina que não dói”, explica Angélica.Como grande parte de refugiados e migrantes que entram no país não receberam todas as vacinas indicadas no calendário de vacinação brasileiro ou estão em atraso, o UNICEF, em parceria com a ADRA, monitora o seu status de vacinação também em abrigos de Roraima. Por meio dos monitores de saúde, foram realizadas em 2023 mais de 43 mil avaliações de cadernetas de vacinação, com 6.465 crianças menores de cinco anos sendo vacinadas. Além disso, o UNICEF apoia as secretarias municipais de saúde de Boa Vista e Pacaraima no projeto de implementação de campanhas de vacinação, colaborando com a equipe de vacinação itinerante.
Já na sala de vacinação, os pais dos meninos também se vacinam e o atendimento dura poucos minutos. A família, que acabara de atualizar o seu esquema vacinal, poderia seguir para conseguir a sua documentação e liberação para permanecer no país.“Estou muito feliz que todos os profissionais aqui no posto de vacinação foram tão amáveis com minha família, pelo carinho com meus filhos”, destacam os pais Laura e Edgard.A família seguiu em frente à sua nova vida, mas na sala de vacinação o dia estava apenas começando. Desde 2022, a profissional conta que já atendeu mais famílias do que poderia se lembrar.
“Eu não sou nem ‘a quarta parte’ de quem eu era antes. Eu amadureci, aprendi a importância da vacina e me tornei uma multiplicadora dessa importância. Todos os dias, centenas de pessoas cruzam a fronteira procurando uma vida melhor e acredito que a melhor maneira de iniciar essa vida é se imunizando e protegendo sua família e a comunidade. O Sistema Único de Saúde oferta todas as vacinas que uma criança e um adulto precisam. Em outros lugares não temos essa possibilidade, não de maneira gratuita. Existe essa facilidade de acesso a algo que protege a todos pelo resto da vida sem pagar nada por isso. A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda”, finaliza a profissional.
Este trabalho, que compõe a resposta ao fluxo migratório da Venezuela em Roraima, é possível graças ao apoio estratégico do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: Vacinas | UNICEF Brasil
“Temos dois grandes compromissos de saúde para com as crianças que chegam ao Brasil: verificação da situação nutricional e complemento dos esquemas vacinais, garantindo o cuidado inicial que todas merecem. O UNICEF apoia o Governo do Brasil frente à emergência do fluxo migratório e os municípios no fortalecimento de suas estruturas para que abranjam este grupo populacional com atenção primária a saúde de maneira integral”, destaca a Oficial de Saúde e Nutrição do UNICEF, Paula Buck.
As ações são implementadas em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) no âmbito da Operação Acolhida, a resposta humanitária liderada pelo Governo Federal. O objetivo é garantir o direito à saúde das crianças que entram, mas também daquelas que vivem no Brasil, evitando o retorno de doenças que podem ser prevenidas por vacina.Na sala de espera, diversas famílias começam a chegar e formar fila para aguardar o atendimento. Em um canto está a família Suárez, que conversa baixinho. A mãe, Laura Suárez, e o pai, Edgardo Urbano, tranquilizam os filhos Alan, de nove anos, e Carlos, de 14, ambos com síndrome de Down, sobre o que está prestes a acontecer.
Depois de uma longa viagem de ônibus, haviam acabado de chegar ao Brasil quando foram encaminhados para a sala de vacina – etapa essencial para a regularização no país. Laura conta que a viagem havia sido tranquila e que o processo na fronteira também estava. Em um momento, os pais decidem compartilhar uma preocupação: o medo dos meninos não se adaptarem ao Brasil.
“Por conta da síndrome de Down, meus meninos têm um desenvolvimento mais lento do que de outros meninos da sua idade. Minha esperança nesse novo país é que eles possam aprender, ter uma vida melhor e que sejam independentes de todas as formas possíveis. Decidimos vir ao Brasil para tentar dar uma vida melhor e de qualidade para nossos filhos. Essa é a nossa prioridade”, compartilhou Laura.
Dentro da sala de vacina, tudo está pronto para atender a população. Após a primeira família, que é vacinada e logo liberada, chega a vez da família Suarez. A técnica em enfermagem Angélica, que é ela própria venezuelana, recebe todos com um sorriso no rosto: conversa com as crianças, adolescentes, adultos e idosos que aguardam na sala para vacinar.“Eu me sinto bem em poder atender o meu povo na sua língua materna. Explico o que vai ser feito, onde vou tocar e o porquê daquelas vacinas. Eu quero que eles se sintam bem e tranquilos nesse recomeço”, complementa Angélica.Quando chega a vez de Alan e Carlos serem atendidos, Angélica cumprimenta os pais e já inicia a conversa diretamente com as crianças. Carlos, que é o irmão mais velho, se voluntaria para ser o primeiro. Faz cara feia, mas mostra coragem para incentivar o irmão mais novo a não ter medo. Ao todo, ele toma cinco vacinas e, apesar de a última ter sido a mais dolorida, não deixou que isso o abalasse.
“A vacina será boa para minha saúde. Mesmo que doa, sou forte”, completa.
