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18 março 2024
Quando as mulheres negras avançam, todo o Brasil avança junto!
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15 março 2024
Países da Coalizão Global de Prevenção do HIV reduzem novas infecções por HIV, mas é preciso acelerar o progresso global
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14 março 2024
Em Governador Valadares, UNOPS realiza escuta de pessoas atingidas
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
Notícias
08 março 2024
ONU lança campanha para estimular investimento nas mulheres negras
No dia 8 de março, celebra-se o Dia Internacional da Mulher, uma data histórica e simbólica estabelecida pelas Nações Unidas em 1977 para valorizar os esforços das mulheres pela igualdade de gênero e pleno acesso aos seus direitos fundamentais.A campanha "Investir nas Mulheres Negras para Acelerar o Progresso” coincide com o último ano da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024). No Brasil, as disparidades de gênero e raça se manifestam em diversos contextos, incluindo na disparidade da renda média entre o trabalho de mulheres negras e homens brancos: a diferença salarial entre esses dois grupos é de 55%.No entanto, os desdobramentos da discriminação não se limitam apenas ao aspecto econômico. Em 2022, no Brasil, mulheres negras representavam 61,1% das vítimas de feminicídio e 68,9% das vítimas de mortes violentas intencionais.“Mulheres negras são mais afetadas pela pobreza, discriminação e violência. Investir nelas é avançar no desenvolvimento do Brasil sem deixar ninguém para trás.” - Silvia Rucks, coordenadora residente das Nações Unidas no Brasil, 8 de março de 2024. A coordenadora residente das Nações Unidas no Brasil, Silvia Rucks, enfatiza que o investimento em mulheres negras não se limita a uma parcela específica da população, mas contribui de forma significativa para o desenvolvimento de todo o Brasil.Os desafios enfrentados pelas mulheres e meninas negras demandam uma resposta integral e interseccional na promoção da igualdade de gênero e raça, sendo a ampliação de investimentos uma questão urgente.Tal abordagem visa a conscientização e ação em um período crucial, conectando as lutas contemporâneas às raízes dos problemas que afetam a população negra no Brasil e no mundo. Sobre a campanha “Investir nas Mulheres Negras”: A ONU Brasil convida todas as pessoas a se unirem à campanha e a promoverem a igualdade de gênero e raça. Dicas de ações e recursos informativos estão disponíveis na página: https://brasil.un.org/pt-br/262624-investir-nas-mulheres-acelerar-o-progresso Nas redes sociais, a ONU Brasil marcará o conteúdo da campanha com as hashtags #InvistaEmMulheresNegras e #InvistaNasMulheres. A campanha é fruto da colaboração entre diferentes agências, fundos e programas do Sistema das Nações Unidas no Brasil. Contato para imprensa:Ana Rosa Reis de Gusmão, Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): contato@onu.org.br
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21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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24 julho 2023
#PrometoPausar: Combata a desinformação nas redes sociais
Um simples compartilhamento pode ter consequências graves.
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Notícias
18 outubro 2023
Como combater o discurso de ódio nas redes sociais?
"Lidar com o discurso de ódio não significa limitar ou proibir a liberdade de expressão. Significa evitar que o discurso de ódio se transforme em algo mais perigoso, particularmente o incitamento à discriminação, hostilidade e violência, que é proibido pelo direito internacional."
- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Confira as 10 dicas para ajudar a combater o discurso de ódio nas redes sociais:
1. Coloque-se no lugar das outras pessoas:
Pense duas vezes antes de expressar um julgamento ou opinião nas redes sociais e pergunte a si mesmo(a) se isso pode prejudicar, ofender ou agredir alguém.
2. Submeta as opiniões, informações e imagens a 3 filtros:
CONFIANÇA: vêm de uma pessoa, meio ou fonte confiável?
VERIFICAÇÃO: baseia-se em fatos verificados, evidências e informações comprovadas?
UTILIDADE: qual é o propósito e quais benefícios traz para mim e para outras pessoas?
3. Converse sobre direitos e temas complexos da realidade social com seus familiares, amigos e colegas:
4. Perca o medo de identificar discursos de ódio e discriminação:
Se um membro da sua família ou pessoa conhecida compartilhar uma piada ou expressão racista, sexista ou que promova o ódio ou discriminação, informe, de forma gentil e cordial, que tal mensagem não está correta e explique de maneira clara e concisa o porquê.
5. Aja com responsabilidade nas redes sociais:
Use as redes sociais para aprender coisas novas, reunir seus amigos e pessoas queridas, criar oportunidades econômicas e fortalecer laços de amizade.
6. Não caia na provocação:
Evite entrar em conversas violentas, ameaçadoras ou que promovam a agressão.
7. Denuncie:
Quando encontrar uma mensagem que promova o ódio ou a discriminação, utilize as ferramentas oferecidas pela rede social para denunciar.
8. Informe-se:
Busque informações, guias e apoio contra o discurso de ódio.
9. Busque apoio legal:
10. Liberte-se dos costumes e padrões culturais que geram ódio e discriminação:
Nem todos os costumes ou expressões culturais promovem a inclusão e a convivência saudável. Revise seus costumes e práticas diárias.
Saiba mais:
Informe da ONU sobre integridade da informação nas plataformas digitais
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) publicou, em outubro de 2023, a versão em português do Informe de Política sobre Integridade da Informação nas Plataformas Digitais, preparado pelo secretário-geral da ONU.
“O nosso objetivo é apoiar uma discussão nacional ampla e inclusiva sobre o papel da integridade da informação para a paz e o desenvolvimento sustentável”, explicou a diretora do UNIC Rio, Maria Ravalli.
O Informe de Política apresenta conceitos e propostas para proteger os direitos fundamentais de acesso à informação e liberdade de expressão, e defendê-los das crescentes ameaças representadas pela proliferação de mentiras, desinformação e discurso de ódio nas plataformas digitais.
Um estudo realizado em 142 países - apresentado no Informe do secretário-geral - mostrou que 58,5% dos usuários regulares de internet e redes sociais ao redor do mundo estão preocupados em encontrar informações falsas on-line.
Para tomar decisões que afetam o dia a dia e o futuro, todas as pessoas necessitam de informação. O acesso à informação é um direito humano fundamental que possibilita a construção do conhecimento sobre a realidade social. É um alicerce para a liberdade, o convívio social e o desenvolvimento.
A integridade da informação que precisamos para realizar nossos direitos vem sendo cada vez mais comprometida com a disseminação de informações falsas, da desinformação e do discurso de ódio, que encontraram um terreno fértil nas plataformas digitais e redes sociais.
A estratégia e o plano de ação da ONU
Em resposta à tendência alarmante do aumento do discurso de ódio em todo o mundo, o secretário-geral da ONU lançou, em 18 de junho de 2019, a Estratégia e Plano de Ação das Nações Unidas sobre Discurso de Ódio.
Buscando melhorar a resposta da ONU ao fenômeno global do discurso de ódio, essa estratégia é o resultado de uma estreita colaboração entre 16 entidades do Grupo de Trabalho da ONU sobre Discurso de Ódio e é coordenada pela Assessora Especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio.
A Estratégia assume o firme compromisso de intensificar a ação coordenada para combater o discurso de ódio, tanto em nível global quanto nacional.
Visão
A Estratégia e o Plano de Ação reconhecem que o discurso de ódio tem o potencial de incitar a violência e minar a unidade social. A Estratégia reconhece que o discurso de ódio tem sido um precursor de crimes atrozes, incluindo genocídio, nos últimos 75 anos.
A abordagem de coordenação dos esforços de todo o sistema da ONU para identificar, prevenir e confrontar o discurso de ódio está fundamentada em padrões internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de opinião e expressão, princípios de igualdade e não discriminação, bem como outros direitos fundamentais.
A Estratégia tem como objetivo dar às Nações Unidas o espaço e os recursos para enfrentar o discurso de ódio, que representa uma ameaça aos princípios, valores e programas da ONU. Ela orienta o sistema das Nações Unidas sobre como lidar com o discurso de ódio e inclui maneiras de apoiar a ação dos coordenadores residentes da ONU nos Estados-membros.
Princípios e compromissos fundamentais
A Estratégia e o Plano de Ação consistem em 13 compromissos de ação do sistema das Nações Unidas, com base em quatro princípios fundamentais:
A Estratégia e sua implementação devem estar alinhadas com o direito à liberdade de opinião e expressão, já que a ONU apoia um discurso mais positivo - e não menos discurso - como a principal forma de lidar com o discurso de ódio.
O combate ao discurso de ódio é responsabilidade de todas as pessoas. Isso significa que todos(as) nós devemos agir: governos, sociedades, o setor privado, começando pelos indivíduos.
A ONU pretende apoiar uma nova geração de cidadãos digitais, capacitados para reconhecer, rejeitar e enfrentar o discurso de ódio na era digital.
