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20 março 2025
ONU: Emissões do setor de construção param de aumentar pela primeira vez desde 2020
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20 março 2025
Brasil: Adesão ao Sistema de Haia protege desenhos industriais e fortalece marcas nacionais
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19 março 2025
Atividades recreativas em locais frescos para abrigados dos Centros Humanitários de Acolhimento promovem socialização e bem-estar
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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11 março 2025
FAO: iniciativa gera conhecimento para a recuperação áreas alagáveis degradadas na Amazônia
As áreas alagáveis – zonas de várzea e manguezais - representam cerca de 11% da bacia Amazônica, cobrindo um território equivalente ao da Itália. Vitais para a subsistência das comunidades locais, essas regiões são densamente povoadas e estão ameaçadas pela crescente degradação. O conhecimento sobre como restaurá-las, contudo, ainda está em estágio inicial.Por isso, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, iniciou um projeto que visa desenvolver e aplicar, junto às comunidades da região, metodologias adequadas para recuperar as florestas alagáveis da Amazônia.Após um ano e meio de atividades de preparação coletiva, envolvendo mais de 100 organizações, sendo 71 comunidades ribeirinhas e indígenas, a implementação do projeto se iniciará nos próximos meses. As ações serão realizadas em 12 territórios (6 municípios, 1 Terra Indígena e 5 Unidades de Conservação), abarcando florestas e manguezais da costa do Pará e da região do Médio Solimões, no Amazonas. No decorrer de 5 anos, o projeto deverá evitar a emissão de 10 milhões de toneladas de CO² e proporcionará benefícios diretos para cerca de 1,6 mil pessoas pertencentes a comunidades locais.Em contato direto com os moradores e com instituições de pesquisa, como a Universidade Federal do Amazonas, a Universidade Rural do Amazonas e o Museu Emílio Goeldi, a equipe do projeto irá testar e aprimorar os protocolos de restauração para os ecossistemas alagáveis.Para o coordenador do projeto na FAO, Anderson Bonilha, o diferencial da iniciativa reside justamente na soma de conhecimentos tradicionais e acadêmicos. “Isso garante que as ações de restauração sejam cientificamente embasadas, mas também viáveis e eficazes na realidade local. Ouvir as comunidades é essencial para garantir que as intervenções tragam benefícios concretos”, explica. Darlene Gris, coordenadora da frente de pesquisa do instituto Mamirauá, adiciona que “o projeto buscará fortalecer a produção local, com foco em espécies que ofereçam oportunidades econômicas para os moradores”.O projeto, que conta com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), prevê investimento de US$ 5,6 milhões (aproximadamente R$ 27 milhões) em atividades para recuperação de cerca de 26 mil hectares. As ações devem abranger 400 hectares de recuperação ativa - com plantio, adensamento, agroflorestas e regeneração assistida - além de mais de 25 mil hectares de restauração passiva, baseada na regeneração natural, no manejo integrado do fogo e na melhoria do uso do solo.A iniciativa também promoverá o desenvolvimento de capacidades locais, com cursos de identificação botânica, manejo de espécies florestais, empreendedorismo, entre outros. As formações serão direcionadas às comunidades, aos técnicos que atuam na área e aos microempreendedores da região. Esse caráter coletivo foi reforçado por Emiliano Ramalho, diretor Técnico-Científico do Instituto Mamirauá, que ressalta que o projeto “envolve a geração de conhecimento e a capacitação das comunidades, que participam de todas as etapas dos processos. Com isso, acreditamos que ganhamos em sustentabilidade”.Além de restaurar áreas degradadas, as ações contribuirão para o fortalecimento da bioeconomia, promovendo práticas sustentáveis de uso da terra e garantindo um futuro mais resiliente para as populações locais e para o meio ambiente. Antônio Marcos Mendonça, representante da Coordenação-Geral de Ciência do Clima do MCTI, reforça as expectativas positivas com o projeto: “serão alcançados ótimos resultados, agregando conhecimentos sobre os ecossistemas e benefícios às comunidades envolvidas”.Década da ONU para Restauração de EcossistemasO projeto faz parte de uma constelação de atividades promovidas no âmbito da Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030) declarada pela ONU. Trata-se de um chamado global para a proteção e recuperação dos ecossistemas em todo o mundo, em benefício das pessoas e da natureza. Seu objetivo é deter a degradação dos ecossistemas e restaurá-los para alcançar metas globais.“É um tema crucial hoje, diante da variabilidade climática que estamos vivendo. Somente com ecossistemas saudáveis podemos melhorar os meios de subsistência das pessoas, combater as mudanças climáticas e frear o colapso da biodiversidade”, lembra Gustavo Chianca, Representante Assistente para Programas da FAO no Brasil.A importância das áreas alagadas da AmazôniaAs várzeas, zonas que são naturalmente inundadas periodicamente, são habitats ricos em vida selvagem e importantes para a regulação do ciclo da água na região. Aproximadamente um sexto da diversidade arbórea da Amazônia se localiza nessas áreas, enquanto diversas espécies de peixes, aves e mamíferos dependem delas para alimentação e reprodução. A alta produtividade, impulsionada pela renovação de nutrientes do solo durante as cheias, faz desse ecossistema um dos mais ricos da região.Essenciais para a regulação climática e a biodiversidade, as várzeas também são vitais para a subsistência das populações ribeirinhas e indígenas. Durante a estação seca, essas áreas são usadas para agricultura, enquanto na estação das cheias, a pesca se torna a principal atividade econômica. Produtos florestais não madeireiros, como frutos (açaí, buriti) e óleos vegetais (andiroba), também são fonte de renda para essas comunidades.Já os mangues, com suas raízes adaptadas à salinidade, atuam como um importante filtro natural, protegendo as costas da erosão e oferecendo refúgio para diversas espécies marinhas. Também são lugares que abrigam populações tradicionais, como ribeirinhos e pescadores, que há séculos habitam esses territórios. No estuário amazônico, os manguezais representam uma das formações contínuas mais extensas do mundo, cobrindo mais de 8.900 km² ao longo de 700 km da costa, o que equivale a 70% de todos os manguezais do Brasil., filtered_html
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10 março 2025
Em Rondônia, UNOPS entrega obra de Hospital com foco em diversidade, sustentabilidade e inclusão
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), organismo da ONU especializado em infraestrutura, realizou a entrega da obra do Hospital Regional de Guajará-Mirim. A unidade - localizada na fronteira com a Bolívia, onde há forte presença de comunidades indígenas - foi projetada e construída para atender às necessidades da população local em termos de diversidade, sustentabilidade e inclusão.O hospital foi inaugurado em cerimônia realizada no último sábado, 8 de março. O governador de Rondônia, Marcos Rocha, reforçou a importância da unidade para o fortalecimento da rede de saúde do estado. “Esse importante avanço vai garantir atendimento de qualidade para a população local e também para as regiões vizinhas, fortalecendo o acesso à saúde e promovendo mais dignidade para todos.”Com 4.674 metros quadrados de área total, o novo hospital possui 50 leitos adultos, 12 leitos pediátricos, oito leitos para lactantes, dois leitos de emergência, além de pronto atendimento com sala para triagem, dois consultórios, sala de emergência, duas salas de cirurgia, uma de parto cirúrgico e três quartos para parto natural. A finalização da obra incluiu a ampliação de sua área em 650 metros quadrados, com a criação de 25 novos ambientes e a readequação de 55 áreas existentes, abrangendo setores como enfermaria, apoio à assistência, apoio a comunidades indígenas e manutenção. “Quando entregamos uma obra, o fazemos com qualidade e com a certeza de que todo o planejamento e a execução foram pensados tendo em vista a população destinatária e as melhores práticas internacionais. Com isso, ajudamos a melhorar o acesso a serviços e a promover a cidadania e os direitos humanos, sempre com atenção à transparência e à melhor utilização de recursos públicos”, destaca o diretor e representante do UNOPS Brasil, Fernando Barbieri. Todos os espaços do novo hospital foram projetados e construídos para garantir o melhor atendimento à população. Um dos pontos de destaque é o espaço dedicado ao atendimento de pacientes indígenas e seus acompanhantes, considerando suas tradições culturais. A unidade oferece uma área de apoio com banheiros, redário e um jardim com horta de plantas medicinais, possibilitando o uso de práticas de cuidado típicas das comunidades, em um ambiente seguro e integrado. Além disso, as enfermarias foram projetadas para melhor acomodar acompanhantes indígenas, que frequentemente chegam em grupos maiores do que o habitual em contextos urbanos. Com isso, cada enfermaria tem 25 metros quadrados, seis a mais do que o padrão estabelecido pela legislação brasileira. O projeto também contempla soluções sustentáveis, como ventilação natural, sombreamento e amplas esquadrias, que maximizam a entrada de luz solar, além de placas fotovoltaicas para aquecimento de água e um sistema de captação de água da chuva para reutilização. Torneiras com arejadores, que economizam até 70% de água, e lâmpadas de LED completam as iniciativas sustentáveis da unidade. “A infraestrutura é uma das maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa - então é nosso papel projetá-la de modo mais eficiente e resiliente, especialmente em um contexto de mudanças climáticas”, aponta o representante do UNOPS. Além do hospital de Guajará-Mirim, o UNOPS também está apoiando o governo de Rondônia na finalização das obras do Centro de Medicina Tropical (CEMETRON), cuja conclusão está prevista para junho deste ano. , filtered_html