Na vez do irmão mais novo, mesmo com o esforço de Carlos, Alan continua com medo. Angélica o acolhe, e permite que fique abraçado com a mãe no momento da vacina. “Quando converso com as crianças, elas se sentem mais seguras. Tento tranquilizá-las, mostro como a agulha é pequena e falo ‘olha como a agulha é pequenininha, não vai doer’, e sempre começo com a tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), que é a vacina que não dói”, explica Angélica.Como grande parte de refugiados e migrantes que entram no país não receberam todas as vacinas indicadas no calendário de vacinação brasileiro ou estão em atraso, o UNICEF, em parceria com a ADRA, monitora o seu status de vacinação também em abrigos de Roraima. Por meio dos monitores de saúde, foram realizadas em 2023 mais de 43 mil avaliações de cadernetas de vacinação, com 6.465 crianças menores de cinco anos sendo vacinadas. Além disso, o UNICEF apoia as secretarias municipais de saúde de Boa Vista e Pacaraima no projeto de implementação de campanhas de vacinação, colaborando com a equipe de vacinação itinerante.
Já na sala de vacinação, os pais dos meninos também se vacinam e o atendimento dura poucos minutos. A família, que acabara de atualizar o seu esquema vacinal, poderia seguir para conseguir a sua documentação e liberação para permanecer no país.“Estou muito feliz que todos os profissionais aqui no posto de vacinação foram tão amáveis com minha família, pelo carinho com meus filhos”, destacam os pais Laura e Edgard.A família seguiu em frente à sua nova vida, mas na sala de vacinação o dia estava apenas começando. Desde 2022, a profissional conta que já atendeu mais famílias do que poderia se lembrar.
“Eu não sou nem ‘a quarta parte’ de quem eu era antes. Eu amadureci, aprendi a importância da vacina e me tornei uma multiplicadora dessa importância. Todos os dias, centenas de pessoas cruzam a fronteira procurando uma vida melhor e acredito que a melhor maneira de iniciar essa vida é se imunizando e protegendo sua família e a comunidade. O Sistema Único de Saúde oferta todas as vacinas que uma criança e um adulto precisam. Em outros lugares não temos essa possibilidade, não de maneira gratuita. Existe essa facilidade de acesso a algo que protege a todos pelo resto da vida sem pagar nada por isso. A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda”, finaliza a profissional.
Este trabalho, que compõe a resposta ao fluxo migratório da Venezuela em Roraima, é possível graças ao apoio estratégico do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: Vacinas | UNICEF Brasil
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História
29 abril 2024
O primeiro dia de Angélica na escola brasileira
Angélica chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e perdeu o ano escolar. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.O sinal que alerta os estudantes que a aula vai começar soa. São 13h30, e crianças e adolescentes caminham para a sala de aula. Aqui, a conversa nos corredores soa diferente. A mistura dos dialetos em português, espanhol e um “portunhol” arriscado fazem parte do clima escolar da 13 de Setembro, escola estadual da zona sul de Boa Vista, capital de Roraima, estado brasileiro que recebe o fluxo migratório venezuelano.
É neste cenário que Angélica Girón, de 15 anos, entra pela primeira vez em uma escola depois de nove meses de sua chegada ao Brasil, “É diferente porque os professores falam português, e grande parte dos alunos fala espanhol. Mas se preocupam se estou entendendo ou não, então falam devagar”, conta.
Angélica é a segunda filha de oito irmãos e, apesar de todos os irmãos migrarem ao Brasil junto à mãe, ela confessa que mudar de país não estava entre os seus planos. Ela havia ficado na Venezuela e morou com a avó, mas a saudade apertou e a menina veio a Roraima. Na fronteira, sua mãe a esperava para levá-la a Boa Vista, capital do estado e onde fica o Rondon 1, o maior abrigo da América Latina e agora lar da família.
Angélica é uma figura conhecida no abrigo humanitário em que vive. Extrovertida, brincalhona e tagarela, virou amiga dos professores e monitores do Súper Panas, espaço amigável à infância que o UNICEF e parceiros mantêm nos abrigos. Os espaços, além de oferecer atividades educativas e de apoio psicossocial, também implementam a Busca Ativa Escolar, estratégia desenvolvida pelo UNICEF que apoia os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão e que em 2023, em Roraima, ajudou a identificar e matricular 2.300 crianças e adolescentes migrantes que moram nos abrigos da Operação Acolhida e que estavam fora da escola.
Foi no Súper Panas que Angélica e sua mãe, Reina Villanueva, de 35 anos, receberam informações sobre como funciona a educação no país, quais documentos levar e quais eram as escolas mais próximas de onde vivem.“Fizemos cópias dos documentos necessários, recebemos orientação e fomos até a Escola 13 de Setembro, que é onde eu estudo hoje. Fomos recebidos muito bem, consegui me inscrever e, na semana seguinte, já estava indo para a escola”, diz a adolescente, entusiasmada.Angélica conta que chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e por isso perdeu o ano escolar. Mas quando soube, em janeiro de 2024, através de um dos monitores do Súper Panas, que as matrículas para o novo ano estavam abertas, ela e sua mãe tomaram a iniciativa de retomar os estudos. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.