Como uma ação eficaz deve ser apoiada por um melhor conhecimento, a Estratégia exige a coleta coordenada de dados e pesquisas, inclusive sobre as causas básicas, os motivadores e as condições que impulsionam o discurso de ódio.
Saiba mais e faça sua parte:
Quais são as consequências do discurso de ódio?
Como proteger as crianças do discurso de ódio?
Confira a mensagem do secretário-geral da ONU para o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio de 2023.
Visite a página do Escritório da Assessora Especial para a Prevenção do Genocídio (em inglês).
Para mais informações, entre em contato com o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): unicrio@onu.org.br.
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Notícias
24 agosto 2023
⚠️ Alerta de fraude: ONU Brasil reforça aviso sobre contatos falsos usando o nome da Organização
A ONU Brasil reforçou nesta terça-feira (9) o alerta sobre o uso do nome da Organização por fraudadores e estelionatários.
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) recebeu, no decorrer do ano passado, uma média de 45 consultas por semana sobre e-mails falsos ou contatos em redes sociais solicitando dados pessoais e bancários ou recursos financeiros. Em 2023, foram mais de 2000 pedidos de informação.
Alguns dos principais tipos de golpes e fraudes incluem:
Golpe das férias: Por meio de mensagens, pessoas se identificam como servidores de um Estado-membro atuando em Forças de Paz e pedem dinheiro para ter direito a férias. A ONU esclarece que as solicitações de férias são feitas eletronicamente e sem custos para os seus funcionários.
Golpe do noivo: Estelionatários entram em contato com as vítimas pelas redes sociais e/ou e-mail se apresentando como funcionários da ONU em países em situações de conflito armado, tragédia humanitária e/ou desastres naturais. Os fraudadores solicitam dados bancários, transferências bancárias ou via Pix para poder viajar e encontrar suas noivas/noivos no Brasil. Infelizmente, a incidência deste golpe tem crescido significativamente.
Golpe do prêmio: Há também quem se identifique como funcionário da ONU pedindo dados pessoais para liberação de um suposto prêmio em dinheiro.
Golpe do embaixador: Fraudadores se identificam como embaixadores ou apoiadores de alto nível da ONU, e utilizam tal denominação para solicitar dados pessoais e/ou bancários para eventual cadastro e/ou premiações. A ONU esclarece que seus Embaixadores da Boa Vontade não estabelecem contato pelas redes sociais. Verifique, por favor, a lista de Embaixadores da ONU nesta página.
Golpe da casa: Chamamos também a atenção para golpes que se referem à construção de casas ou outras benfeitorias por entidades ligadas às Nações Unidas. Verifique, por favor, a lista de Agências Especializadas, Fundos e Programas na ONU que operam no Brasil, e entre em contato diretamente com a entidade mencionada em qualquer mensagem referente a eventuais projetos em sua cidade, comunidade ou bairro: https://brasil.un.org/pt-br/about/un-entities-in-country.
Orientações da ONU:
A ONU recomenda que os destinatários de mensagens fraudulentas ou suspeitas ajam com extrema cautela e não respondam a pedidos de transferências de dinheiro, em qualquer moeda, nem forneçam informações pessoais. Transferências de fundos ou fornecimento de informações pessoais podem acarretar prejuízos financeiros ou roubos de identidade.
As Nações Unidas informam que prêmios, recursos, certificados ou bolsas acadêmicas não são oferecidos pela internet ou por telefone. A Organização alerta também que nunca pede informações sobre contas bancárias ou dados pessoais de indivíduos.
Em caso de suspeita de contato fraudulento:
A ONU recomenda que as pessoas não respondam quaisquer contatos suspeitos, via e-mail ou redes sociais, e tomem as seguintes medidas:
Classifiquem a mensagem eletrônica como 'spam'.
Nas redes sociais, denunciem o usuário seguindo as regras de cada plataforma digital.
As vítimas são orientadas a denunciar o incidente em qualquer Delegacia de Polícia ou nas Delegacias de Repressão aos Crimes de Informática, ou fazer um Boletim de Ocorrência online, se o serviço estiver disponível em seu estado.
Qualquer pessoa com dúvidas sobre a autenticidade de uma mensagem ou telefonema em nome das Nações Unidas pode enviar um e-mail solicitando esclarecimentos, por meio do “Fale Conosco” da Organização: faleconosco@onu.org.br.
Sobre o uso do emblema das Nações Unidas:
Iniciativas fraudulentas frequentemente usam a logomarca da ONU para se beneficiar indevidamente. Uma resolução da Assembleia Geral datada de 7 de dezembro de 1946 determina que o nome e o emblema das Nações Unidas não poderão ser usados sem a devida autorização do secretário-geral.
Contato para imprensa:
Ana Rosa Reis, UNIC Rio: contato@onu.org.br
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História
29 janeiro 2024
Celebrando 20 anos de #VisibilidadeTrans no Brasil
Há 20 anos, o Dia da Visibilidade Trans é celebrado no Brasil em 29 de janeiro.
A data faz alusão ao ano de 2004, quando ativistas trans estiveram em Brasília no lançamento da campanha “Travesti e Respeito”, em parceria com o Ministério da Saúde. O ato representou um marco político na longa trajetória do ativismo trans no país.
As articulações de ativistas trans foram lançadas antes de 2004 e não possuem uma trajetória linear. Em 1992, no Rio de Janeiro, foi criada a Astral, primeira organização voltada aos direitos de travestis e pessoas trans. Até essa data não havia nenhum registro de outra organização da sociedade civil voltada às pessoas trans na América Latina.
Décadas depois, em 2012, a Associação Brasileira de Homens Trans (ABHT), primeira organização política criada por e para homens trans, foi estabelecida. No ano seguinte, acontece a fundação do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT).
Travesti e Respeito
A campanha “Travesti e Respeito” foi também um marco no estabelecimento de diálogo e cooperação entre movimentos sociais, organizações da sociedade civil e o governo brasileiro.
Keila Simpson, 58 anos, a atual presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), participou das articulações que levaram à criação da campanha, junto ao Ministério da Saúde.
“Em 2004, quando a gente foi fazer a campanha, tinha um movimento consolidado, um movimento representativo. Mas a nossa principal demanda ali era com as questões de saúde, com a questão social e com a questão da escola. Desde sempre a escola foi uma pauta importante para nós. E a gente tinha certeza que o que motivaria a nossa participação nessa campanha era exatamente a dimensão que ela tomaria com as demais pautas’’.
Keila destaca como foi importante estabelecer parceria com o Ministério da Saúde que, embora naquele momento tivesse como ênfase ações voltadas ao HIV/AIDS, também abordava temas voltados à inclusão social e à intersetorialidade nas políticas públicas.
Avanços
Apesar da marcante vulnerabilidade social que ainda é uma realidade para parcela significativa da população trans no Brasil, sobretudo de pessoas trans negras, a ampliação das discussões e da incidência do ativismo no contexto nacional e internacional proporcionaram avanços significativos ao longo dessas duas décadas. Vale mencionar medidas como:
2006: Reconhecimento do nome social nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
2008: Criação das portarias 1.707 e 457 pelo Ministério da Saúde, reconhecendo orientação sexual e identidade de gênero como determinantes em saúde, e criação de protocolo de cuidado para saúde específica.
2014: O Ministério da Educação autoriza o uso do nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
2018: O Supremo Tribunal Federal autoriza a retificação legal de nome e gênero nos cartórios, sem necessidade de autorização judicial.
Aspirações para o futuro
Apesar das mudanças significativas, ainda há muito espaço para continuar avançando. Jovens ativistas entendem o passado de luta como fonte de inspiração e aprendizado para dar continuidade ao movimento coletivo por equidade.
"Eu desejo que a futura geração de pessoas trans no Brasil possa acolher frutos da militância da minha geração. Assim como nós estamos colhendo o que foi plantado há muito tempo por outras pessoas trans. Que essa geração que está por vir possa valorizar toda luta daqueles que antecederam e que também possam celebrar. Que nós possamos ter o real acesso à inclusão social no Brasil."
- Rafael Carmo, vice-presidente da Rede Trans Brasil.
Rafael Carmo, artista visual de 30 anos, foi um dos participantes da 4ª edição do projeto Trans-formação, iniciativa da ONU Livres & Iguais no Brasil voltada ao ativismo em direitos humanos para a população trans.
Lauriel, de 28 anos, educador social, artista e cabeleireiro, enfatiza que pessoas trans estão em todos os espaços, mas na maioria das vezes não têm acesso aos direitos que esses espaços oferecem. Isso fica evidente quando ele fala da importância da descentralização dos serviços de saúde, como os ambulatórios trans, e ao acesso aos cuidados em saúde mental.