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05 março 2025
FIDA, BID e Governo da Bahia investirão US$ 150 milhões na região da Mata Atlântica da Bahia
Com o apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e em parceria com o Governo da Bahia, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Mata Atlântica iniciou suas atividades no Brasil para melhorar os meios de subsistência de 352.000 pessoas em áreas rurais da Bahia.Trata-se de um investimento total de US$ 150 milhões de dólares, com o BID fornecendo um empréstimo de US$ 100 milhões, o Governo da Bahia contribuindo com US$ 32 milhões e o FIDA fornecendo outro empréstimo de US$ 18 milhões. O projeto, também conhecido como Parceiros da Mata, tem como objetivo aumentar a renda dos agricultores familiares, melhorar a segurança alimentar e nutricional e o acesso à água potável e ao saneamento, assim como fortalecer a capacidade das populações rurais mais vulneráveis de lidar com os impactos da mudança climática. Investimento em desenvolvimento ruralEssa iniciativa abordará os principais desafios ambientais na região da Mata Atlântica da Bahia, um dos ecossistemas de maior biodiversidade do mundo. Serão abordadas questões como a degradação ambiental, a baixa produtividade agrícola, o acesso precário a serviços de assistência técnica, o saneamento inadequado e a vulnerabilidade dos sistemas de produção dos agricultores familiares à mudança climática. A diretora regional do FIDA para a América Latina e o Caribe, Rossana Polastri, ressaltou que "a parceria com o BID permite que o FIDA intensifique os investimentos em recuperação ambiental, nutrição e soluções digitais, ao mesmo tempo em que amplia nossas operações em segurança hídrica e saneamento rural, em linha com nosso objetivo de impulsionar o desenvolvimento sustentável das famílias rurais em uma das regiões mais vulneráveis do Brasil".A representante do BID no Brasil, Annette Killmer, afirmou que "com base em nossa parceria bem-sucedida com o FIDA, esse novo Projeto será fundamental para promover o desenvolvimento sustentável, com foco nos municípios mais carentes. É importante enfatizar a prioridade que o Projeto concederá às mulheres, aos jovens e aos Povos e Comunidades Tradicionais. Por exemplo, metade dos beneficiários serão famílias dirigidas por mulheres"."O Projeto Parceiros da Mata é mais um passo importante na nossa missão de fortalecer a agricultura familiar, proteger a biodiversidade e melhorar a qualidade de vida das comunidades rurais. Com essa parceria entre o Governo da Bahia, o FIDA e o BID, vamos ampliar o acesso à água, ao saneamento e à assistência técnica, garantindo mais dignidade e oportunidades para quem vive e produz na Mata Atlântica baiana, garantindo o futuro pra nossa gente", disse Jerônimo Rodrigues, Governador da Bahia.Bahia, uma referência para o FIDAO estado da Bahia, localizado na região mais pobre do Brasil, o Nordeste, é o maior estado da região, com uma população de mais de 14 milhões de habitantes, dos quais quase 29% residem em áreas rurais. A pobreza na Bahia continua sendo uma questão de notável relevância, com 63,8% da população abaixo da linha da pobreza. A insegurança alimentar ainda afeta 45,3% da população,sendo que 6,3% sofrem com a fome - insegurança alimentar grave. Nesse contexto, o Parceiros da Mata replicará as metodologias que o FIDA desenvolveu com sucesso no Sertão para o bioma Caatinga e as adaptará ao bioma Mata Atlântica, além de oferecer a oportunidade de introduzir práticas inovadoras, como o Pagamento por Serviços Ambientais e a gestão de resíduos sólidos.O trabalho conjunto entre o FIDA e o BID servirá de modelo para futuras colaborações no bioma da Mata Atlântica brasileira, com o objetivo de melhorar o desenvolvimento rural, reduzir a pobreza e a fome e promover práticas ambientais resilientes e sustentáveis. Esta é a segunda iniciativa que o FIDA e o BID financiam conjuntamente no Brasil, após o Projeto Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI), que começou a ser implementado em 2023 para aumentar a renda dos pequenos agricultores e melhorar a segurança alimentar e nutricional nas bacias hidrográficas dos rios Piauí e Canindé, alcançando 210.000 pessoas da zona rural. O FIDA espera fortalecer e expandir sua colaboração com o BID no Brasil, e em toda a região Nordeste, para
maximizar seu alcance e impacto, aumentando sua capacidade de reduzir a pobreza, aumentar a produção agrícola e melhorar o acesso aos mercados. Consolidando uma parceria de 27 anos, este é o terceiro projeto do FIDA em parceria com o Governo da Bahia. O Parceiros da Mata também buscará ampliar as boas práticas e lições aprendidas do Projeto Pró-Semiárido (PSA), que se encerrou em setembro de 2024, após apoiar 70 mil famílias a conquistarem uma melhor convivência com o semiárido em 32 municípios baianos por meio da agroindustrialização e comercialização de produtos da agricultura familiar, segurança hídrica, produção sustentável, assistência técnica e acesso a políticas públicas voltadas para a agricultura rural e familiar.NOTA PARA EDITORESO FIDA é uma instituição financeira internacional e um organismo especializado das Nações Unidas com sede em Roma, onde se encontra o mecanismo central das Nações Unidas para o setor da alimentação e da agricultura. O Fundo investe na população rural e, para capacitar essas pessoas, ajuda a reduzir a pobreza, aumenta a segurança alimentar, melhora a nutrição e fortalece a resiliência. Desde 1978, destinamos mais de 25 milhões de dólares estadunidenses em doações e empréstimos a baixos juros para financiar projetos em países em desenvolvimento.Em nossa biblioteca de fotos, você pode navegar e baixar uma ampla seleção de fotografias que mostram o trabalho do FIDA em comunidades rurais.Para saber mais, siga o FIDA no X: @FIDA_LACContato para a imprensa: Ana Lucía Llerena, Oficial de Comunicação do FIDA para a América do Sul: a.llerenavargas@ifad.org, filtered_html
maximizar seu alcance e impacto, aumentando sua capacidade de reduzir a pobreza, aumentar a produção agrícola e melhorar o acesso aos mercados. Consolidando uma parceria de 27 anos, este é o terceiro projeto do FIDA em parceria com o Governo da Bahia. O Parceiros da Mata também buscará ampliar as boas práticas e lições aprendidas do Projeto Pró-Semiárido (PSA), que se encerrou em setembro de 2024, após apoiar 70 mil famílias a conquistarem uma melhor convivência com o semiárido em 32 municípios baianos por meio da agroindustrialização e comercialização de produtos da agricultura familiar, segurança hídrica, produção sustentável, assistência técnica e acesso a políticas públicas voltadas para a agricultura rural e familiar.NOTA PARA EDITORESO FIDA é uma instituição financeira internacional e um organismo especializado das Nações Unidas com sede em Roma, onde se encontra o mecanismo central das Nações Unidas para o setor da alimentação e da agricultura. O Fundo investe na população rural e, para capacitar essas pessoas, ajuda a reduzir a pobreza, aumenta a segurança alimentar, melhora a nutrição e fortalece a resiliência. Desde 1978, destinamos mais de 25 milhões de dólares estadunidenses em doações e empréstimos a baixos juros para financiar projetos em países em desenvolvimento.Em nossa biblioteca de fotos, você pode navegar e baixar uma ampla seleção de fotografias que mostram o trabalho do FIDA em comunidades rurais.Para saber mais, siga o FIDA no X: @FIDA_LACContato para a imprensa: Ana Lucía Llerena, Oficial de Comunicação do FIDA para a América do Sul: a.llerenavargas@ifad.org, filtered_html
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28 fevereiro 2025
Fundo Brasil-ONU seleciona primeiros projetos para financiamento
O Fundo Brasil-ONU para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia selecionou três projetos para receber recursos em sua primeira rodada de financiamento. Em reunião realizada em Brasília nesta quinta (27), as instituições parceiras da iniciativa selecionaram as propostas que melhor respondiam ao objetivo de promover uma resposta coordenada para acelerar o desenvolvimento sustentável da Amazônia de forma integrada e cooperativa, considerando as oportunidades e desafios regionais.A decisão foi tomada pelo Comitê Diretor do Fundo, composto pelas Nações Unidas, pelo governo federal e pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Legal a partir de análise detalhada e avaliação de nove propostas recebidas. A abertura de chamado para propostas foi viabilizada pelo aporte de 13 milhões de dólares canadenses (cerca de R$ 55 milhões) ao Fundo, anunciado pelo governo do Canadá no final de 2024. Nesta primeira rodada, o Fundo Brasil-ONU recebeu projetos voltados a alguns dos grupos populacionais mais vulneráveis da região, apresentados por governos estaduais e agências das Nações Unidas.A primeira proposta aprovada é o Programa de Resiliência Socioambiental nas áreas de proteção ambiental de Igarapé São Francisco e Lago do Amapá, no Acre. O projeto foi apresentado pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre e será implementado em parceria com a UNESCO. A proposta usa abordagens transversais para integrar questões de conservação ambiental que afetam as populações de áreas rurais e urbanas e propõe atividades como regulamentação fundiária, estímulo à bioeconomia e melhoria da governança socioambiental.O segundo projeto aprovado foi proposto pelo UNICEF em parceria com UNFPA, ACNUR, UNESCO, OIT, OPAS/OMS e OIM e tem como alvo a proteção e a promoção integral dos direitos das crianças, adolescentes e jovens indígenas na Bacia Amazônica Brasileira. Com uma abordagem multisetorial e por meio de parcerias diversas, a proposta abrange oito dos nove estados da região e integra de forma transversal a questão de gênero.A terceira e última proposta a ser contemplada com recursos do Fundo Brasil-ONU é um projeto de regularização ambiental por meio da governança