A mãe de Angélica se emociona ao falar da educação da filha. Ela destaca que a vinda ao Brasil teve como finalidade principal garantir que seus filhos tivessem o direito de ir à escola:“Tomamos a decisão de migrar para que eles tenham um futuro. Todos os meus filhos estão indo para a escola aqui no Brasil, e eu não poderia estar mais feliz. Ela chega à noite e conta sobre sua tarde, como está se adaptando na escola e como está gostando dos professores”. Estas iniciativas são possíveis com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://buscaativaescolar.org.br/
É neste cenário que Angélica Girón, de 15 anos, entra pela primeira vez em uma escola depois de nove meses de sua chegada ao Brasil, “É diferente porque os professores falam português, e grande parte dos alunos fala espanhol. Mas se preocupam se estou entendendo ou não, então falam devagar”, conta.
Angélica é a segunda filha de oito irmãos e, apesar de todos os irmãos migrarem ao Brasil junto à mãe, ela confessa que mudar de país não estava entre os seus planos. Ela havia ficado na Venezuela e morou com a avó, mas a saudade apertou e a menina veio a Roraima. Na fronteira, sua mãe a esperava para levá-la a Boa Vista, capital do estado e onde fica o Rondon 1, o maior abrigo da América Latina e agora lar da família.
Angélica é uma figura conhecida no abrigo humanitário em que vive. Extrovertida, brincalhona e tagarela, virou amiga dos professores e monitores do Súper Panas, espaço amigável à infância que o UNICEF e parceiros mantêm nos abrigos. Os espaços, além de oferecer atividades educativas e de apoio psicossocial, também implementam a Busca Ativa Escolar, estratégia desenvolvida pelo UNICEF que apoia os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão e que em 2023, em Roraima, ajudou a identificar e matricular 2.300 crianças e adolescentes migrantes que moram nos abrigos da Operação Acolhida e que estavam fora da escola.
Foi no Súper Panas que Angélica e sua mãe, Reina Villanueva, de 35 anos, receberam informações sobre como funciona a educação no país, quais documentos levar e quais eram as escolas mais próximas de onde vivem.“Fizemos cópias dos documentos necessários, recebemos orientação e fomos até a Escola 13 de Setembro, que é onde eu estudo hoje. Fomos recebidos muito bem, consegui me inscrever e, na semana seguinte, já estava indo para a escola”, diz a adolescente, entusiasmada.Angélica conta que chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e por isso perdeu o ano escolar. Mas quando soube, em janeiro de 2024, através de um dos monitores do Súper Panas, que as matrículas para o novo ano estavam abertas, ela e sua mãe tomaram a iniciativa de retomar os estudos. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.
A mãe de Angélica se emociona ao falar da educação da filha. Ela destaca que a vinda ao Brasil teve como finalidade principal garantir que seus filhos tivessem o direito de ir à escola:“Tomamos a decisão de migrar para que eles tenham um futuro. Todos os meus filhos estão indo para a escola aqui no Brasil, e eu não poderia estar mais feliz. Ela chega à noite e conta sobre sua tarde, como está se adaptando na escola e como está gostando dos professores”. Estas iniciativas são possíveis com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://buscaativaescolar.org.br/
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História
26 abril 2024
No Tocantins, comunidade aprende sobre o caju e ganha novas perspectivas de trabalho e renda
Maria Aparecida vive há dois no Assentamento Remansão, em Nova Olinda, no Tocantins.Ela e outros 39 vizinhos participaram de um projeto que buscou apoiar o plantio e o manejo do caju no assentamento, com o objetivo de ampliar a renda e reduzir as vulnerabilidades econômicas na região. As atividades incluíram uma capacitação sobre o manejo, oficinas sobre o papel da mulher e dos jovens nos processos produtivos, além da aquisição e plantio de 15.000 mudas de cajuMaria Aparecida teve participação ativa em todas as atividades, demonstrando entusiasmo em aprender novas técnicas:“O que eu mais gostei foi saber sobre a enxertia [que permite a união de duas plantas diferentes]. Incrível como uma planta dá vida à outra, é uma coisa de Deus”. "Eu amei tudo, porque é um aprendizado na nossa vida", resumiu, acrescentando estar sempre aberta a novos conhecimentos e referindo-se a si mesma como "Maria Desafio", por sua disposição em enfrentar e superar obstáculos.A iniciativa em Nova Olinda foi implementada pelo UNOPS, organismo das Nações Unidas especializado em gestão de projetos, com recursos oriundos da fiscalização da legislação trabalhista pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). As oficinas e capacitações ficaram a cargo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que tem atuação no território. O Assentamento Remansão foi criado em setembro de 2001, por meio de portaria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), para assentar 157 famílias. "A comunidade do Remansão, embora tenha recebido a terra, não teve incentivo para trabalhar nela e garantir sua permanência no local. Por isso, foi selecionada para participar do projeto”, explica a procuradora do Trabalho Cecília Amália Cunha Santos, que atua no município de Araguaína, em Tocantins, e foi responsável pela destinação dos recursos ao projeto. “O impacto das atividades será significativo, pois eles poderão se beneficiar de uma maior