"Para lutarmos pela saúde psíquica e, portanto, pela vida de pessoas trans que precisam de atendimento médico, precisamos engajar lutas nas regiões mais afastadas dos grandes centros. Como ficam as pessoas trans que vivem em áreas rurais, por exemplo? Precisamos percorrer mais longe."
As primeiras gerações de ativistas trans abriram caminho para o reconhecimento da autodeterminação de gênero, dignidade e plena cidadania. Apesar dos desafios nacionais, há uma mobilização contínua para que esse legado seja passado adiante por organizações, acadêmicos, ativistas independentes, gestores e parte da população em defesa dos direitos humanos, buscando garantir acesso e proteção para pessoas trans em todos os setores, mesmo diante de eventuais retrocessos.
Ao ser questionada sobre como imagina os próximos anos da #VisibilidadeTrans no Brasil, Zaila Luz, cofundadora da Rede Amalgamar, graduanda em Pedagogia e uma das mobilizadoras sociais da última edição do projeto Trans-formação diz:
"Eu quero ver escritores, quero ouvir teorias, quero ouvir filósofos, jornalistas, quero ver atrizes… eu quero saber de doutoras trans. Quero citá-las dentro das escolas, dentro das instituições de educação."
Notas para editores:
As Nações Unidas têm um compromisso histórico e inabalável com direitos iguais e tratamento justo para todas as pessoas, sem distinção. Garantir a não discriminação por conta das identidades de gênero ou orientação sexual integra os princípios norteadores da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e dos compromissos internacionais de direitos humanos.
Desde 2013, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) lidera a implementação da ONU Livres & Iguais no Brasil, uma iniciativa global pela igualdade LGBTQIA+, que promove a conscientização e a mobilização pela defesa dos direitos humanos das pessoas LGBTQIA+.
A ONU Livres & Iguais fornece orientações e notas informativas para avançar na defesa e garantia dos direitos fundamentais das pessoas LGBTQIA+.
Para saber mais:
Visite a página da ONU Livres & Iguais: https://www.unfe.org/pt-pt/
Siga @onuderechoshumanos e @free.equal nas redes sociais.
Contato para imprensa:
Francisco Soares Sena, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH): francisco.soaressena@un.org
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História
26 janeiro 2024
Haitiano que atuava como educador ambiental torna-se parte de rede global do ACNUR sobre o clima
Segundo filho de uma família de seis irmãos, a vida de Ermano Prévoir poderia ter tomado muitos caminhos, mas desde cedo ele optou e segue determinado pelo que o levou para as práticas e estudos ambientais.
“Desde o ensino médio eu me interessei em estudar questões climáticas, pois vivenciava em minha rotina um ambiente ecologicamente degradado, quase sem cobertura vegetal, o que ocasionava – e intensificava – uma série de desastres naturais no Haiti.
"Esse cenário trazia implicações ambientais e também sociais, o que aumentava meu interesse em pesquisar soluções e contribuir com novos conhecimentos para a comunidade”, explica Ermando durante o intervalo de seus estudos.
Após se formar no Haiti em 2015 em agronomia, com especialidade em gestão do meio ambiente e recursos naturais, Ermano discutiu algumas de suas ideias com amigos acadêmicos e do bairro onde vivia e criaram uma organização comunitária para conscientizar a população local sobre medidas de mitigação e impacto das mudanças climáticas em suas vidas.
“Plantamos centenas de árvores, realizamos diversas palestras públicas sobre a importância da preservação ambiental e durante meu trabalho em uma fazenda, criei um projeto de educação ambiental para crianças, onde ensinei o amor e a importância do respeito à natureza”, afirmou Ermando, dizendo que esta foi uma das atividades mais marcantes de sua vida.
Diante da instabilidade sociopolítica de seu país, agravada, dentre outros fatores, por desastres ambientais, Ermano se deslocou ao Brasil em 2018 após ter sido selecionado para fazer um mestrado em ciências ambientais, por meio de um programa de estudo das Organizações dos Estados Americanos (OEA).
🎙️ Ouça a entrevista com o Ermano, concedida ao ACNUR Brasil
Sem falar português, sem ter nenhum conhecido no Brasil e tendo que se adaptar culturalmente a uma realidade completamente diferente, Ermano dedicou-se ao estudo do idioma e em três meses já conseguia se comunicar com os colegas da sala, os quais seguiram o apoiaram apoiando durante o processo de aprendizagem.
“Sinto-me abençoado por estar no Brasil, pelas oportunidades que tive, de conviver com as pessoas que conheci. É um país muito acolhedor e que olha para a questão climática com a devida atenção, com uma estrutura de estudos incrível, gerando muitos saberes que dialogam com a sustentabilidade”.
Concluído o mestrado em 2020 pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e motivado pela continuidade de suas pesquisas sobre clima e dinâmicas socioambientais, no mesmo ano Ermano foi selecionado para o doutorado em agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), onde atualmente está concluindo seus estudos.
“Cheguei até onde estou hoje após enfrentar desafios significativos em busca de segurança e oportunidades para a minha família. Essa experiência de deslocamento me trouxe uma perspectiva única sobre as crises climáticas e suas implicações na vida das pessoas que são impactadas por essa transformação que estamos passando”.
Nas salas de aula em que frequentou, os professores aproveitavam os conhecimentos e a experiência de Ermano para trazer aos demais colegas de estudo outros saberes, ampliando assim as discussões durante as aulas. Tais gestos contribuíram para que Ermano se sentisse mais integrado e acolhido junto aos colegas, trazendo sua perspectiva para a realidade brasileira.
No doutorado, Ermano tem se debruçado sobre o tema da fertirrigação como meio para combater a fome de forma sustentável, com gestão responsável dos recursos hídricos na agricultura em face do agravamento das crises climáticas que o mundo tem enfrentado.
“A escolha de meu objeto de pesquisa não é apenas acadêmica. É uma busca pessoal para entender melhor os desafios globais e como, localmente, podemos construir comunidades mais sustentáveis, responsáveis e resilientes aos desafios que já enfrentamos e a outros que ainda estão por vir. Meu papel é de contribuir com soluções que possam melhorar e salvar vidas”, afirmou.
Como desde jovem Ermano já sabia que a educação é um caminho efetivo para transformar positivamente a sociedade, pautada na coletividade e no respeito ao meio ambiente, a tese a ser defendida em breve é um exemplo de que, com oportunidades, pessoas em necessidade de proteção internacional efetivamente contribuem para novos saberes e para o desenvolvimento das localidades que habitam.
“Espero que as pessoas persistam em seus objetivos de vida, que possam superar obstáculos que aparentam ser intransponíveis e possam contribuir para a construção de um mundo mais inclusivo e respeitoso do meio ambiente”.
Como reconhecimento de seus esforços, considerando sua experiência e pelos saberes adquiridos, em 2023 ele foi reconhecido pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) como um dos oito membros da rede global do ACNUR sobre o clima.
Junto a outras pessoas refugiadas e deslocadas do Afeganistão, Iêmen, Myanmar, República Democrática do Congo, Ruanda, Sudão do Sul, Ermano busca trazer soluções ambientalmente responsáveis para que as ações e negociações do ACNUR contemplem suas visões e sejam apresentadas em eventos internacionais que discutem o deslocamento forçado de pessoas associado às mudanças climáticas, uma realidade já evidente e de grande interesse do ACNUR.
Saiba mais:
A crise climática global é uma crise humana que contribui para o deslocamento de milhões de pessoas dentro de seus países de origem e para além das fronteiras. Em muitas situações, as pessoas deslocadas no contexto dos impactos das mudanças climáticas e dos desastres naturais terão direito à proteção internacional sob o Direito Internacional, com interface no mandato e ação do ACNUR.
As pessoas já em deslocamento forçado são, com frequência, especialmente afetadas pelos impactos da crise climática. O documento (em inglês) ‘Impactos das alterações climáticas e deslocamento transfronteiriço - direito internacional dos refugiados e mandato do ACNUR' apresenta uma síntese do posicionamento do ACNUR sobre o tema.
Visite a página do ACNUR no Brasil: https://www.acnur.org/portugues/
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Contato para imprensa:
Miguel Pachioni e Vanessa Beltrame, ACNUR: brabrpi@unhcr.org
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História
10 janeiro 2024
Brasil pode ser “campeão global” no acolhimento de refugiados
Em 2023, o mundo atingiu o número recorde de 114 milhões de pessoas deslocadas à força, das quais 710 mil vivem no Brasil.
Segundo o representante da Agência da ONU para Refugiados no Brasil, Davide Torzilli, o retrato desta população é composto por cerca de 560 mil venezuelanos, 87 mil haitianos, 9 mil afegãos, além de pessoas de diversas outras nacionalidades.