fundiária e do ordenamento territorial, que integra a iniciativa Programa Terras para Elas, que será implementado pelo Instituto de Colonização de Terras do Maranhão (ITERMA) em pareceria com a FAO. O projeto trata de temas como regulação fundiária, gênero, comunidades tradicionais, meio ambiente e sustentabilidade.A coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, ressaltou a importância da parceria com o Consórcio da Amazônia para viabilizar o Fundo Brasil-ONU:“Os governos estaduais conhecem as demandas e desafios locais, o que é essencial para que a atuação do Fundo seja relevante”. Ela agradeceu a contribuição do governo do Canadá e destacou a agilidade das equipes técnicas e das instâncias decisórias em selecionar as primeiras propostas. “São propostas realmente boas, com potencial de impactar positivamente as vidas das pessoas na Amazônia”.O Embaixador Carlos Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty parabenizou todas as instituições envolvidas e ressaltou o papel do Sistema ONU em iniciar as operações do Fundo: “O primeiro passo é o mais importante, porque dá origem a todos os demais, e este primeiro passo não teria sido possível sem a doação do Canadá e o trabalho incansável da equipe das Nações Unidas no Brasil”.O governador do Maranhão, Carlos Brandão parabenizou as Nações Unidas pelo dinamismo e o empenho do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal desde a concepção do Fundo Brasil-ONU, que tem papel fundamental no atual contexto: “O Brasil é hoje o epicentro da questão ambiental, inclusive com a realização da COP30”.A reunião contou ainda com a participação do Embaixador do Canadá, Emmanuel Kamarianakis, além de representantes do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, do Ministério do Planejamento e Orçamento e do Governo do estado do Amapá.Sobre o Fundo Brasil-ONU para o Desenvolvimento Sustentável da AmazôniaO Fundo Brasil-ONU para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia é o resultado de uma parceria entre o Governo Federal, o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e o Sistema das Nações Unidas. O Fundo busca mobilizar recursos para financiar projetos que gerem alternativas econômicas inclusivas e sustentáveis para fomentar o desenvolvimento da região Amazônica e beneficiar as populações em situação de maior vulnerabilidade.Sobre o Comitê Diretor do Fundo Brasil-ONUO Comitê Diretor é copresidido pela Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas no país, conjuntamente com representante do Ministério das Relações Exteriores e o Governador do estado que exerce a Presidência do Consórcio. As demais instituições representadas no Comitê são: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à FomeMinistério do Planejamento e OrçamentoGoverno do estado do AmapáOrganização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)Governo do CanadáEscritório das Nações Unidas para MPTFPara saber mais, siga @onubrasil nas redes e visite a página do Fundo Brasil-ONU para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia., filtered_html
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24 julho 2023
#PrometoPausar: Combata a desinformação nas redes sociais
Um simples compartilhamento pode ter consequências graves.
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19 março 2025
Atividades recreativas em locais frescos para abrigados dos Centros Humanitários de Acolhimento promovem socialização e bem-estar
Para amenizar o calor que predomina durante o verão no Rio Grande do Sul, as equipes da Agência da ONU para as Migrações (OIM), que realizam a gestão dos Centros Humanitários de Acolhimento Vida e Esperança, localizados em Porto Alegre e Canoas, respectivamente, têm organizado diversas atividades e passeios externos para as comunidades abrigadas. Os momentos de lazer e cultura, que foram iniciados em fevereiro, buscam oferecer novas experiências para os participantes e que sejam voltadas para o fortalecimento dos laços comunitários. “Entendemos que a realização dessas atividades recreativas promove a socialização e o bem-estar das pessoas acolhidas. Por isso, estamos comprometidos em seguir proporcionando mais momentos como estes, ao lado de nossos parceiros”, explicou a coordenadora de emergência da OIM no Rio Grande do Sul, Sylvia Moreira. Até o momento, mais de 200 pessoas que seguem abrigadas nos Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) participaram das atividades e passeios externos, que aconteceram no Museu de Ciência e Tecnologia PUCRS, no Museu do Hip-Hop RS, no Museu do Inter e o Estádio Beira-Rio, no Centro Histórico-Cultural (CHC) Santa Casa, na Fundação Iberê Camargo, na Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ) e na Casa das Artes Villa Mimosa. Além disso, os acolhidos tiveram a oportunidade de assistir a sessões de filmes em cinemas, realizar piqueniques no Jardim do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), passar um dia no Parque Aquático Itapema, frequentar piscinas do SESC Protásio Alves e acompanhar shows no Theatro São Pedro. Acolhido no CHA Esperança desde setembro de 2024, Carlos Alberto foi um dos primeiros a se inscrever no passeio ao Itapema Park, em Alvorada, que foi realizado no dia 11 de fevereiro. “Foi a primeira vez em que fui em um parque aquático. Eu achei o máximo e pretendo voltar mais vezes”, contou. O passeio à Fundação Iberê Camargo também foi a primeira vez de Jorge Daniel, acolhido no CHA Vida, no prédio histórico e cultural de Porto Alegre. “A vivência que eu tive no Iberê Camargo foi muito boa, porque traz histórias de um passado que eu não vivi, mas é a história da cidade, da humanidade, que a gente pode trazer para o presente e aprender coisas novas”, relatou. “A pintura dos quadros, a estrutura do prédio... Cada dia aprendemos coisas novas. Foi muito bom”. Semanalmente, as equipes que atuam nos CHAs organizam calendários voltados para a integração social e cultural dos abrigados, explorando potenciais espaços dos municípios que fomentem e proporcionem esses momentos de lazer, enquanto ainda aguardam por soluções definitivas de abrigamento. A previsão é que as atividades sigam acontecendo durante o mês de março, com a programação de visitas guiadas em museus, estádios, parques arborizados, piscinas e cinemas. Emergência no RSAbertos em julho de 2024, os Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) são o resultado uma parceria do Governo do Rio Grande do Sul com a OIM, as prefeituras de Porto Alegre e Canoas, e o Sistema Fecomércio/SESC/SENAC, responsável pelo financiamento destes espaços. Os CHAs foram abertos com o objetivo de acolher pessoas desabrigadas pelas enchentes de maio de 2024 no estado e, hoje, os dois Centros que estão em funcionamento abrigam cerca de 600 pessoas. Até o momento, 408 pessoas já deixaram os espaços, seja para novas residências, retornando para suas casas, ou por meio de programas sociais e iniciativas do governo.Sobre a OIM: A OIM faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todas as pessoas. A OIM está presente no Brasil desde 2016.Para saber mais, siga @oimbrasil nas redes e visite a página da OIM no Brasil: https://brazil.iom.int/pt-br Para saber mais, siga @oimbrasil nas redes! , filtered_html
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14 março 2025
Pagamentos por Serviços Ambientais mudam a vida das pessoas que mantêm a floresta de pé
Maria Graciano Dimas da Silva é agricultora na Colônia Paraíso, em Rio Branco, no Acre. Em sua propriedade, cultiva milho, feijão, laranja, manga, caju, goiaba e coco. "Aqui, planto de tudo um pouco". Essa lida no campo, da qual tem muito orgulho, a fez sair da rotina de forma trágica. Em 2024, a produtora rural teve a casa destruída em um incêndio e perdeu quase tudo: os móveis, a geladeira, o fogão, a televisão. Maria só não perdeu a esperança porque, quando ela mais precisou, ficou sabendo do mutirão da equipe do Projeto Floresta+ Amazônia e que ela poderia se inscrever para receber Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). "Eu não conhecia. Mas eles me informaram. Eu me inscrevi, porque atendia os critérios e sempre conservei a vegetação da minha propriedade. E, agora, vou construir a minha vida de novo, reformar minha residência. E, é claro, continuar protegendo a mata aqui, da minha área ".Maria Graciano se inspira na resiliência da floresta para reconstruir seu lar com o auxílio do PSA. Histórias como a dela têm se multiplicado pelos nove estados da Amazônia Legal por meio do Projeto Floresta+ Amazônia. Desde 2022, essa iniciativa aceita inscrições e fornece apoio financeiro para quem conservar a floresta. O PSA é um mecanismo em que proprietários ou possuidores de pequenos imóveis rurais recebem o PSA para manter a vegetação nativa preservada em suas áreas. “O PSA é um instrumento econômico que visa incentivar práticas que conservem ou restaurem os ecossistemas e seus serviços ambientais. No Brasil, o PSA está previsto em leis como o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) e a Lei nº 14.119/2021, que instituiu a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. É uma ferramenta essencial para alinhar a conservação ambiental aos interesses econômicos, promovendo um modelo de desenvolvimento mais sustentável. O Floresta+ é pioneiro na execução e no apoio com PSA no país com recursos de pagamentos por resultados de REDD+’’, explicou o assessor técnico do projeto, Carlos Casteloni. O Floresta+ Amazônia atua em cinco modalidades: Inovação, Comunidades, Recuperação, Instituições e Conservação. Esta última tem atuado por meio de chamadas públicas de PSA, voltadas para três principais públicos-alvo: Produtores/as rurais com áreas conservadas de vegetação nativa excedente (ou seja, com cobertura vegetal além do que a legislação exige).Assentados/as da Reforma Agrária.Agricultoras e agricultores familiares. Foi em uma dessas iniciativas que Maria Graciano se inscreveu.Umas das primeiras iniciativas da Modalidade Conservação teve como foco excedente de vegetação nativa visando