produção de castanha e de um estímulo à produção coletiva, garantindo sua sustentabilidade e permanência no território." PotencialO líder comunitário Cícero Rodrigues também participou das atividades e destacou o potencial econômico do aprendizado: “Ninguém aqui sabia a forma correta de plantar [o caju]. O impacto dessas oficinas é que atraímos mais olhares e trouxemos mais esperança para as famílias, que agora passaram a trabalhar em mutirões”. O caju produzido no assentamento pode ser usado para a fabricação e/ou comercialização de uma série de produtos, como polpa, sucos, refrigerantes, cajuína, cerveja, cachaça, além da castanha em seus diversos formatos (desidratada, frita, caramelizada, em pó, etc.).Ao longo da parceria, foram realizadas quatro oficinas com as famílias-alvo, abordando cajucultura, manejo de mudas, plantio, adubação, doenças e tratamentos, além de workshops sobre organização comunitária e o papel das mulheres na produção. As atividades foram planejadas de forma participativa, com dinâmicas populares para facilitar a compreensão dos temas. “O conjunto dessas ações, que vão da formação ao plantio das mudas, impacta positivamente a comunidade, pois as famílias podem e devem replicar esse conhecimento e seus resultados práticos”, aponta Evandro Rodrigues dos Anjos, que acompanhou os trabalhos pela Comissão Pastoral da Terra. “O próprio município é impactado, porque há aumento da autonomia financeira das famílias e mais renda na região”.Para a procuradora Cecília, há também ganhos do ponto de vista do acesso a direitos:"O fortalecimento da comunidade previne o aliciamento ao trabalho escravo, que é o objetivo principal da ação: capacitar a comunidade para que seus membros não estejam sujeitos a formas precarizadas de trabalho, permitindo que vivam de maneira sustentável e digna em seu território."
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História
23 abril 2024
"Ela não sabia pegar no lápis, e hoje, já sabe ler e escrever"
A iniciativa identifica crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, e encaminha para os serviços da rede de proteção e (re)matrícula e permanência na escola.Durante os 22 anos de trabalho como professora, Adriana Santana testemunhou muitas histórias de estudantes, mas a jornada de alfabetização de Julia Batista ainda a emociona. “Há 1 ano ela não sabia nem pegar no lápis”, conta Adriana. Aos 6 anos, a menina nunca tinha frequentado a escola. Foi somente durante uma ação do Dia D da Busca Ativa Escolar (BAE), realizada pela Secretaria Municipal de Educação, do município de Rio Real (BA), que a história dela com a escola teve início. Os agentes comunitários da BAE foram de porta em porta na cidade em busca de crianças e adolescentes que estivessem fora da escola. "Por eu já ser da região, eu já conhecia algumas pessoas lá. Uma delas nos abordou e falou: por que vocês não vão na casa de Raimunda? Tem três crianças lá que nunca foram para a escola", lembra a professora Adriana. As crianças eram Julia Batista e os irmãos mais novos, Isabele Vitória e Arthur Batista, que na época tinham 3 e 1 ano, respectivamente. “Conversei com a mãe para entender por que Julia não ia para a escola. Durante a conversa, a mãe compartilhou comigo sobre a situação de saúde que ela estava passando e que por isso não conseguia levar a criança para a escola”, conta a professora Adriana, uma das agentes comunitárias participantes da equipe da Busca Ativa Escolar. Após tomar conhecimento da situação de saúde de Raimunda dos Santos, mãe de Julia, a Secretaria de Educação identificou que a família também necessitava de outros serviços da rede de proteção, então acionou o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Saúde. Depois dos encaminhamentos feitos pela equipe da Busca Ativa Escolar do município, Raimunda iniciou o tratamento e Júlia começou a frequentar a escola. “Júlia não estudava muito pelo problema de saúde da minha mãe. Era difícil, ou ela viajava para se tratar ou levava para a escola”, conta Renilde Batista dos Santos, de 18 anos, irmã mais velha de Júlia. Com ajuda da família e amigos para ir até a escola, Julia iniciou na turma do 1º ano do Ensino Fundamental na Escola Laísa de Souza Guimarães e os irmãos Isabele e Arthur foram para a creche do município. “Para ela tudo era novo e diferente. Ela já entrou na escola na série para a idade dela, e aprendeu a ler e escrever no mesmo ano”, diz Adriana, cheia de orgulho da estudante. “Eu fui professora dela nesse primeiro ano, em sala de aula ela era uma criança que estava sempre atenta, ela queria muito aprender”. Com apoio da irmã, hoje Júlia faz as tarefas de casa e tem se desenvolvido cada vez mais na escola. “Começar a escola foi muito importante. É algo para o futuro dela”, conclui Renilde. Sobre a Busca Ativa Escolar A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma plataforma tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. A metodologia apoia para identificar crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, seu atendimento pelos serviços da rede de proteção e sua (re)matrícula e permanência na escola. A plataforma apoia para o registro dos dados de cada caso que está sendo acompanhado, para facilitar o diálogo intersetorial e para o monitoramento e a avaliação de dados e de evidências, ajudando na melhor tomada de decisões por parte da gestão pública. A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do UNICEF e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Para a Busca Ativa Escolar, o UNICEF conta com o parceiro Bracell. Para saber mais, siga @unicebrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/busca-ativa-escolar