“O Brasil historicamente tem tido uma política de asilo, de proteção internacional muito aberta. Então o Brasil historicamente tem recebido refugiados de várias partes do mundo, também de crises que são muito distantes, muito longe do Brasil. Através do visto humanitário que mencionei, o Brasil recebeu milhares de refugiados da Síria, do Afeganistão, assim como também está recebendo refugiados da Ucrânia”.
Diariamente chegam da Venezuela uma média de 400 a 450 pessoas no Brasil. Segundo Davide, esse fluxo voltou a crescer depois de uma pausa pela pandemia e as pessoas que chegam “tem um perfil mais vulnerável e estão colocando uma pressão importante na resposta humanitária no norte do país.”
O especialista afirmou que a ONU também está olhando com muita preocupação a situação no Haiti, devido a violência de gangues e violações de direitos humanos que podem resultar em um fluxo desta população para o Brasil no futuro.
Para Torzilli, a legislação brasileira pode ser considerada “generosa” e “avançada” por permitir uma ampla oferta de serviços e oportunidade de trabalho para refugiados e solicitantes de asilo.
“O Brasil tem muitas boas práticas, e segue com esse compromisso de fortalecer a proteção internacional. E o Brasil vai ser um campeão, seguramente a nível regional, mas também a nível global”.
O representante do Acnur elogiou os avanços em 2023 da Política Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia e a inclusão de populações refugiadas e migrantes na Política Nacional de Saúde. No entanto, ele destacou que o “grande desafio é implementar as políticas”.
Sobre as estratégias de acolhimento e integração, o representante do Acnur destacou a metodologia da “proteção comunitária”, que encoraja o envolvimento dos refugiados na busca de soluções e na construção de políticas públicas nas comunidades onde passam a viver.
Segundo ele, essa tem sido uma abordagem importante para a integração de mais de 10 mil refugiados indígenas venezuelanos, que alcançaram maior autonomia por meio da participação em associações e conselhos indígenas nos locais de acolhida.
Saiba mais:
Leia a entrevista completa concedida pelo representante do ACNUR à ONU News em português: https://news.un.org/pt/story/2024/01/1825912
Visite a página do ACNUR no Brasil: https://www.acnur.org/portugues/
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História
05 janeiro 2024
Agentes de Mudança: Inclusão, Proteção Social e Empregos Decentes
Agentes de Mudança
Os sistemas de proteção social ajudam pessoas em situação de vulnerabilidade a encontrar trabalho e renda e melhorar sua capacidade de lidar com crises, por meio do acesso ampliado a educação, saúde e outras redes de segurança social, auxiliando as sociedades na absorção dos impactos de choques sem grandes retrocessos sociais ou econômicos.
Perdas salariais, insegurança no emprego e uma crescente crise no custo de vida têm sido um traço comum nos últimos anos em todo o mundo, diretamente impactados pela pandemia de COVID-19.
Para evitar uma maior ampliação das desigualdades globais e garantir que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) possam florescer, precisamos transitar para sistemas econômicos que coloquem a proteção social universal e a criação de empregos no centro.
Agentes de Mudança é uma nova série editorial do Escritório de Coordenação de Desenvolvimento das Nações Unidas sobre as principais transições que o secretário-geral da ONU tem convocado para avançar em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), catalisando um futuro mais sustentável e equitativo. Esta série explora o progresso alcançado desde a adoção dos ODS em 2015 em áreas-chave e como a ONU está apoiando esse progresso.
Onde estávamos em 2015?
Em 2015, 6,1% da população global estava desempregada. Esse número era maior para mulheres, que estavam super-representadas em empregos vulneráveis e informais e mais propensas a serem cuidadoras não remuneradas. Na maioria dos países, mulheres empregadas em tempo integral ganhavam entre 70% e 90% do que os homens ganhavam.
1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo estavam empregadas em trabalhos vulneráveis, sem acordos formais de trabalho.
No nível global, quase metade das pessoas em idade de se aposentar não recebia uma pensão.
Onde estamos agora, na metade do prazo da Agenda 2030?
A taxa global de desemprego caiu ligeiramente para 5,8%, mas ainda é impactada pela pandemia de COVID-19. Em 2021, estima-se que 125 milhões de empregos em tempo integral foram perdidos como resultado da pandemia, afetando desproporcionalmente mulheres e jovens.
No último ano, mais de 2 bilhões de trabalhadores globalmente estavam empregados no setor informal, sem cobertura de proteção social, e mais de 22% das pessoas em idade de se aposentar em todo o mundo ainda não recebiam uma pensão (essa porcentagem aumenta para 77% entre os idosos em países de baixa renda).
O progresso na redução da disparidade salarial entre os gêneros estagnou, com mulheres ganhando apenas 51 centavos para cada um dólar que os homens ganham.
Como a transição para empregos e proteção social pode fazer a diferença?
Sem redes robustas de segurança social e empregos bem remunerados, as economias se tornam mais vulneráveis a choques. Estender o acesso adequado à cobertura de proteção social e garantir empregos decentes para uma população crescente terá um efeito multiplicador em todos os ODS. Para isso, são necessários mais investimentos públicos e privados nos sistemas nacionais de proteção social ao redor do mundo.
O que a ONU está fazendo sobre isso?
Em 2021, o secretário-geral da ONU lançou o Acelerador Global para Empregos e Proteção Social para Transições Justas, visando ampliar a proteção social para 4 bilhões de pessoas e criar pelo menos 400 milhões de empregos decentes. Na Assembleia Geral da ONU de 2023, Estados-membros, instituições financeiras internacionais e parceiros do setor privado ampliaram seus compromissos com o Acelerador Global, mas mais investimentos são necessários.
De 2020 a 2022, o Fundo Conjunto para os ODS forneceu financiamento crítico para manter e expandir a cobertura de proteção social em 39 países ao redor do mundo. Por meio dessa programação conjunta, as equipes de país da ONU apoiaram os governos, alcançando 147 milhões de pessoas vulneráveis com acesso a benefícios de proteção social novos ou ampliados. No entanto, o apoio não termina aqui.
Coordenadores residentes da ONU, liderando suas equipes nos países, estão trabalhando lado a lado com os Governos locais para mobilizar financiamento adicional para sistemas de proteção social e avançar na implementação do Acelerador Global.
País em destaque: Expansão da proteção social na Albânia
Na Albânia, a economia informal representa entre 30% e 50% do Produto Nacional Bruto (PNB), porém investe significativamente menos em proteção social em comparação com outros países da União Europeia.
Com o apoio ativo da equipe da coordenadora residente Fiona McCluney e das agências da ONU, incluindo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a ONU Mulheres, reformas abrangentes estão em curso para transformar o sistema de proteção social da Albânia.
No nível regulatório, o Escritório da coordenadora residente está conectando tomadores de decisão na Albânia a estudos apoiados pela ONU e apoio técnico especializado de entidades da ONU em níveis global, regional e nacional. Isso tem informado políticas públicas para estender a proteção social e criar novas oportunidades, especialmente para os mais marginalizados. Nesse sentido, uma nova Política de Proteção de Inclusão Social foi desenvolvida para abordar lacunas no financiamento de serviços sociais e avançar em reformas no sistema de apoio a pessoas com deficiência, crianças e habitação social.
Para garantir sustentabilidade duradoura, a equipe da ONU está fortalecendo a capacidade institucional por meio de treinamento e orientação, com a inclusão de grupos vulneráveis como mulheres, refugiados e solicitantes de asilo. Um programa conjunto da ONU, sob a liderança da coordenadora residente, também está facilitando o acesso aprimorado a serviços públicos para esses grupos.
Alcançar uma transição global para empregos e proteção social não acontecerá da noite para o dia. Mas graças à experiência da ONU e ao poder de convocação da coordenadora residente, a Albânia está dando passos importantes rumo à criação de uma rede de segurança social que não deixa ninguém para trás.
Para saber mais sobre proteção social e trabalho decente, confira as publicações e vídeos da ONU em português:
Proteção Social para o Brasil do Futuro, relatório do Banco Mundial e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento publicado em abril de 2023.
Visite a biblioteca virtual sobre proteção social e trabalho decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Acompanhe a série sobre proteção social do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
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História
03 janeiro 2024
Revalidação de diplomas ajuda pessoas refugiadas a seguirem seus sonhos no Brasil
Antes mesmo de aterrissar no Rio de Janeiro, o refugiado sírio Anas teve um gostinho da recepção calorosa que receberia em seu novo lar, cortesia da funcionária que emitiu seu visto humanitário no consulado em Istambul, onde ele estava morando na época.
“Eu lhe agradeci muito e ela disse: ‘Você não precisa me agradecer. Não estou lhe fazendo um favor. Esse é um direito seu’”, lembrou Anas. “Eu não tinha nenhuma ligação com o Brasil. Mas o fato de ter tido essa experiência positiva me fez querer me esforçar mais [para que a mudança fosse um sucesso].”