recompensar produtores ou proprietários rurais que preservam áreas além do mínimo exigido por lei. Cerca de 230 beneficiárias e beneficiários conservaram quase 5 mil hectares de floresta e foram apoiados com aproximadamente R$ 2,5 milhões. Todo esse esforço e dedicação equivalem a aproximadamente 3 milhões de árvores em pé na Amazônia. O agricultor Rozinaldo Texeira de Jesus, da comunidade ribeirinha de Barreiras, em Almeirim (PA), foi um dos primeiros beneficiados no estado. Junto com a família, vem conservando sua propriedade e mantendo as atividades produtivas. “Em minha área, eu planto de tudo um pouco: mandioca, abóbora, tomate, mamão, limão, feijão, pupunha, maxixe, pimentão, coentro e alface. É da floresta que a gente tira nossa sobrevivência, desde a água até o alimento que sacia nossa sede e a fome. No mínimo, o que devemos fazer é conservá-la e respeitá-la. Estamos falando do pulmão do mundo, da Floresta Amazônica. O Floresta+ Amazônia está alinhado com isso: apoia e incentiva quem quer conservar, quem vive da floresta, da terra para viver. E, vem transformando para melhor muitas famílias aqui, na Amazônia”’, diz Rozinaldo, com orgulho.Outra frente de atuação é com os assentamentos na Amazônia em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Por meio também de chamada pública, até o momento, o Floresta+ Amazônia chegou a mais de 730 famílias de 14 territórios nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia. Desse total, 400 já se tornaram beneficiários e receberam o primeiro pagamento. A iniciativa faz parte da estratégia de atuação e apoio do Programa União com Municípios do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Essas ações de PSA somam esforços com o Programa União com os Municípios (UcM), criado por meio do Decreto nº 11.687 de setembro de 2023. De acordo com o diretor de Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, Marcelo Trevisan, o Programa União com Municípios reúne um conjunto de ações relativas à prevenção, ao monitoramento, ao controle e à redução do desmatamento e da degradação florestal na Amazônia.“Com apoio do Floresta+, estamos implementando ações nos municípios prioritários para controle do desmatamento, que reúne uma lista de 81 municípios responsáveis por 78% de todo o desmatamento verificado no ano de 2022 na Amazônia Legal”, ressalta Trevisan. A terceira chamada pública lançada pela Modalidade Conservação tem como foco os/as agricultores/as familiares e prevê o pagamento por todo o remanescente de vegetação nativa conservado no imóvel rural, incluindo áreas já protegidas por lei como Reserva Legal (RL) e Área de Preservação Permanente (APP). Até o momento, já foram inscritos mais de 1.200 interessados, de 17 municípios dos nove estados da Amazônia Legal. Desse total, mais de 80% são pessoas negras ou pardas. E cerca de 55% dos trabalhadores/as rurais possuem Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ou a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que é pré-requisito para o segundo ciclo de pagamentos e demonstra o interesse do agricultor familiar em conservar a floresta. O edital está aberto até março de 2025.“Os agricultores e as agricultoras familiares desempenham um papel fundamental na Amazônia ao adotarem práticas sustentáveis alinhadas à produção de alimentos com a conservação. Contribuem para a manutenção dos ecossistemas e toda a biodiversidade em volta. São grandes guardiões da floresta. O Floresta+, por meio do PSA, além de apoiar financeiramente, reconhece e valoriza o papel das famílias agricultoras na conservação da vegetação nativa’’, observa a coordenadora técnica do Projeto Floresta+ do MMA, Nazaré Soares.Outro exemplo de como o Projeto Floresta+ Amazônia tem mudado a vida das pessoas vem do sul do Amazonas. O beneficiário Raoni Marques de Lima, do município de Canutama, conta que o recurso que recebeu do PSA serviu para pagar as parcelas de um pequeno motocultivador utilizado para preparar o solo na sua lavoura. "Com esse dinheiro, a gente conseguiu financiar um tratorito que ajuda na roça. A gente está pensando em ampliar. Temos uma área usada para plantar e estamos pensando em fazer mais uma floresta para aumentar o nosso limite de crédito", declara entusiasmado o produtor rural. A Amazônia e a conservação são femininasOs resultados vão além dos números, mostrando recortes de gênero importantes para o projeto. Nas três chamadas públicas, as mulheres são a maioria. Por exemplo, no edital destinado à agricultura familiar, cerca de 60% das inscrições são de mulheres, e quase 70% das pessoas que participam dos balcões ou dos mutirões de atendimentos nos estados é público feminino. “É um avanço significativo, pois o Projeto Floresta Amazônia prioriza a abordagem e a inclusão de gênero em todas as suas ações. Esses resultados destacam cada vez mais o protagonismo e o papel das mulheres na conservação da Amazônia. A atuação delas fortalece práticas sustentáveis, valoriza saberes tradicionais e impulsiona transformações ambientais e sociais na região’’, enfatizou a coordenadora do Projeto Floresta+ Amazônia pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Regina Cavini. É o caso de Joana Dark dos Santos Baraúna, assentada no município amazonense de Maués, com pouco mais de 66 mil moradores. Casada e mãe de três filhos, Joana Dark foi uma das 730 pessoas inscritas na chamada pública para assentados da reforma agrária – entre as quais aproximadamente 400 são mulheres. "A gente estava passando por uma dificuldade grande por causa da seca. Esse dinheiro serviu para a gente ajeitar o poço que não estava pegando água. O apoio do Floresta+ chegou no momento certo. Veio numa hora que a gente mais precisava, que era ter água novamente em casa’’, conta Joana. Equipes que atuam pela Conservação Todos esses resultados da Modalidade Conservação só são possíveis também porque 23 profissionais voluntários, por meio do Programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV), das mais diversas áreas das ciências ambientais e agrárias, atuam na execução do projeto em sete dos nove estados da Amazônia Legal. O trabalho das equipes locais faz parte da estratégia de apoio aos estados e inclui ações relacionadas à regularização ambiental e ao engajamento dos potenciais beneficiários ao Projeto Floresta+ Amazônia. Graças aos parceiros locais – as secretarias estaduais de meio ambiente e os órgãos de meio ambiente e extensão rural – os profissionais realizam atendimento aos proprietários e produtores rurais e apoiam na coleta e na sistematização de informações para o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar). Por meio de mutirões e balcões de atendimento itinerantes nos municípios, além de mobilizarem e fazerem adesões às chamadas públicas abertas da Modalidade Conservação, realizam análises e retificações do CAR – um dos critérios para acessar os recursos do Floresta + Amazônia. Há três anos, a engenheira florestal Catarina Sanches está como coordenadora da equipe local do projeto no Pará. Ela foi umas primeiras profissionais a contribuir com a iniciativa e ressalta que é motivo de orgulho fazer parte dela e contribuir para manter a floresta em pé. “É muito gratificante ver nosso trabalho impactando direto na conservação da Amazônia e na vida das pessoas que vivem nela. A Amazônia é muito mais do que um bioma; é um patrimônio vivo, cheio de histórias, pessoas e riquezas naturais que precisam ser protegidas. Poder colocar nosso trabalho e dedicação a serviço dessa causa é gratificante. Espero que mais pessoas entendam que, ao preservar a floresta, estamos cuidando não só do nosso presente, mas do futuro de todos nós”, falou emocionada. Até o momento, foram analisados e retificados cerca de 50 mil CARs nos sete estados onde as equipes atuam pelo Floresta+ Amazônia. Mais de 100 ações conjuntas realizadas com os parceiros locais em, aproximadamente, 80 municípios amazônicos e cerca de 15 mil pessoas atendidas, entre assentados, comunidades tradicionais e agricultores familiares. Desse total de atendimentos, foram quase 7 mil inscrições recebidas para as chamadas públicas da Modalidade Conservação. “As ações conjuntas com os parceiros nos estados têm contribuído enormemente para a regularidade ambiental e, consequentemente, para a conservação. Regularizar o CAR, por exemplo, poderá trazer grandes oportunidades e apoio financeiro para quem está na floresta. Crédito rural, Pronaf, Plano Safra, aposentadoria rural, auxílio-maternidade rural, programas de aquisição de alimentos, crédito de reserva legal e PSA são políticas que o beneficiário pode ter acesso com o CAR em dia. Apoiar a regularidade ambiental é um caminho para a conservação, para a sustentabilidade e para a geração de renda nos territórios’’, afirma o secretário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no MMA, André Lima. Projeto Floresta+ Amazônia É uma iniciativa de cooperação internacional do governo brasileiro, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e financiamento do Fundo Verde para o Clima (GCF - Green Climate Fund).Com aportes de 96 milhões de dólares, o Floresta+ Amazônia é pioneiro; o primeiro no mundo a receber recursos do GCF como recompensa pela redução das emissões de gases de efeito estufa em anos anteriores e a executar o PSA nessa escala. O Projeto Floresta+ é uma resposta urgente e inovadora para manter a floresta em pé e combater a mudança global do clima. É uma iniciativa de referência que vem oferecendo soluções inovadoras e simples para tornar o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) uma realidade, como um instrumento para a conservação e um caminho de transformação para os povos e comunidades da floresta. Para saber mais, siga @florestamaisamazonia e @pnud_brasil nas redes e visite a página do Projeto: https://www.florestamaisamazonia.org.br/ Fotos: Acervo Projeto Floresta+ e Leonardo Dall´Igna , filtered_html
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História
07 março 2025
"Meu sonho é ter uma loja. E esse sonho está próximo de ser realizado."