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Notícias
03 maio 2024
Biogás: potencial brasileiro de descarbonização é enorme
A sexta edição do Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) reuniu 771 inscritos de 16 estados brasileiros e 13 países, de 16 a 18 de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). Foi a maior edição do evento desde sua criação, consolidando a ampliação do diálogo setorial. O evento contou com 10 painéis temáticos, além de eventos paralelos e visitas técnicas a plantas de biogás e biometano.O Fórum foi realizado por CIBiogás, Embrapa Suínos e Aves e Universidade de Caxias do Sul (UCS), e foi organizado pela Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera).O evento teve apoio institucional do Projeto GEF Biogás Brasil, que é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility, ou GEF) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora.Integrantes da equipe técnica e representantes de entidades do Comitê Diretor do Projeto GEF Biogás Brasil participaram de cinco palestras do Fórum.O coordenador do Projeto e assessor da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC) do MCTI, Gustavo Ramos, foi moderador do painel intitulado “Biogás bem feito”. Além de conduzir o diálogo entre os palestrantes, o coordenador destacou o papel do biogás na diversificação da matriz energética nacional em direção à economia verde.“O potencial brasileiro de descarbonização é enorme e temos um papel fundamental nesse sentido. Há muito espaço para avançar e proporcionar maior segurança energética ao país. Além disso, temos a oportunidade de estruturar e expandir as questões relacionadas ao saneamento e aos serviços ambientais, ao aproveitamento de resíduos e à economia circular. Somente com a integração dessas cadeias e com a organização e mobilização a níveis regional e local é que iremos, realmente, aproveitar todo o potencial existente e de uma forma mais rápida”, disse Gustavo Ramos.O diretor de desenvolvimento tecnológico do CIBiogás e coordenador de projeto de biogás no GEF Biogás Brasil pela UNIDO, Felipe Marques, participou do mesmo painel como debatedor. Ele falou sobre desafios importantes para o aproveitamento do biogás em todas as suas formas.“Além do desafio técnico, existe um desafio de mercado que precisa de um esforço específico. Porque se você pega uma planta de biogás que só produz energia elétrica, ela está fazendo 30% do que poderia realizar”, explicou Felipe Marques.Além de fonte sustentável de eletricidade, o biogás pode gerar energia térmica, combustível biometano, CO2 para uso industrial, fertilizante orgânico e outros subprodutos, dando um fim rentável e sustentável a resíduos orgânicos agroindustriais e urbanos.O especialista em gestão de projetos no GEF Biogás Brasil pela UNIDO, Bruno Neves, foi palestrante no painel “Capacitações Técnicas e Mercado de Trabalho”. Durante a palestra, ele reforçou outros benefícios importantes da produção de biogás: a geração de emprego e a redução de emissões de gases poluentes.“A cadeia de valor do biogás tem o potencial de gerar até 800 mil empregos através da redução de 642 milhões de toneladas equivalentes de CO2 por ano. Então, estamos gerando empregos e reduzindo milhões de toneladas de emissões”, disse Bruno Neves, mencionando dados apurados pelo Projeto GEF Biogás Brasil em parceria com a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás).Tratando de políticas públicas voltadas para o setor, o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Sidney Medeiros, participou de um painel sobre valorização de atributos do biogás. O MAPA faz parte do Comitê Diretor do Projeto GEF Biogás Brasil. Durante o painel, o auditor falou sobre caminhos possíveis para empreendedores e produtores rurais acessarem políticas de estímulo à produção de biogás, como o plano ABC+.“Mais especificamente no caso da agenda do biogás e do biometano, o plano ABC+ fomenta a adoção da implantação de biodigestores para produção de biogás e purificação de biometano. Proporcionamos todo um aparato para que isso aconteça, desde capacitação e prestação de assistência técnica, até a existência de linhas de crédito. Existe uma linha específica de crédito no plano ABC+ à qual o produtor tem acesso com juros diferenciados e carência mais atrativa para a adoção dessas práticas”, explicou Sidney Medeiros.O engenheiro e superintendente de energias renováveis na Itaipu Binacional, Rogério Meneghetti, foi moderador de um painel focado em modelos de negócio voltados para a geração de energia elétrica. Itaipu também faz parte do Comitê Diretor do Projeto GEF Biogás Brasil. O superintendente destacou alguns aspectos importantes da discussão feita durante o painel, como o aumento da demanda nacional por eletricidade e as soluções oferecidas pelo biogás.“Achei interessante as falas dos painelistas sobre os picos de consumo que estamos tendo no Brasil, e também o aumento de consumo ao final dos dias. O biogás pode aumentar a geração de energia. Novos modelos de negócio, como microrredes, podem viabilizar o biogás em diversos locais. Além disso, o apoio das instituições que compõem o Projeto GEF Biogás Brasil e colaboram com a discussão regulatória para o setor é essencial”, disse Rogério Meneghetti.A diretora executiva da Associação Mundial de Biogás (World Biogas Association, ou WBA), Charlotte Morton, participou da abertura do Fórum e acompanhou os painéis do evento. A WBA é uma associação comercial global sediada em Londres, no Reino Unido. Segundo a Charlotte, a entidade está atenta ao papel do Brasil no setor.