Ao aterrissar no Rio em 2015, suas primeiras impressões positivas continuaram, apesar de não conhecer ninguém ou falar uma palavra em português. “Quando cheguei aqui, todo mundo foi muito acolhedor”, disse ele.
“Muitas pessoas estavam tentando falar árabe comigo, com o pouco que sabiam, como ‘ahlan wa sahlan’ (bem-vindo).”
Anas também ficou grato por ter recebido em sua primeira semana a documentação que lhe dava o direito de trabalhar e estudar no Brasil, mas havia uma incerteza que continuava a pairar sobre ele. O diploma de técnico em engenharia que ele havia se esforçado tanto para concluir dois anos antes não era reconhecido no Brasil, o que o deixava inseguro quanto à possibilidade de seguir seu sonho de se tornar engenheiro.
Assim como Anas, muitas pessoas refugiadas que deixam seus países são forçadas a abandonar não apenas suas casas e bens, mas algo intangível, mas igualmente valioso: suas formações acadêmicas e conhecimentos. As qualificações e a experiência profissional adquiridas ao longo de anos ou até mesmo décadas são muitas vezes invalidadas devido a barreiras linguísticas ou administrativas, limitando aos refugiados a oportunidade de contribuir plenamente para seus países de acolhida.
Incapaz de seguir seu sonho desde o início, Anas teve que encontrar outras opções para ganhar a vida.
“Quando saí do meu país, literalmente deixei tudo para trás. Mas uma das coisas que sempre tive foi minha mentalidade de engenheiro. Os engenheiros gostam de encontrar soluções”.
Essa mentalidade positiva o levou a se concentrar em seu maior hobby: cozinhar. Ele começou um negócio on-line de bufê servindo especialidades sírias, como fatteh e homus, para clientes brasileiros, com sua mãe na Síria fornecendo muitas das receitas. O negócio era sua principal fonte de renda até ser forçado a fechar quando a COVID-19 atingiu o Brasil no início de 2020.
Mas Anas nunca havia desistido de uma carreira em engenharia, e o revés de perder seu negócio permitiu que ele se concentrasse totalmente em seu objetivo. Enquanto administrava a empresa de bufê, ele começou a pesquisar sobre universidades brasileiras que ofereciam os mesmos cursos que ele havia estudado. Isso o levou à Universidade Federal Fluminense (UFF), na cidade vizinha de Niterói, e à professora Paula Brandão, que se tornaria uma figura fundamental para Anas ao orientar a revalidação de seu diploma no Brasil.
“O Anas me emocionou muito desde o primeiro dia”, disse a professora Brandão.
“Expliquei a ele todo o procedimento que tínhamos, uma comissão, que ele seria bem recebido, que toda a sua carreira profissional seria bem observada, que ele deveria manter a calma. Mas entendi, a partir daquele momento, que ele não pouparia esforços para conseguir a revalidação a que tinha direito.”
Enquanto Anas se esforçava para melhorar suas habilidades na língua portuguesa, Brandão o ajudou a identificar quais cursos ele precisaria fazer para que seu diploma fosse reconhecido na UFF. Cada caso é diferente, explicou ela, e exige uma abordagem personalizada.
“Quando me tornei coordenadora do curso, achei que era um cargo burocrático”, disse Brandão.
“Mas comecei a perceber em meu trabalho diário que se tratava de experiências de vida. Cada aluno vem com sua própria história, cada aluno tem seus [pontos fortes], suas dificuldades, e você mesmo aprende muito.”
A UFF é uma das 41 universidades em todo o Brasil envolvidas nesse programa inclusivo como parte da Cátedra Sergio Vieira de Mello (CSVM), uma parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) nomeada em homenagem ao diplomata brasileiro da ONU morto junto com 21 de seus colegas em um ataque a bomba no Iraque em 2003.
A CSVM se comprometeu no Fórum Global sobre Refugiados (GRF, na sigla em inglês) de 2019 a “promover a inclusão de refugiados e outras pessoas deslocadas”, o que faz por meio de pesquisa, ensino, extensão, advocacy e formulação de políticas voltadas para questões de refugiados, incluindo a revalidação de diplomas para permitir que eles sigam carreiras em suas áreas de especialização. Quase 500 diplomas foram revalidados pela rede no Brasil nos últimos cinco anos.
Com base nesse sucesso, espera-se que a CSVM faça outro compromisso de inclusão acadêmica no GRF 2023, expandindo para além do Brasil e incluindo universidades da Costa Rica, Estados Unidos, Etiópia, Itália, México, República Dominicana, Sérvia e Reino Unido. O GRF é o maior encontro internacional sobre refugiados do mundo, que será realizado de 13 a 15 de dezembro em Genebra. Estudantes, refugiados, instituições acadêmicas, políticos e diplomatas, sociedade civil e muitos outros se unirão para abordar os desafios enfrentados pelas pessoas refugiadas e por aqueles que as acolhem.
Após dois anos de trabalho árduo e com o apoio de Brandão e de outras pessoas da UFF, o diploma de Anas foi previamente reconhecido em 2017. “Foi muito emocionante para mim porque senti como se uma parte de mim tivesse sido restaurada. Como se minha identidade tivesse voltado para mim”, explicou.
Hoje, Anas mora no Rio, fala português fluentemente, tem cidadania brasileira e trabalha como gerente de projetos em uma consultoria de TI. Embora sinta falta da Síria, dos amigos e da família que deixou para trás, ele diz que se sente em casa no Brasil agora.
“Ter esse diploma revalidado foi muito importante para mim. Isso me ajudou a conseguir um emprego. Ajudou-me a me integrar na sociedade brasileira. Isso me ajudou a me tornar uma pessoa diferente – ou a pessoa que eu sempre quis ser, na verdade.”
Para saber mais, siga @acnurbrasil nas redes sociais e visite a página: https://www.acnur.org/portugues/
Contatos para imprensa:
Miguel Pachioni e Vanessa Beltrame, ACNUR: brabrpi@unhcr.org
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Notícias
15 março 2024
Países da Coalizão Global de Prevenção do HIV reduzem novas infecções por HIV, mas é preciso acelerar o progresso global
As taxas de infecção pelo HIV continuam a diminuir de forma mais acentuada nos países participantes da Coalizão Global de Prevenção do HIV (GPC) em comparação com o restante do mundo. É o que demonstra o relatório “Prevenção do HIV: Da Crise à Oportunidade“, disponível em inglês, lançado pelo UNAIDS nesta semana.A GPC é uma coalizão de 38 países que trabalham juntos para acelerar a diminuição das novas infecções por HIV. O objetivo é atingir a meta de que 95% das pessoas em risco de HIV tenham acesso a opções eficazes de métodos combinados de prevenção.O Brasil, junto com outras 10 nações designadas como foco da GPC, alcançou uma redução de pelo menos 66% em suas taxas anuais de novas infecções por HIV desde 2010. Em contraste, a média global de redução de novas infecções por HIV nesse mesmo período é de 38%.Coalizão Global de Prevenção do HIVOs países da GPC que priorizaram a prevenção primária e o acesso ao tratamento, direcionando esforços para atender as populações mais vulneráveis, registraram as reduções mais significativas e consistentes nas novas infecções por HIV.Entretanto, no âmbito global, o avanço na prevenção do HIV tem sido muito desigual, com a maioria dos países não seguindo trajetórias adequadas para alcançar as metas estabelecidas para 2025. Muitos países enfrentam sérias crises de prevenção, caracterizadas por um acesso limitado aos serviços e um alarmante aumento nas novas infecções por HIV.“As conclusões deste relatório oferecem lições cruciais para ação”, disse Angeli Achrekar, diretora executiva adjunta de Programas do UNAIDS.“Ele evidencia a necessidade crucial de liderança política contínua, investimentos em programas eficazes de prevenção do HIV e um ambiente político favorável para alcançar o objetivo de acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030.”Redução de infecção e métodos combinados de prevençãoAs reduções significativas nas novas infecções por HIV foram impulsionadas pela eficácia acumulada das estratégias de prevenção combinada do HIV, aliadas ao aumento do acesso ao tratamento antirretroviral. Esse acesso ampliado ao tratamento também tem contribuído para a supressão viral em pessoas vivendo com HIV. Pessoas em tratamento e com carga viral suprimida não transmitem o HIV.“É notável observar os avanços alcançados na resposta à AIDS nos últimos 20 anos. No entanto, devemos reconhecer que esse progresso não tem sido uniforme e ainda enfrenta desafios de sustentabilidade. Nunca devemos confundir progresso com garantia de sucesso”, disse Mitchell Warren, copresidente da GPC e diretor executivo da AVAC. “Nosso progresso é frágil e existe o risco de perdê-lo mais rapidamente do que conquistamos, se cedermos à complacência.”Brasil e as altas incidências do HIV em populações-chaveAs populações-chave e as mulheres adolescentes e jovens continuam a enfrentar um alto risco de novas infecções por HIV.A incidência persistente do HIV permanece alarmantemente elevada em comunidades onde as lacunas nos investimentos em prevenção do HIV persistem. Isto afeta especialmente as populações-chave em todas as regiões do mundo.No Brasil, dados de 2022 mostram que, a cada semana, aproximadamente 37 mulheres jovens com idades entre 15 e 24 anos foram infectadas pelo HIV.Além disso, há uma disparidade significativa entre os sexos nos resultados dos diagnósticos, com os homens apresentando uma trajetória mais favorável em comparação com as mulheres. Essa disparidade persiste em todas as fases subsequentes do processo, desde o acesso ao diagnóstico até à vinculação e retenção nos serviços, o tratamento e a consequente supressão viral.