Livis Sarmiento, venezuelana que vende comidas típicas em São Paulo, e Nelarys Lanz, confeiteira que conquistou sucesso com suas receitas em Curitiba, são exemplos de empreendedoras que, por meio do microcrédito e juros baixos, conseguiram financiar seus negócios e expandir suas produções. Esse apoio tem sido essencial para fortalecer suas iniciativas.Livis Sarmiento está à frente do Gosto ao Paladar, onde vende comidas típicas por encomenda em São Paulo (SP). Formada em Direito, ela está no Brasil há seis anos e trabalha em outra área, com atendimento ao cliente. A venda de pratos típicos começou durante a pandemia da COVID-19, como um recurso para ela e o esposo, que trabalha como motorista de aplicativo, conseguirem manter os dois filhos pequenos. Para financiar o seu empreendimento, ela recorreu ao microcrédito quatro vezes, sempre para investir em equipamentos e ampliar a produção. “O Banco do Povo abriu as portas para a gente ter mais alcance, pra comprar maquinário. Primeiro, eles nos visitaram, vieram ver o que a gente fazia, conhecer a produção, valores de venda. Também fizeram um estudo social, pra ver se a gente trabalhava em outro lugar, quanto recebia por mês e quanto poderia pagar”, lembra Livis. “A gente pegou o primeiro empréstimo e nos mostramos responsáveis pelo pagamento, aí conseguimos aumentar o valor do crédito. Hoje, estou pagando o quarto empréstimo, que vai até abril. Meu sonho é ter uma loja, onde a gente possa conversar, receber pessoas, nos sentir em casa. E esse sonho está próximo de ser realizado.”Já a confeiteira Nelarys Lanz é outra empreendedora que recorreu ao microcrédito. Até 2018, ela produzia e fornecia bolos para grandes redes na Venezuela. Com a situação no país, ela mudou-se com a família para Manaus (AM), onde tentou, sem sucesso, vender bolos tradicionais venezuelanos nas ruas. Depois de estudar os hábitos brasileiros e de fazer alguns cursos, ela conseguiu realizar as primeiras vendas e se tornou fornecedora de restaurantes. Em 2023, já morando em Curitiba (PR), um vídeo seu ensinando a fazer a torta Tres Leches viralizou nas redes sociais. O sucesso foi tanto que ela viu a oportunidade de lançar um curso on-line para ensinar suas receitas. Com o empréstimo do Banco Pérola, ela conseguiu comprar equipamentos para melhorar seu negócio no Brasil, o Nelas Cakes, e também teve recursos para lidar com as dificuldades impostas pela pandemia da COVID-19. “O programa deles focado em refugiados e migrantes é muito legal, pois os juros são bem em conta e as parcelas ficam baixas”, conta. “Meu sonho é ter uma franquia do meu empreendimento. Também quero continuar com meu curso e ensinar a todas as mulheres a se empoderar e acreditar em si mesmas.”Para além de Livis e Nelaryz cerca de outros 600 empreendedores refugiados e migrantes em 12 estados brasileiros foram beneficiados por mais de R$ 1,5 milhão investidos através da parceria estabelecida pelo ACNUR com o Banco Pérola e o Banco do Povo Crédito Solidário. Elas são instituições financeiras que passaram a oferecer linhas de microcrédito especiais para atender pessoas refugiadas e migrantes que queiram ampliar seus negócios no Brasil.A iniciativa, que envolve diferentes instituições financeiras, foi lançada no final de 2020 para oferecer empréstimos que vão de R$500 a R$ 7 mil. Além dos juros baixos (em média, 3% ao mês), as facilidades oferecidas vão da menor burocracia para a contratação, mais opções de garantias que podem ser apresentadas pelo contratante e opções de pagamento de acordo com a possibilidade do empreendedor – semanais, quinzenais ou mensais.Para o diretor executivo, Fabio Maschio Rodrigues, ter uma linha de crédito que possibilite o acesso a pessoas refugiadas e migrantes é parte de uma ação maior de promoção da integração socioeconômica dessas pessoas no Brasil. “O Banco do Povo Crédito Solidário tem como premissa a promoção do acesso a recursos microfinanceiros da polução sem acesso aos serviços bancários convencionais. Apoiando os empreendedores refugiados, estamos ajudando a restaurar a dignidade e a autonomia, permitindo que eles sejam protagonistas de suas próprias vidas. Assim estamos promovendo uma sociedade mais inclusiva, justa e próspera para todos.”O Banco do Povo Crédito Solidário tem atuação no estado de São Paulo e já beneficiou mais de 360 pessoas refugiadas e migrantes na Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, Jundiaí e Osasco. O perfil de clientes que contratam o microcrédito é formado, em sua maioria, por mulheres (52%) e com renda per capita de até um salário mínimo por mês (66%). Três em cada quatro possuem empresa formalmente constituída, em especial nas áreas de serviços (49%) e comércio (43%). Oportunidades mesmo a quem ainda não está formalizadoOutro diferencial da iniciativa é a possibilidade de contratação de crédito mesmo por empreendedores e empreendedoras que ainda não formalizaram seu negócio. No Banco Pérola, o negócio deve estar em andamento há, pelo menos, três meses, e a única garantia solicitada é um avalista, que assine o contrato junto com a pessoa refugiada ou migrante. De 2020 até agora, a instituição alcançou 190 pessoas em 30 cidades e 12 estados. “Sem crédito é praticamente impossível alavancar um negócio, qualquer que seja o tamanho. E essas pessoas têm ainda menos condições de conseguir um empréstimo no mercado do que empreendedores brasileiros mais vulneráveis. Por mais que haja força de trabalho, demanda, capacidade empreendedora, existem questões muito práticas sem as quais um empreendimento simplesmente não existe, como capital de giro, recurso para comprar produtos ou para investir em uma infraestrutura mínima”, afirma a diretora Financeira e Administrativa do Banco Pérola, Andrea Federmann.Para o ACNUR, oferecer créditos diferenciados para pessoas refugiadas e migrantes é uma forma de contribuir para o desenvolvimento dos pequenos empreendimentos, para o estabelecimento dessas pessoas de forma sustentável no Brasil e para o fortalecimento da economia local. “Temos milhares de pessoas refugiadas e migrantes que recorrem à abertura do negócio próprio como um meio de, inicialmente, ter uma renda no Brasil. Muitos conseguem expandir com investimentos mínimos. Ter as instituições financeiras nessa iniciativa é fundamental para incentivar a autonomia de muitos empreendedores que escolhem o país para recomeçarem suas vidas”, ressalta a assessora de Soluções Duradouras no ACNUR, Vanessa Tarantini.Saiba mais sobre a história de Livis e sua paixão pela cozinha típica venezuelana: No site Refugiados Empreendedores é possível encontrar mais informações sobre instituições que oferecem crédito e microcrédito para pessoas refugiadas e migrantes que sejam donas do seu próprio negócio. Também é possível acessar a Cartilha de Informações Financeiras para Migrantes e Refugiados, que ajuda avaliar as opções disponíveis.Para descobrir mais, siga @acnurbrasil nas redes! , filtered_html
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História
06 março 2025
Na histórica cidade de Congonhas, três gerações de mulheres lutam para preservar seu território
Elas são como a água que brota de uma nascente no meio da floresta úmida: silenciosas, adaptativas e constantes, fluem pela histórica cidade de Congonhas, no estado de Minas Gerais, no sudeste brasileiro, em defesa do bairro em que vivem. Marlene de Souza Alves, Maria Veridiana Alves e Teisiane Bernardo Gomes são três mulheres de diferentes gerações da mesma família. A origem delas está enraizada no bairro Pires – uma história familiar que se entrelaça com a do bairro, abrigado ao sopé da serra de mesmo nome. Considerado o mais antigo bairro da cidade mineira, o Pires hoje sofre impactos causados por atividades industriais.A mais velha da família, Maria Veridiana, de 78 anos, é mãe de Marlene, 54, e bisavó de Teisiane, 11. Quando Maria Veridiana recorda de sua época de infância, ela relata a saudade da serra coberta de floresta nativa e banhada por nascentes, conhecidas como fervedouros (a água saía do lençol freático com muita pressão, dando a sensação de que estava fervendo), além de inúmeras cachoeiras e cursos d’água.Desde a juventude de Veridiana até a primeira infância de Marlene, o Pires era uma comunidade tranquila, formada por cerca de 200 pessoas, que trabalhavam juntas no cultivo de arroz, feijão, milho, abóbora, batata, mandioca, inhame. Todos os dias, na hora do café, a comunidade reunia-se para colher, cozinhar e comer os alimentos que a terra ofertava como resultado do trabalho comunitário. As vizinhas faziam mutirão para assar broa, bolinhos de milho doce, tradicionais da cultura mineira. Sem a necessidade de cercas, os animais de pastoreio e de criação viviam soltos e faziam parte desse sistema de produção e distribuição comunal.As casas, construídas com técnicas ancestrais de bioconstrução, como adobe, pau a pique e