“Pela perspectiva da WBA, este é um ano muito empolgante para o Brasil, que irá sediar o G20. Há várias oportunidades para que nós aproveitemos o G20 para promover o alinhamento de mecanismos de políticas públicas e de compromissos para aumentar a produção de biogás”, disse Charlotte Morton.A diretora executiva também participou de um encontro da Rede Mulheres do Biogás, que ocorreu entre as atividades paralelas do Fórum. O grupo foi criado em 2021 para conectar e empoderar mulheres do setor de biogás.Segundo a coordenadora de governança da rede, Leidiane Mariani, o encontro no Fórum teve o objetivo de promover o networking e o compartilhamento de experiências. Segundo dados apresentados pela rede durante o encontro, 32% das vagas de emprego no setor de energias renováveis são ocupadas por mulheres, sendo poucas em cargos de liderança, o que mostra um desafio setorial para alcançar a igualdade de gênero.“Realizamos várias reuniões, mentorias, eventos, troca de conhecimento, para a gente se apoiar na missão de empoderar mulheres em busca de equidade de gênero no setor de biogás e biometano do Brasil. Novamente, estamos no Fórum, realizando esse encontro presencial e oportunizando que as mulheres façam networking entre elas para se fortalecerem”, contou Leidiane Mariani, que foi premiada na categoria “Melhor Profissional” do Prêmio Melhores do Biogás deste ano durante cerimônia no FSBBB.Cerca de 60 profissionais do setor de biogás e biometano participaram diretamente de palestras e debates ao longo dessa edição do Fórum, com 12 empresas e organizações apresentando diversos cases de sucesso. Além dos painéis, eventos paralelos e do Prêmio, essa edição contou com o “Momento Startups de Biogás”, espaços de negócios e visitas técnicas a plantas de biogás.Saiba mais sobre o projeto GEF Biogás Brasil em https://www.gefbiogas.org.br__________CONTATO PARA IMPRENSA:Raphael Makarenko: r.makarenko@unido.org
Letycia Souza: l.desouza@unido.org
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Notícias
03 maio 2024
ONU mapeia potenciais parceiros para reparação de danos morais coletivos em Maceió
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) lançou, nessa quinta-feira (2), um chamado público para lideranças comunitárias, coletivos e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) interessadas em colaborar com a reparação de danos morais coletivos em Maceió, em função do afundamento de cinco bairros da capital alagoana. O objetivo é criar um banco com informações sobre possíveis parceiros para a implementação do programa de reparação, batizado de Nosso Chão, Nossa História. O programa foi instituído pelo Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais (CGDE), grupo criado no âmbito do acordo socioambiental firmado em 2020, que responsabilizou a Braskem pela reparação dos danos morais coletivos causados pelo afundamento nos bairros Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol. Serão implementados R$150 milhões em quatro anos, por meio do programa operacionalizado pelo UNOPS, cujas prioridades são definidas pelo Comitê Gestor. O mapeamento dos potenciais parceiros é etapa fundamental para a implementação do programa. “Com esse banco de dados, teremos contatos e informações sobre as áreas de atuação de organizações da sociedade civil e grupos que atuam em Maceió, para saber como eles podem apoiar a execução do Nosso Chão, Nossa História, destaca Dilma Marinho de Carvalho, presidenta do CGDE. A expectativa é que os primeiros editais para a implementação de projetos sejam lançados em junho.Os interessados devem preencher o formulário com informações sobre sua área de atuação, histórico de trabalho e participação social. É necessário também fornecer dados sobre a relação com os bairros atingidos. “Encorajamos a participação de coletivos e lideranças comunitárias, independentemente de seu registro formal. Isso porque, no futuro, o programa deve oferecer capacitações e fomento a organizações da sociedade civil, para garantir uma ampla representação”, afirma o gerente do programa pelo UNOPS, Bernardo Bahia. Com esse mapeamento, o UNOPS e o Comitê Gestor esperam dimensionar o trabalho das OSCs e outros grupos para executar projetos, classificando-os por área de atuação e capacidade técnica. Além disso, espera-se verificar qual a demanda por formalização e outros tipos de capacidades, para promover atividades que aumentem a participação da sociedade civil organizada. “O desastre da mineração de sal-gema causou intensos danos morais coletivos, cuja reparação está sendo endereçada segundo os anseios da própria comunidade, representada pelo Comitê Gestor. Com o mapeamento das organizações da sociedade civil locais, será possível viabilizar o engajamento dos munícipes na execução das ações reparatórias, garantindo assim a participação direta da população nesse processo de reconstituição de vidas e superação de dores", diz Juliana Câmara, procuradora da República do Ministério Público Federal de Alagoas, responsável pelo acordo que permitiu o repasse dos recursos.