HIV nos país da GPCEmbora os países da GPC tenham alcançado avanços significativos na redução das novas infecções por HIV, ainda persistem desafios em escala global para alcançar as populações-chave mais vulneráveis, tais como homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas injetáveis.A cada semana, mais de 11 mil novas infecções por HIV são registradas entre as populações-chave e suas parcerias sexuais em todo o mundo.Os dados revelam, também, que apenas uma parcela minoritária dessas populações acessou dois ou mais serviços de prevenção do HIV nos três meses anteriores. Apenas 44% de profissionais do sexo, 28% de homens gays e outros homens que fazem sexo com homens e 37% das pessoas que usam drogas injetáveis conseguiram acessar esses serviços, de acordo com os valores médios relatados pelos países da GPC – quando a meta prevista é de 90%.Falta de financiamento + leis punitivas = Prevenção comprometidaA eficácia da prevenção do HIV tem sido severamente comprometida pela escassez de financiamento em programas de prevenção, bem como pela persistência de leis punitivas. O estigma social, a violência, a discriminação e a exclusão social representam barreiras significativas ao acesso aos serviços de saúde e informações para as populações-chave, agravando o risco de infecção pelo HIV. A reforma das leis é um catalizador fundamental para promover programas de prevenção eficazes. Para proteger a saúde de todas as pessoas é preciso proteger os direitos de cada pessoa.Em alguns países mais afetados pela epidemia de HIV, os investimentos em programas de preservativos e circuncisão médica voluntária masculina, ambos comprovadamente eficazes na prevenção do HIV, diminuíram notavelmente. Além disso, opções inovadoras de prevenção do HIV, como a profilaxia pré-exposição (PrEP), continuam inacessíveis para a maioria das pessoas que mais precisam delas.No Brasil, dados do Ministério da Saúde, referentes a 2023, revelam o perfil das pessoas que majoritariamente utilizam a PrEP:Alta escolaridade: Em média, 12 ou mais anos de estudos;Predominantemente brancas: 56% das dispensações;Faixa etária entre 30 e 39 anos: representando 42% das dispensações;Gays e HSH (homens que fazem sexo com homens): esse grupo corresponde a 82% das dispensações. Oportunidades de prevençãoEm 2024, estamos diante de oportunidades sem precedentes para a prevenção do HIV. Já está disponível uma variedade crescente de opções de prevenção, incluindo ferramentas existentes e novas tecnologias de prevenção de longa duração. Além disso, exemplos de países que implementaram com sucesso a prevenção em grande escala estão se multiplicando, o que amplia as escolhas disponíveis para as comunidades em todo o mundoÉ imperativo que os programas de prevenção do HIV sejam abrangentes, eficientes e equitativos. As estratégias necessárias para o sucesso e a sustentabilidade já são conhecidas, comprovadas e amplamente aceitas: colaboração, base na ciência, combate às desigualdades, proteção dos direitos de todas as pessoas, liderança das comunidades e investimento adequado.Qualquer retrocesso no financiamento ou na inclusão prejudicaria a todas as pessoas, ao mesmo tempo em que a solidariedade traz benefícios para toda a sociedade. Conjuntamente, comunidades, países e parcerias internacionais têm o poder de prevenir novas infeccções por HIV e criar um futuro mais saudável e inclusivo.Saiba mais: Para acessar o relatório completo, em inglês, clique aqui .Para mais informações sobre o tema, siga @unaidsbrasil nas redes e visite a página do UNAIDS Brasil: https://unaids.org.br/ Contato para imprensa:Renato Guimarães, Oficial de Comunicação e Advocacy, UNAIDS Brasil: depaivaguimaraesr@unaids.org
HIV nos país da GPCEmbora os países da GPC tenham alcançado avanços significativos na redução das novas infecções por HIV, ainda persistem desafios em escala global para alcançar as populações-chave mais vulneráveis, tais como homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas injetáveis.A cada semana, mais de 11 mil novas infecções por HIV são registradas entre as populações-chave e suas parcerias sexuais em todo o mundo.Os dados revelam, também, que apenas uma parcela minoritária dessas populações acessou dois ou mais serviços de prevenção do HIV nos três meses anteriores. Apenas 44% de profissionais do sexo, 28% de homens gays e outros homens que fazem sexo com homens e 37% das pessoas que usam drogas injetáveis conseguiram acessar esses serviços, de acordo com os valores médios relatados pelos países da GPC – quando a meta prevista é de 90%.Falta de financiamento + leis punitivas = Prevenção comprometidaA eficácia da prevenção do HIV tem sido severamente comprometida pela escassez de financiamento em programas de prevenção, bem como pela persistência de leis punitivas. O estigma social, a violência, a discriminação e a exclusão social representam barreiras significativas ao acesso aos serviços de saúde e informações para as populações-chave, agravando o risco de infecção pelo HIV. A reforma das leis é um catalizador fundamental para promover programas de prevenção eficazes. Para proteger a saúde de todas as pessoas é preciso proteger os direitos de cada pessoa.Em alguns países mais afetados pela epidemia de HIV, os investimentos em programas de preservativos e circuncisão médica voluntária masculina, ambos comprovadamente eficazes na prevenção do HIV, diminuíram notavelmente. Além disso, opções inovadoras de prevenção do HIV, como a profilaxia pré-exposição (PrEP), continuam inacessíveis para a maioria das pessoas que mais precisam delas.No Brasil, dados do Ministério da Saúde, referentes a 2023, revelam o perfil das pessoas que majoritariamente utilizam a PrEP:Alta escolaridade: Em média, 12 ou mais anos de estudos;Predominantemente brancas: 56% das dispensações;Faixa etária entre 30 e 39 anos: representando 42% das dispensações;Gays e HSH (homens que fazem sexo com homens): esse grupo corresponde a 82% das dispensações. Oportunidades de prevençãoEm 2024, estamos diante de oportunidades sem precedentes para a prevenção do HIV. Já está disponível uma variedade crescente de opções de prevenção, incluindo ferramentas existentes e novas tecnologias de prevenção de longa duração. Além disso, exemplos de países que implementaram com sucesso a prevenção em grande escala estão se multiplicando, o que amplia as escolhas disponíveis para as comunidades em todo o mundoÉ imperativo que os programas de prevenção do HIV sejam abrangentes, eficientes e equitativos. As estratégias necessárias para o sucesso e a sustentabilidade já são conhecidas, comprovadas e amplamente aceitas: colaboração, base na ciência, combate às desigualdades, proteção dos direitos de todas as pessoas, liderança das comunidades e investimento adequado.Qualquer retrocesso no financiamento ou na inclusão prejudicaria a todas as pessoas, ao mesmo tempo em que a solidariedade traz benefícios para toda a sociedade. Conjuntamente, comunidades, países e parcerias internacionais têm o poder de prevenir novas infeccções por HIV e criar um futuro mais saudável e inclusivo.Saiba mais: Para acessar o relatório completo, em inglês, clique aqui .Para mais informações sobre o tema, siga @unaidsbrasil nas redes e visite a página do UNAIDS Brasil: https://unaids.org.br/ Contato para imprensa:Renato Guimarães, Oficial de Comunicação e Advocacy, UNAIDS Brasil: depaivaguimaraesr@unaids.org
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Notícias
14 março 2024
Em Governador Valadares, UNOPS realiza escuta de pessoas atingidas
Representantes do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), organismo da ONU especializado em gestão de projetos e compras sustentáveis, estiveram em Governador Valadares (MG), no último sábado (09), para apresentação de projeto destinado às pessoas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, que tem como objetivo apoiar as comunidades ribeirinhas rurais em ações para geração de emprego e renda.A iniciativa é realizada em parceria com a Procuradoria do Trabalho no Município de Governador Valadares e do Sub-Grupo de Trabalho das Comunidades Tradicionais Ribeirinhas, vinculado ao Grupo de Trabalho "Povos Originários, Comunidades Tradicionais e Periféricas" da Coordenadoria Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas do Ministério Público do Trabalho (MPT).Além da apresentação, foi dado início também à primeira etapa da metodologia para definição de demandas para o projeto de forma participativa, com a realização de uma oficina com grupos específicos de pessoas atingidas. A reunião foi realizada na sede da Assessoria Técnica Independente - Cáritas Diocesana de Governador Valadares (ATI CDGV) do Território 4 (Governador Valadares e Alpercata), que tem apoiado a ação na organização das pessoas atingidas.A procuradora do Trabalho e coordenadora do Subgrupo de Trabalho Comunidades Tradicionais Ribeirinhas, Tatiana Costa de Figueiredo Amormino, ressaltou a relevância da etapa inicial do projeto: “O processo de escuta ativa desempenha um papel vital na