palha, eram abastecidas por um aqueduto que começava na nascente, localizada ao sopé da serra, e descia até onde hoje fica a escola do bairro, próxima à atual rodovia BR-040, que margeia o bairro. Todos os anos, as pessoas faziam um mutirão de limpeza do aqueduto, em um acordo comunitário que durava vários dias."Quando chegava a época da limpeza, todo mundo colaborava. Era a nossa festa, a gente pescava tilápia, um peixinho pequeno. Depois que começou a mineração em larga escala, tudo isso acabou", relembram Maria Veridiana e Marlene.Planejando o futuroHoje, a geração de Teisiane vive as consequências da industrialização das atividades minerárias. E por isso, sempre que possível, as três mulheres estão presentes em eventos, audiências públicas e reuniões que tratam do futuro do bairro e da cidade. Elas participaram de 11 oficinas e duas audiências públicas promovidas pelo projeto Horizontes Congonhas, cooperação entre ONU-Habitat e Prefeitura de Congonhas para a revisão do Plano Diretor e elaboração do Plano de Mobilidade da cidade, representando as mulheres de sua região na busca pela inclusão de suas demandas na revisão do planejamento urbano da cidade. Para a iniciativa, é fundamental ter uma participação de gênero igualitária, para garantir que o planejamento da cidade de fato seja inclusivo para todas as pessoas. Dos 470 participantes de 16 eventos, 52% eram mulheres; e das 761 opiniões recebidas online 72% foram enviadas por mulheres – garantindo que as contribuições coletadas em cada região da cidade levem em conta o viés de gênero.Nesse contexto, Marlene cumpre um papel fundamental como representante movimentos populares no Núcleo Gestor do projeto -- um comitê composto por representantes do poder executivo, de movimentos populares, de entidades profissionais e acadêmicas, do empresariado e de instituições não-governamentais, que monitora todo o processo de revisão do Plano Diretor e elaboração do Plano de Mobilidade, até a finalização do trabalho, previsto para junho de 2025. "Tem me chamado atenção as discussões a respeito da arborização urbana, da qualidade do ar, da mobilidade urbana, do desenvolvimento sustentável e de reduções de riscos. É importante que as pessoas contribuam na construção de uma cidade melhor", afirma Marlene. Os horizontes de Congonhas Localizada ao norte do município de Congonhas, a serra do Pires é um maciço rochoso formado há milhões de anos, que faz parte da paisagem frontal do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, tombado como patrimônio mundial pela Unesco em 1985. As estátuas dos 12 profetas que fazem parte do Santuário, esculpidas em pedra sabão pelo Mestre Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foram posicionadas de modo que olham, apontam e projetam seus corpos para o horizonte, delimitado pela serra. Além da importância paisagística, a serra do Pires está inserida na Reserva da Biosfera do Espinhaço, uma área com mais de 10 milhões de hectares, reconhecida e demarcada pela Unesco em 2005. Mesmo assim, a serra ainda não está legalmente protegida pelo município, algo que pode mudar com o Plano Diretor, que deve apresentar uma proposição para enfatizar a sua importância histórica, cultural e ambiental, e legalizar a sua proteção socioambiental.Além de emoldurar a paisagem do bairro de Maria Veridiana, Marlene e Tisiane, a serra é um componente histórico que faz parte da memória afetiva da comunidade. Ao longo das gerações até os dias de hoje, a água de suas nascentes abastece o bairro, e as plantas nativas que crescem em suas encostas são usadas como medicina e alimento. Inclusive, é habitat de dezenas de espécies endêmicas, como a planta congonha, que dá nome ao município e é utilizada como chá medicinal.Há cerca de 60 anos, na juventude de Maria Veridiana, a comunidade era formada por casas espaçadas e conectadas por pequenas trilhas na mata. A maior parte da locomoção das pessoas na região era feita por meio dessas trilhas, que seguiam em diferentes regiões, passando pela serra do Pires. “A gente ia a pé, pela serra, até o rio onde hoje é o Parque da Cachoeira, onde tinha uma horta. Todo mundo se ajudava, era muito bom”, relembra."Ninguém imaginava que a paisagem ia mudar tanto", conta Maria Veridiana.Sete décadas de transformaçõesA rotina comunitária do Pires mudou a partir de 1957, com a pavimentação da rodovia BR-040, fazendo chegar ocupantes de outros lugares. Ao longo das três décadas seguintes, casas foram construídas e ruas foram abertas sem planejamento. Em 1994, o bairro já consolidado viveu mais uma transformação: foi cortado ao meio pela ferrovia de escoamento da produção de minério de ferro. Hoje, há quase 3 mil pessoas morando no Pires, que não possui infraestrutura de saneamento, o que agrava a situação das nascentes e das águas que correm pelo território.Ao encarar o contexto mais recente do bairro, Marlene tornou-se líder comunitária, e hoje atua na associação de moradores do bairro. “Como mulher, aprendi a duras penas a ter mais autonomia, paz e liberdade para fazer as minhas coisas. Sempre que houver uma oportunidade de participar de eventos com a minha comunidade e com as moradoras e moradores da cidade de Congonhas, eu estarei presente e atuante”, afirma.Marlene e sua família reconhecem a importância de fazerem parte desse projeto, sendo exemplo e representando as mulheres de sua comunidade para pensar o futuro de sua cidade de forma mais sustentável e inclusiva."Temos muitos sonhos para o bairro do Pires e para a nossa cidade, a história da nossa família está enraizada aqui, e por isso vou sempre participar de momentos de planejamento para uma vida melhor para todas as pessoas", conclui Marlene. Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes! , filtered_html
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História
28 fevereiro 2025
Construindo sonhos no Brasil
Argenis se recorda exatamente do dia em que deixou a Venezuela, em 2018, para atravessar a fronteira para o território brasileiro. Junto com o filho, que leva o mesmo nome do pai, a lembrança daquele momento é do sentimento de deixar o país de origem e a chegada em um novo lugar para o recomeço da vida em família. A parada final foi em Roraima, na cidade fronteiriça de Pacaraima, no extremo norte do Brasil.Desde o momento em que decidiam pela permanência no local, Argenis saiu em busca de emprego para ingressar no mercado de trabalho da cidade. “Como todo migrante, andei por todas as ruas. Tive muitas ofertas, mas nada concretizava. Até que um senhor que trabalhava com materiais de construção me deu uma oportunidade”, conta. Com a chance, aprendeu sobre peças, coloração e todas as ferramentas necessárias para obras e reparos.“Aos poucos fui aprendendo o idioma, os materiais e como trabalhar aqui. Trabalhar em português é totalmente diferente porque é todo um novo ensino. Por exemplo, na Venezuela se fala ‘pintura’, aqui se fala ‘tinta’. Em alguns momentos, recebo brasileiros de outros estados que falam palavras de outra forma e tenho que perguntar ao que estão se referindo.”O acolhimento e as relações tecidas em Pacaraima motivaram Argenis a abrir o próprio negócio. “Sempre sonhei em ter uma loja”, afirma Argenis. Com esforços e apoio de amigos empresários, o sonho se tornou realidade e, assim, o Comercial Casa Blanca se fortaleceu no setor de construção. Inicialmente, eram seis baldes de materiais no espaço, “o pessoal chegava aqui e ria”, conta, “mas hoje estamos melhores”. A cada novo avanço na loja, mais a clientela chegava e se tornava fiel.Assim, pai e filho estabeleceram a rotina diária de acordar cedo, fazer orações, limpar a loja e dar boas-vindas a todos que chegam. “Trabalhar com o público é o que mais gosto. Ajudar a conseguirem uma solução em qualquer problema... se está ao meu alcance, eu faço.”Com o passar dos anos, a integração foi se fortalecendo e os costumes brasileiros tornando-se conhecidos, assim como a sua participação na comunidade local. “Hoje me sinto parte da comunidade. É um município pequeno e muito acolhedor, que me deu muitas oportunidades. Agradeço a Deus e ao Brasil por ter recebido milhares de venezuelanos, por estarmos regularizados, termos os documentos nacionais. Se não tivesse sido assim, essa loja não seria possível. Se pudesse falar algo para o Argenis de cinco anos atrás seria: ‘amanhã será outro dia e assim vamos com esperança”.Sobre a Organização Internacional para as Migrações (OIM): A OIM faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todas as pessoas. A OIM está presente no Brasil desde 2016.Para saber mais, siga @oimbrasil nas redes e visite a página da OIM no Brasil: https://brazil.iom.int/pt-br , filtered_html
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Notícias
20 março 2025
ONU: Emissões do setor de construção param de aumentar pela primeira vez desde 2020