Programa Nosso Chão, Nossa HistóriaResultado da ação civil pública nº 0806577-74.2019.4.05.8000 representada pelo Ministério Público Federal de Alagoas, que responsabilizou a Braskem pela reparação dos danos ocorridos a partir do afundamento de cinco bairros de Maceió, as atividades e projetos do Programa Nosso Chão, Nossa História são definidos pelo Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais (CGDE) e operacionalizados pelo UNOPS. A iniciativa busca reparar danos coletivos extrapatrimoniais (relacionados, por exemplo, à memória, à saúde mental coletiva e ao empreendedorismo), com incentivo ao desenvolvimento. Em breve, o programa terá site e Instagram, para divulgação das ações e editais.
ServiçoChamada para mapeamento de lideranças, coletivos e OSCs - Programa Nosso Chão, Nossa História
Quando: a partir do dia 2 de maio
Como: https://forms.gle/hqRGyebXBv2oi4BfA
Em caso de orientações e dúvidas, as pessoas poderão entrar em contato no (82) 99334-2949
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02 maio 2024
PNUD abre inscrições para formação sobre orçamento sensível a gênero e raça
A Região Nordeste concentra população de 58 milhões de habitantes e tem o terceiro maior Produto Interno Bruto do país (13,6%), atrás do Sudeste (55,4%) e do Sul (16,5%) (FGV IBRE).Desde 2023, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Consórcio do Nordeste têm projetos de cooperação técnica internacional voltados ao desenvolvimento dos nove estados alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, entre eles o da igualdade de gênero.Neste contexto, o PNUD e o Consórcio do Nordeste realizam, no próximo 8 de maio, webinar para gestores e gestoras públicas do Nordeste sobre orçamentos sensíveis a gênero e raça, uma estratégia para inserir a perspectiva racial e de gênero na formulação e implementação de políticas públicas. O webinar é a primeira etapa de um ciclo de formação que será continuado com oficinas presenciais para gestores convidados. O objetivo é fazer com que o aprendizado já repercuta nas propostas de leis orçamentárias apresentadas no segundo semestre e na revisão dos planos plurianuais estaduais em 2026. A especialista responsável é Rita Fonseca dos Santos, doutora em Políticas Públicas e Gestão para o Desenvolvimento pela Universidade de Manchester e mestre em Economia pela Universidade de Brasília e que atualmente é consultora de orçamentos do Senado. As inscrições podem ser feitas pelo link: Inscrição no Webinar - Zoom.Orçamentos sensíveis a gênero e raçaOs orçamentos sensíveis a gênero e raça incorporam no processo orçamentário direitos e necessidades de mulheres e pessoas negras, antecipando o impacto do gasto público nessas populações e tornando-o mais justo. No Brasil, o tema tem sido discutido por sociedade civil e Congresso desde o início da década de 2000. Desde então, o país tem feito o acompanhamento dos gastos públicos a partir da perspectiva racial e da igualdade de gênero e implementado medidas para tornar tais gastos mais efetivos no enfrentamento às desigualdades.Em 2023, de maneira inédita, o governo federal estabeleceu um conjunto de cinco agendas transversais, materializado no Plano Plurianual 2024-2027, na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 2024 e na Lei Orçamentária Anual – LOA 2024. Entre elas, está a Agenda Mulheres, que em 2024 prevê R$ 14,1 bilhões.Para saber mais, siga @pnud_brasil nas redes e visite a página do PNUD Brasil
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29 abril 2024
ONU abre chamada para iniciativas de referência para a restauração de ecossistemas
A Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas (2021-2030) está selecionando iniciativas de referência que receberão apoio financeiro e ajudarão a inspirar ações de restauração em todo o mundo. Iniciativas de referência da restauração mundial da ONU são exemplos ambiciosos, promissores ou bem-sucedidos de restauração de ecossistemas em larga escala. Pelo menos 10 novos projetos emblemáticos serão selecionados e anunciados em 2025. Iniciativas selecionadas receberão apoio técnico e financeiro de até US$ 500.000. ⏰ O prazo para submissão de propostas é 31 de maio de 2024. Para saber mais, acesse a página da Década da ONU: https://www.decadeonrestoration.org/nominate-un-world-restoration-flagships-new-call Todas as iniciativas de referência oficiais da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas terão destaque nas publicações, campanhas, esforços de divulgação, defesa e educação da Década das Nações Unidas e serão listadas no Relatório do secretário-geral da ONU para a Assembleia Geral em sua 81ª sessão. Sobre a Década Internacional: A Década das Nações Unidas visa reverter a degradação dos solos até 2030, e dar um grande impulso para a restauração de 40% de todas as terras do Planeta. Liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Década da ONU está construindo um movimento global para acelerar a restauração dos ecossistemas danificados pela atividade humana e colocar o mundo no caminho de um futuro sustentável. Acesse a página da Década, em português: https://www.decadeonrestoration.org/pt-br Contato para imprensa: Renata Chamarelli, Coordenadora de Comunicação, PNUMA Brasil: unep-brazil-news@un.org
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29 abril 2024
ONU-Habitat lança relatório com projetos de espaços públicos feitos por crianças na fronteira