garantia da participação e do engajamento das comunidades tradicionais em decisões que impactam diretamente suas vidas e territórios. A Convenção nº 169 da OIT destaca a importância de consultar os povos interessados por meio de procedimentos apropriados, especialmente através de suas instituições representativas.”A procuradora destacou, ainda, que esse processo é um componente crucial da governança democrática e do desenvolvimento inclusivo, pois serve para fomentar o diálogo social significativo, a compreensão mútua e a segurança jurídica, desempenhando um papel fundamental na prevenção e resolução de conflitos.O UNOPS tem um projeto amplo de parceria com o MPT, para implementação de ações que promovam o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Os recursos para o projeto são resultantes da atuação do MPT em ações judiciais.Por meio desse projeto, a reparação de danos morais coletivos e de multas decorrentes de descumprimento de termos de ajuste de conduta podem ser revertidos para o local em que ocorrem danos a direitos transindividuais trabalhistas na região de Governador Valadares."As pessoas sabem o que precisam e os caminhos que desejam seguir. Por isso, partimos da escuta e das propostas delas para pensar ações que efetivamente promovam a geração de emprego e renda”, destaca Lívia Alen, oficial de Igualdade de Gênero, Diversidade e Inclusão do UNOPS.Em Governador Valadares, foram selecionados seis grupos de atingidos - organizados no território em Comissões Locais de Atingidos - que se encaixam no perfil para serem contemplados com o projeto de apoio a comunidades ribeirinhas rurais e pesqueiras em ações para geração de emprego e renda, com a expectativa de contemplar de 3 a 6 projetos. A definição será feita, considerando sugestões das pessoas atingidas das comissões da cadeia de pesca, ilheiros e ilheiras, juventudes, Derribadinha, Baguari e Ilha Brava.O projeto tem como objetivo proporcionar o acesso dessas comunidades a cursos de capacitação profissional, visando aprimorar suas habilidades e ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho.DinâmicaApós a explicação sobre o projeto, as pessoas atingidas se organizaram em grupos para dialogar sobre as ideias, preencher fichas e construir soluções de forma participativa. As fichas precisavam responder às seguintes questões: para quem (público-alvo), o que é a solução, como implementar, o que vai gerar, valor estimado, e o contato de duas pessoas para dar seguimento ao tema. Os grupos foram acompanhados pelos profissionais da ATI Cáritas Diocesana de Governador Valadares, que atuaram como facilitadores das discussões. Em seguida, as pessoas participantes apresentaram as soluções propostas.Membro da Comissão Local das Juventudes, Danilo Nunes Fernandes, esteve na atividade e classificou o momento como uma oportunidade para as juventudes do meio urbano e rural de Governador Valadares, que, sua avaliação, são desassistidas. “Os bairros são distantes do Centro e nós não temos acessibilidade, então fazemos esse trabalho em atendimento à juventude periférica, de um lugar que é extremamente violento, onde não há perspectiva de conseguir emprego e renda. Com esses projetos, podemos comprar equipamentos, promover formações e também nos desenvolvermos como seres humanos, como parte da sociedade”, refletiu Danilo.A representante da Comissão Local das Ilheiras e Ilheiros, Joelma Fernandes, destacou a importância de envolver o povo, cada vez mais, na tomada de decisões: “A partir do momento que somos estimulados a discutir nossas questões, nossas demandas e soluções, temos a nossa voz cada vez mais fortalecida na busca de um ideal coletivo que possa abranger todos.”Nas próximas etapas, será feito o detalhamento das propostas e definição das soluções que serão apoiadas. Depois, haverá uma devolutiva presencial, formulação final das propostas e cadastramentos e validação dos processos, para posterior execução dos projetos. Contato para imprensa:Carolina Vicentin, Associada de Comunicação, UNOPS: carolinav@unops.org* Este texto foi elaborado com o apoio da equipe de Comunicação da Cáritas Diocesana.
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14 março 2024
Primeira Infância é foco de recomendações do ONU-Habitat com Governo de Alagoas
Apoiar o fortalecimento da agenda da Primeira Infância no estado de Alagoas é um dos objetivos da nova publicação do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos (ONU-Habitat) em parceria com o governo do estado. Elaborada com base no trabalho já desenvolvido pelo governo, a Análise Temática sobre a Primeira Infância surge como um caderno de referência para o aprimoramento e fortalecimento de políticas públicas sobre o tema.As recomendações propostas utilizaram também a sistematização de dados compilados no Observatório de Políticas Públicas - uma primeira demonstração do seu potencial de gerar informações qualificadas para a gestão pública baseada em evidências. O Observatório agrega um conjunto de dados relevantes para o alcance da prosperidade urbana em Alagoas e está disponível online, com acesso livre a todas as pessoas. A plataforma é resultado da iniciativa Visão Alagoas 2030, uma parceria técnica entre o governo do estado e o ONU-Habitat para a promoção de um desenvolvimento urbano sustentável.A partir da análise dos dados, foi realizada uma série de recomendações para o avanço da agenda no estado, incluindo propostas para a superação dos principais desafios. Para a elaboração do material, foram analisadas a situação atual da pauta da primeira infância e sua maturidade no estado. Para a definição dos indicadores, foram realizados levantamentos de boas práticas e entrevistas, de forma a reforçar a natureza multissetorial da primeira infância - inclusive em áreas cuja abordagem sobre o tema é mais recente, como o planejamento urbano. "São muitos os fatores que influenciam o desenvolvimento pleno da primeira infância. O ambiente físico, apesar de ainda não muito explorado, é determinante. Viver em bairros com boas condições de infraestrutura e um entorno social acolhedor permite às crianças um maior bem-estar desenvolvimento cognitivo. Por isso, nos preocupamos em adicionar a dimensão urbana às recomendações", explica a analista de programas do ONU-Habitat Angelica Carnelosso.São cinco as áreas exploradas: saúde, nutrição, cuidados responsivos, segurança e proteção, aprendizagem inicial, e uma sexta dimensão que considera a potencialidade dos espaços e infraestrutura urbana. Estas áreas guiam as recomendações de indicadores para o monitoramento e avaliação das políticas públicas apresentados na Análise Temática.Primeira Infância em AlagoasA pauta da Primeira Infância tem ganhado atenção especial no estado de Alagoas desde 2015. O Programa CRIA – Criança Alagoana foi formulado a partir de um diagnóstico preocupante no estado: a alta proporção de crianças em situação de vulnerabilidade. Atuando de forma multissetorial para um desenvolvimento pleno da infância, o programa do governo já alcançou uma série de resultados significativos, como a redução da mortalidade infantil e a construção de diversos equipamentos de saúde pública. Recentemente, a estrutura institucional da Primeira Infância foi ampliada dentro dos órgãos do governo, e as recomendações elaboradas pelo ONU-Habitat fornecem insumos para esse fortalecimento transversal das políticas públicas sem deixar ninguém para trás.Primeira Infância vai a LondresEm 2023, o Programa CRIA foi reconhecido internacionalmente quando foi selecionado para o Urban95 Academy Residence Week, formação financiada pela Fundação Bernard van Leer na London School of Economics (LSE). As equipes do ONU-Habitat e do governo envolvidas no projeto viajaram a Londres para realizar a formação, composta por uma mentoria com especialistas e por trocas de experiências com outros programas voltados ao tema.A Análise Temática sobre a Primeira infância é um desdobramento do Observatório de Políticas Públicas, que consolida os dados disponíveis sobre o estado de Alagoas em uma única plataforma. A escolha pelo tema se deu pela sua relevância para o estado e demonstra a potencialidade dos dados disponíveis na plataforma para qualificar recomendações relacionadas à criação e adaptação de políticas públicas. Próximos passos A secretária da Primeira Infância do Estado de Alagoas, Paula Dantas, destaca a relevância desta publicação como um instrumento fundamental para oferecer subsídios não apenas para o aprimoramento de indicadores e planejamentos estratégicos existentes, mas para a reavaliação contínua da efetividade do programa, permitindo maior assertividade nas políticas públicas estaduais."A publicação, em colaboração com o ONU-Habitat e o CRIA, será uma ferramenta imprescindível no que fazemos: cuidar da primeira infância. Quando temos um estudo preciso com dados relevantes, o ganho é ainda maior. Por isso, estamos confiantes na parceria técnica do Governo de Alagoas com o ONU-Habitat", reforçou a secretária da Primeira Infância, Paula Dantas.O documento completo está disponível online e pode ser acessado no site do Visão Alagoas 2030. Para além de influenciar políticas públicas baseadas em evidência, a intenção é que a publicação contribua com a transparência de dados e seja referência para outras iniciativas multissetoriais.Contato para imprensa: Thayane Massopust, ONU-Habitat Brasil: thayane.massopust@un.org