Um número crescente de países está trabalhando para descarbonizar edifícios, mas o progresso lento e o financiamento colocam em risco as metas climáticas globais. Essas são as principais conclusões de uma análise anual do setor de edifícios e construção, publicada nesta segunda (17) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Aliança Global para Edifícios e Construção (Global Alliance for Buildings and Construction) ou GlobalABC. O Relatório de Status Global de Edifícios e Construção 2024-2025 - Não apenas mais um tijolo na parede destaca os avanços em relação às metas climáticas globais relacionadas ao setor e pede maior ambição em seis áreas, incluindo códigos de energia para edifícios, energia renovável e financiamento. O relatório estabelece um desafio aos principais países emissores de carbono para que adotem códigos de energia de construção com zero carbono até 2028, a ser seguido por todos os outros países até 2035. Os códigos de construção e a integração de planos de reforma de códigos de construção na apresentação contínua de NDC são essenciais para alcançar o compromisso global de eficiência energética e energias renováveis da COP28. Estruturas e iniciativas globais, como o Conselho Intergovernamental para Edifícios e Clima, a iniciativa Inovação Edifícios e a Declaração de Chaillot, estão sustentando o ímpeto para a adoção de planos de ação climática ambiciosos, Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), para edifícios com zero emissões líquidas antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30) em Belém do Pará. “Os edifícios onde trabalhamos, compramos e moramos são responsáveis por um terço das emissões globais e um terço dos resíduos globais. A boa notícia é que as ações governamentais estão funcionando. Mas precisamos fazer mais e mais rápido. Incentivo todos os países a incluírem planos para reduzir rapidamente as emissões de edifícios e construções nas suas novas NDCs.” - Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA, 17 de marco de 2025 Ao analisar a década desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015, o relatório conclui que 2023 foi o primeiro ano em que o crescimento contínuo da construção de edifícios foi dissociado das emissões de gases de efeito estufa do setor, que já se encontravam estáveis. Com a adoção de códigos de construção de energia obrigatórios, alinhados com emissões líquidas zero, padrões de desempenho obrigatórios e aproveitamento de investimentos em eficiência energética, a intensidade energética do setor foi reduzida em quase 10%, enquanto a participação da energia renovável na demanda final de energia aumentou em quase 5%. Medidas adicionais, como práticas de construção circular, aluguéis ecológicos, modernização de edifícios existentes com eficiência energética e priorização do uso de materiais de baixo carbono podem reduzir ainda mais o consumo de energia, melhorar a gestão de resíduos e reduzir as emissões em geral. Apesar desse progresso, o setor continua sendo um dos principais causadores da crise climática, consumindo 32% da energia global e contribuindo para 34% das emissões globais de CO₂. O setor depende de materiais como cimento e aço, que são responsáveis por 18% das emissões globais e são uma grande fonte de resíduos de construção. Como quase metade dos edifícios mundiais que existirão até 2050 ainda não foram construídos, a adoção de códigos de construção ambiciosos em termos de energia é fundamental. No entanto, os dados apontam para um declínio recente de medidas altamente eficazes, como a instalação de bombas de calor, e mais de 50% da área útil de edifícios recentemente construídos em economias emergentes e em desenvolvimento ainda não é coberta por códigos de construção. Finalmente, todos os governos, instituições financeiras e empresas precisam trabalhar juntos para dobrar o investimento global em eficiência energética de edifícios de US$ 270 bilhões para US$ 522 bilhões até 2030. A adoção de medidas de Responsabilidade Estendida do Produtor e práticas de economia circular - incluindo maior vida útil dos edifícios, melhor eficiência e reutilização de materiais, reciclagem, design passivo e gerenciamento de resíduos - são fundamentais para ajudar a superar as falhas no financiamento, enquanto os programas de desenvolvimento da força de trabalho são essenciais para preencher as falhas de qualificação no setor. O PNUMA, os membros do GlobalABC e outros parceiros continuarão a apoiar países e empresas na descarbonização de edifícios novos e existentes e de toda a cadeia de valor da construção, inclusive recorrendo a esses dados para apoiar NDC ambiciosas antes da COP30. NOTAS AOS EDITORES Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) O PNUMA é a principal voz global sobre o meio ambiente. Ele oferece liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a melhorar sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras. Sobre a Aliança Global para Edifícios e Construção (GlobalABC) Fundada na COP21, organizada pelo PNUMA e com 291 membros, incluindo 42 países, a GlobalABC é a principal plataforma global para todas as partes interessadas do ambiente construído comprometidas com uma visão comum: Um setor de edifícios e construção com emissão zero, eficiente e resiliente. Contato para a imprensa: Assessoria de Imprensa, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente: unep-newsdesk@un.org , filtered_html
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20 março 2025
Brasil: Adesão ao Sistema de Haia protege desenhos industriais e fortalece marcas nacionais
O Sistema de Haia da OMPI proporciona um mecanismo internacional único para proteger e gerenciar direitos sobre desenhos industriais em vários países ou regiões simultaneamente. Por meio de um único pedido, em um único idioma e com o pagamento de um único conjunto de taxas, os empreendedores podem garantir proteção para seus designs de maneira simplificada e acessível.Criado em 1925 e continuamente modernizado, o Sistema de Haia oferece uma solução eficiente para proteger desenhos industriais em mais de 90 países. Ele permite que empresas e criadores brasileiros simplifiquem o processo de registro, economizem tempo e recursos, além de fortalecerem suas marcas em diferentes jurisdições.A OMPI é a agência especializada da ONU dedicada à promoção da inovação e criatividade por meio da proteção da propriedade intelectual. Visite a página da OMPI no Brasil. Por que proteger seus desenhos industriais?Os desenhos industriais representam um dos ativos mais valiosos para empresas inovadoras, sendo essenciais para a identidade visual de produtos e o reconhecimento da marca no mercado. A proteção adequada desses designs evita cópias e uso indevido por terceiros, promovendo maior segurança e credibilidade no setor empresarial.Além disso, o registro internacional pelo Sistema de Haia não apenas protege seu trabalho, mas também abre portas para oportunidades de colaboração e crescimento, permitindo que negócios brasileiros alcancem novos patamares profissionais.A adesão ao Sistema de Haia reduz o risco de violações, o que pode ser uma grande preocupação para investidores. Com essa proteção internacional, empresas têm maior acesso a mercados globais e podem atrair investidores interessados em explorar bases de clientes novas e diversificadas. Recursos adicionaisAlém da proteção legal, o Sistema de Haia proporciona acesso a uma série de recursos valiosos para empreendedores e empresas que desejam expandir seus negócios globalmente. Por meio da plataforma da OMPI, os usuários podem:Conduzir pesquisas de mercado e verificar os desenhos industriais da concorrência.Ler histórias inspiradoras de sucesso no uso do sistema.Participar de webinários e cursos de educação à distância.Acompanhar conteúdos exclusivos em podcasts.Assinar a newsletter para se manter atualizado sobre tendências e oportunidades.Os princípios fundamentaisGlobal: Protege seus desenhos industriais em mais de 90 países;Simples: Um único pedido internacional cobre até 100 desenhos industriais;Econômico: Redução de custos e burocracia por meio de um serviço centralizado;Centralizado: Fácil gerenciamento dos registros de desenhos industriais.Expanda seu potencial e proteja sua inovação!O Brasil tem um enorme potencial criativo e inovador, e agora os empreendedores brasileiros podem contar com o Sistema de Haia para ampliar suas oportunidades globalmente. Proteger seus desenhos industriais significa investir no futuro do seu negócio, garantindo reconhecimento, segurança e expansão internacional.A OMPI está comprometida em apoiar criadores e empresários brasileiros nesse processo. Não perca a oportunidade de fortalecer sua marca e levar sua inovação além das fronteiras. Para mais informações e para iniciar o seu pedido, visite o portal da OMPI e descubra todas as vantagens do Sistema de Haia.Recursos: Guia digital de informações sobre o Sistema de HaiaComo o Sistema de Haia funcionaDepósito de pedidos de registro internacionalGestão dos registros internacionaisPara saber mais, visite a página do Sistema de Haia: https://www.wipo.int/edocs/infogdocs/marketing-pages/pt/lp-hague-system-brazil/index.html , filtered_html