Espaços públicos de qualidade podem ser capazes de mudar o paradigma das fronteiras como “barreiras”, transformando essas regiões em lugares de encontro e celebração da diversidade cultural. Foi com esse mote que o projeto Conexões Urbanas lançou, na última sexta-feira (26), o Relatório de Avaliação e Desenho de Espaços Públicos na Fronteira Brasil-Paraguai.A publicação apresenta as soluções propostas por 24 crianças de 8 a 13 anos de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este para requalificar espaços públicos próximos às suas escolas, promovendo uma maior coesão social entre diferentes nacionalidades. Os resultados foram obtidos em oficinas de Desenho de Espaços Públicos, metodologia aplicada pela equipe do projeto em duas escolas da região. A partir das maquetes realizadas pelas crianças, o projeto elaborou projetos arquitetônicos que foram compartilhados com as prefeituras locais. O resultado está disponível online.As oficinas foram realizadas em agosto de 2023 na Escola Municipal Olavo Bilac e na Escuela Nuestra Señora del Huerto, nas quais os alunos projetaram uma maquete defendendo as intervenções que queriam nos espaços públicos. Os resultados propostos priorizam espaços de integração entre a população local, promovendo o acolhimento e a coesão social entre pessoas de culturas e nacionalidades diversas.A coordenadora local do projeto, Camilla Almeida, ressalta que os resultados refletem a premissa de integração e coesão social do projeto:"Foram dois anos de trabalho em cidades nas quais é nítida a convivência de pessoas de diferentes nacionalidades. Entendemos que os espaços públicos desempenham um papel importante para fortalecer esse senso de comunidade, em especial entre as crianças". LançamentoNa última sexta-feira, o lançamento online da publicação contou com a participação de diversos parceiros do projeto, incluindo o Governo do Paraná, com representantes da Secretaria das Cidades e da Superintendência Geral de Desenvolvimento Econômico e Social, e da Prefeitura de Foz do Iguaçu."Foz não é apenas a cidade mais populosa das fronteiras do Brasil: ela é também a mais diversa", pontuou o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro. "Temos cerca de 900 crianças de diversas origens estudando em nossas escolas, que recebem um processo de inclusão e acolhimento muito grande. É extremamente relevante que nós consigamos colocar em prática uma ação como essa, que leva cidadania, integração e, acima de tudo, um espaço de convivência entre diversas origens. Nossa cidade representa muito bem essa harmonia de viver na diversidade", complementou. O representante da Secretaria das Cidades do Governo do Paraná, Geraldo Farias, apontou que a parceria entre o ONU-Habitat e o Governo do Paraná reforça as ações em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes) e 17 (Parcerias e Meios de Implementação), além da premissa da Nova Agenda Urbana que se compromete a criar cidades para todas as pessoas: "Nesse trabalho, se comprova a busca dessa cidade sustentável, recepcionando imigrantes e tornar essas cidades igualitárias e inclusivas". "Foz do Iguaçu é uma cidade culturalmente enriquecedora, que ganha ainda mais força quando é vista como parte da tríplice fronteira. Ela vem desenvolvimento um trabalho de suporte, apoio e oferta de serviços a imigrantes. O projeto Conexões Urbanos vem como um incentivo para que haja ainda mais investimento e atenção para concretizar projetos nessa área", pontuou a assessora de Projetos Internacionais da Superintendência Geral de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo do Paraná, Inglid Brunismann.O lançamento com parceiros do Paraguai foi realizado na quinta-feira (25), e contou com representantes da Prefeitura de Ciudad del Este. Avaliação de espaços públicos Além da metodologia de Desenho de Espaços Públicos, o relatório também compila os resultados da Avaliação de Espaços Públicos, realizada na região em 2022. O trabalho foi fruto da análise de leis e planos locais, assim como da coleta de informações em visitas de campo e entrevistas com informantes-chave da população.A metodologia prevê sete dimensões a serem avaliadas em um espaço público: Governança (leis, planos e projetos)Quantidade e distribuição dos espaçosAcessibilidadeUsos e usuáriosInstalações físicasConforto e segurançaVerdeO projeto avaliou 48 espaços públicos em diversas áreas das duas cidades, englobando parques, praças e instalações esportivas. Os resultados destacam quais aspectos são prioritários para melhorar os espaços públicos avaliados e quais áreas da cidade demandam a implantação de novos espaços. Sobre o projeto Conexões Urbanas:Lançado em 2022, o projeto tem como objetivo fortalecer os governos locais para o planejamento participativo de espaços públicos através de recomendações de políticas públicas, desenvolvimento de capacidades do corpo técnico, compartilhamento de conhecimento e apoio à regeneração de espaços públicos. O projeto atua na fronteira Brasil-Paraguai, nas cidades de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, e na fronteira Brasil-Argentina, com os municípios de Barracão, Bom Jesus do Sul, Dionísio Cerqueira e Bernardo de Iriogyen. Além disso, o projeto engloba duas cidades no Líbano, implementado pela equipe local do ONU-Habitat no país.Financiado pela Conta de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDA), o projeto já promoveu escutas da população e atores locais, realizou oficinas com autoridades e lideranças dos territórios. Na fronteira entre Brasil e Argentina, elaborou um diagnóstico dos espaços públicos a partir de metodologias participativas, além de oficinas de Desenho de Espaços Públicos com crianças das cidades de Barracão (Brasil) e Bernardo de Irigoyen (Argentina). O relatório está disponível aqui.Contato para imprensa: Aléxia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.org
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