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19 março 2025
Gaza: Assessora Especial para a Prevenção do Genocídio alerta para o aumento da violência
A Assessora Especial em exercício para a Prevenção do Genocídio, Virgina Gamba, e a Assessora Especial sobre a Responsabilidade de Proteger, Mô Bleeker, estão seriamente preocupadas com relatos desta terça (18) sobre os extensos ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza. Esses ataques marcam a primeira grande ação militar na região desde que um cessar-fogo foi estabelecido há dois meses. Os relatórios iniciais indicam que centenas de pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas. “Esses acontecimentos sinalizam uma preocupante e dramática escalada da violência com consequências irreversíveis. É essencial que os imperativos do processo de paz, integrando aspectos de prevenção e proteção, sejam priorizados com urgência”, enfatizaram as altas funcionárias das Nações Unidas. A Sra. Gamba e a Sra. Bleeker também expressaram sua profunda preocupação com o agravamento da crise humanitária em Gaza, exacerbada pela decisão de Israel, em 2 de março, de suspender a entrada de ajuda no território. Essa medida foi amplamente condenada, entre outras, por organizações humanitárias multilaterais, pelas Nações Unidas e vários Estados-membros, que alertam que qualquer atraso adicional na entrega da assistência humanitária corre o risco de aumentar a fome e o sofrimento da população civil de Gaza.“De acordo com as diretrizes para a prevenção de genocídio e a responsabilidade de proteger, pedimos a todas as partes que priorizem a proteção de civis e tomem medidas imediatas para diminuir as tensões, evitar mais perdas de vidas e se engajarem em uma solução política sólida”, afirmaram Gamba e Bleeker. Elas também compartilham a manifestação do secretário-geral António Guterres para que o cessar-fogo seja respeitado, o acesso humanitário desimpedido seja restaurado e que todos os reféns restantes sejam liberados incondicionalmente. Para mais informações, acompanhe a cobertura completa da ONU News em português: https://news.un.org/pt/tags/gaza Para consultas da imprensa, favor entrar em contato com o Escritório de Prevenção do Genocídio e sobre a Responsabilidade de Proteger: E-mail: osapg@un.orgWebsite: http://www.un.org/genocideprevention , filtered_html
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Notícias
18 março 2025
Evento em Nova Iorque homenageará mulheres líderes da Declaração Universal dos Direitos Humanos
“Os direitos humanos e os valores democráticos são a nossa melhor ferramenta para ajudar as sociedades a prosperarem em liberdade.” - António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas A trajetória e o legado das mulheres da Declaração Universal dos Direitos Humanos serão homenageados em evento especial organizado às margens da 69ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher, em Nova Iorque. A participação é aberta a todas as pessoas, que poderão acompanhar e fazer perguntas on-line. A discussão também explorará o contexto histórico, os desafios enfrentados por essas mulheres pioneiras e o profundo impacto e legado de seu trabalho nos movimentos contemporâneos pela igualdade de gênero e no trabalho das Nações Unidas, além de abordar os esforços atuais de defesa da igualdade de gênero e dos direitos humanos em todo o mundo.AGENDAEvento paralelo da 69ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher: “Mulheres que moldaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos” 20 de março de 2025 10:00 - 10:10 (horário de Brasília) - Abertura Ilze Brands Kehris, secretária-geral adjunta do Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH)Nanette Braun, diretora da Divisão de Campanhas e Operações Nacionais, Departamento de Comunicação Global da ONU 10:10 - 10:50 - Painel de especialistas Embaixadora Gertrude Mongella, secretária-geral da Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em Pequim em 1995Anna Fierst, bisneta de Eleanor Roosevelt, presidente do Conselho de Administração do Eleanor Roosevelt CenterRebecca Adami, professora associada da Universidade de EstocolmoManu Bhagavan, professor do Departamento de História, Universidade da Cidade de Nova IorqueModeradora: Jayashri Wyatt, Chefe da Seção de Divulgação Educacional, Divisão de Divulgação, Departamento de Comunicação Global da ONU10:50 - 11:20 - Sessão de perguntas e respostas 11:20 - 11:30 - EncerramentoComo participar: Faça sua inscrição através do formulário on-line para receber o link do evento. Mais informações disponíveis na página do evento: https://www.un.org/en/page/csw69 , filtered_html
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18 março 2025
UNDRR: Mulheres na Linha de Frente da Resiliência Climática e Gestão de Riscos de Desastres
A evidência é clara: as mulheres estão entre as mais afetadas por desastres, devido às desigualdades estruturais que limitam seu acesso a recursos, informação e participação nos processos decisórios. "Não podemos falar de resiliência sem equidade", destacou Isís Taboas, do Ministério das Mulheres do Brasil, ressaltando que a participação ativa das mulheres é essencial para construção de sociedades resilientes.A necessidade de dados desagregados por gênero também foi enfatizada como um fator crítico para garantir soluções eficazes. Gabriela Couto, doutora em Ciência do Sistema Terrestre e representante da Rede de Mulheres da América Latina e do Caribe para a Redução do Risco de Desastres (RedLAC de Mulheres para a RRD), trouxe uma perspectiva científica para a discussão: "Eventos como este criam oportunidades valiosas ao fomentar a colaboração multissetorial e permitir a troca de perspectivas diversas, combinando conhecimento científico com estratégias de política e negócios".O setor privado também tem um papel estratégico na construção da resiliência climática. Representantes do Banco do Brasil compartilharam como a instituição tem evoluído de uma abordagem reativa para uma estratégia de investimento na resiliência, promovendo a interseccionalidade e o empoderamento econômico de mulheres negras através da Fundação Banco do Brasil.Outro ponto alto do debate foi a integração das mulheres nos mecanismos formais de redução de riscos de desastres. "Para além dos dados, temos o desafio de implementar o Objetivo 4 do Plano de Ação de Gênero do Marco de Sendai, garantindo maior integração das mulheres nos mecanismos formais de redução de riscos", destacou Marilene Nascimento, chefe de gabinete do MIDR.A 69ª sessão da CSW também foi uma oportunidade para projetar a COP30, que ocorrerá em Belém, Brasil. "Esta é uma oportunidade única para fortalecer os compromissos do Marco de Sendai e garantir que a RRD incorpore a perspectiva de gênero", afirmou Aline Marsicano, gerente de projetos e ponto focal de gênero do UNDRR para as Américas e o Caribe.O evento foi um marco na agenda de gênero e desastres, destacando soluções concretas para integrar a perspectiva de gênero na gestão de riscos. Os resultados esperados incluem a disseminação de boas práticas, o fortalecimento da articulação entre governos locais e redes de mulheres, e o mapeamento de desafios para futuras ações.Com essa discussão, reafirma-se a importância da colaboração entre governos, sociedade civil e setor privado para garantir que a resiliência climática e a redução do risco de desastres sejam cada vez mais inclusivas e eficazes.Este painel faz- parte de um esforço contínuo para fortalecer a integração de gênero na redução do risco de desastres, um tema central para a Rede de Mulheres das Américas e do Caribe para a Redução do Risco de Desastres. As discussões não terminam aqui – pelo contrário, elas seguem na construção de consensos para a COP30, onde a equidade de gênero e a resiliência climática continuarão a ocupar um papel central na agenda global. Para transformar esses debates em ações concretas, será fundamental fortalecer a colaboração entre governos, sociedade civil e setor privado, garantindo que a resiliência climática seja, de fato, um caminho acessível e equitativo para todas e todos. Quer fazer parte dessa rede de transformação?A Rede de Mulheres da América Latina e do Caribe para a Redução do Risco de Desastres é um espaço de articulação, aprendizado e mobilização, onde promovemos diálogos estratégicos sobre gênero e RRD, realizamos capacitações e fortalecemos a participação política das mulheres – em toda a sua diversidade – nos debates regionais e internacionais.👉 Junte-se a nós! Inscreva-se aqui: Formulário de inscrição, filtered_html
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