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13 março 2024
ONU: Brasil registra redução de 60% na mortalidade infantil desde 2000
“Por trás desses números estão as histórias de parteiras e profissionais de saúde qualificados ajudando as mães a dar à luz seus recém-nascidos com segurança, trabalhadores de saúde vacinando e protegendo crianças contra doenças mortais, e agentes de saúde comunitários que fazem visitas domiciliares para apoiar famílias a garantir o suporte adequado à saúde e nutrição para as crianças”, disse a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell. “Ao longo de décadas de compromisso de indivíduos, comunidades e nações para alcançar as crianças com serviços de saúde de baixo custo, qualidade e eficazes, mostramos que temos o conhecimento e as ferramentas para salvar vidas.”O relatório revela que mais crianças estão sobrevivendo hoje no mundo, com a taxa global de mortalidade infantil abaixo dos 5 anos tendo diminuído 51% desde 2000. Vários países de baixa renda e de renda média baixa superaram essa queda, mostrando que o progresso é possível quando os recursos são adequadamente alocados para a atenção primária à saúde, incluindo a saúde e o bem-estar infantil. No Brasil, a redução foi de 60% desde 2000. Camboja, Malawi, Mongólia e Ruanda reduziram a mortalidade abaixo dos 5 anos em mais de 75% no período.Mas os resultados também mostram que, apesar desse progresso, ainda há um longo caminho a percorrer para acabar com todas as mortes de crianças e adolescentes evitáveis. Além dos 4,9 milhões de vidas perdidas antes dos 5 anos – quase metade das quais eram recém-nascidos – as vidas de outros 2,1 milhões de crianças, adolescentes e jovens com idades entre 5 e 24 anos também foram interrompidas. A maioria dessas mortes estava concentrada na África Subsaariana e no Sul da Ásia.Essa perda trágica de vida se deve principalmente a causas evitáveis ou tratáveis, como parto prematuro, complicações no momento do nascimento, pneumonia, diarreia e malária. Muitas vidas poderiam ter sido salvas com melhor acesso a atenção primária à saúde de alta qualidade, incluindo intervenções essenciais e de baixo custo, como vacinações, disponibilidade de pessoal de saúde qualificado no momento do nascimento, apoio à amamentação precoce e contínua, e diagnóstico e tratamento de doenças infantis.“Embora tenha havido progressos bem-vindos, a cada ano milhões de famílias ainda sofrem com a devastadora dor de perder uma criança, muitas vezes nos primeiros dias após o nascimento”, disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus. “O local de nascimento de uma criança não deve ditar se ela vive ou morre. É crucial melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade para todas as mulheres e crianças, inclusive durante emergências e em áreas remotas.”Melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade e salvar vidas de crianças contra mortes evitáveis requer investimento em educação, empregos e condições de trabalho decentes para os trabalhadores de saúde prestarem atenção primária à saúde, incluindo os agentes de saúde comunitários.Como membros confiáveis da comunidade, os agentes de saúde comunitários desempenham um papel importante em alcançar crianças e famílias em cada comunidade com serviços de saúde que salvam vidas, como vacinações, testes e medicamentos para doenças mortais, mas tratáveis, e suporte nutricional. Eles devem ser integrados aos sistemas de atenção primária à saúde e remunerados de forma justa, bem treinados e equipados com os meios para fornecer a mais alta qualidade de cuidados.Estudos mostram que as mortes de crianças nos países de maior risco poderiam diminuir substancialmente se as intervenções de sobrevivência infantil baseadas na comunidade pudessem alcançar aqueles que necessitam. Esse pacote de intervenções sozinho salvaria milhões de crianças e forneceria cuidados mais próximos de casa. O manejo integrado das doenças infantis - especialmente as principais causas de morte pós-neonatal, infecções respiratórias agudas, diarreia e malária - é necessário para melhorar a saúde e a sobrevivência infantil.“O relatório deste ano é um marco importante mostrando que menos crianças morrem antes de completar cinco anos”, disse o Dr. Juan Pablo Uribe, diretor global de Saúde, Nutrição e População do Banco Mundial e Diretor da Facilidade Global de Financiamento para Mulheres, Crianças e Adolescentes. “Mas isso simplesmente não é suficiente. Precisamos acelerar o progresso com mais investimentos, colaboração e foco para acabar com mortes infantis evitáveis e honrar nosso compromisso global. Devemos isso a todas as crianças para garantir que tenham acesso aos mesmos cuidados de saúde e oportunidades, independentemente de onde nasçam.”Embora os números globais mostrem sinais encorajadores de progresso, também existem ameaças substanciais e desigualdades que colocam em risco a sobrevivência infantil em muitas partes do mundo. Essas ameaças incluem o aumento da desigualdade e da instabilidade econômica, conflitos novos e prolongados, o impacto das mudanças climáticas e as consequências da COVID-19, que poderiam levar à estagnação ou até mesmo à reversão dos ganhos e à contínua e desnecessária perda de vidas infantis. Crianças nascidas nos lares mais pobres têm o dobro de chances de morrer antes dos cinco anos em comparação com os lares mais ricos, enquanto crianças que vivem em ambientes frágeis ou afetados por conflitos têm quase três vezes mais chances de morrer antes de completar cinco anos do que crianças em outros lugares.“As novas estimativas mostram que fortalecer o acesso a cuidados de saúde de alta qualidade, especialmente no momento do nascimento, ajuda a reduzir a mortalidade entre crianças menores de 5 anos”, disse Li Junhua, subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais. “Embora as metas alcançadas na redução da mortalidade infantil sejam importantes para rastrear o progresso, elas também devem nos lembrar que esforços e investimentos adicionais são necessários para reduzir as desigualdades e acabar com as mortes evitáveis entre recém-nascidos, crianças e jovens em todo o mundo.”Nas taxas atuais, 59 países não alcançarão a meta de mortalidade abaixo dos 5 anos dos ODS, e 64 países não atingirão a meta de mortalidade neonatal. Isso significa que estima-se que 35 milhões de crianças morrerão antes de completar cinco anos até 2030 – um número que será suportado principalmente por famílias na África Subsaariana e no Sul da Ásia, ou em países de baixa e média renda.O relatório também destaca grandes lacunas nos dados, particularmente na África Subsaariana e no Sul da Ásia, onde o fardo da mortalidade é alto. Os sistemas de dados e estatísticas devem ser aprimorados para rastrear e monitorar melhor a sobrevivência e saúde infantil, incluindo indicadores sobre mortalidade e saúde por meio de pesquisas domiciliares, registro de nascimentos e óbitos por meio de Sistemas de Informação em Gestão da Saúde (SIGS) e Estatísticas Vitais e de Registro Civil (CRVS).Para saber mais, visite a página e o banco de dados do Grupo Interinstitucional das Nações Unidas para Estimativa da Mortalidade Infantil (em inglês): https://childmortality.org/ Contato para imprensa: Elisa Meirelles Reis, Oficial de Comunicação, UNICEF Brasil: ereis@unicef.org
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13 março 2024
ONU abre inscrições para Fórum Urbano Mundial com foco em ação local para cidades e comunidades sustentáveis
Com o tema “Tudo Começa em Casa: Ações Locais para Cidades e Comunidades Sustentáveis”, a 12ª Sessão do Fórum Urbano Mundial será realizada no Cairo, Egito, entre os dias 4 e 8 de novembro de 2024. A conferência retorna ao continente africano depois de mais de 20 anos após sua primeira edição em Nairóbi, Quênia, em 2002.O evento é convocado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e coorganizado pelo Governo da República Árabe do Egito, e representa a maior conferência global sobre o futuro das cidades. As sessões serão realizadas no Centro de Conferências Internacional do Egito, e terão transmissão online gratuita. O WUF12 vai promover debates sobre a localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, lançando luz sobre as ações e iniciativas locais necessárias para enfrentar os atuais desafios globais que afetam o dia a dia das pessoas, incluindo questões habitacionais, aumento do custo de vida, mudanças climáticas, oferta de serviços básicos e conflitos.Como participarAs inscrições já estão abertas pelo site do Fórum: https://wuf.unhabitat.org/wuf12 Propostas de eventos serão aceitas até o dia 8 de abril. Já os participantes podem se inscrever até 30 de outubro.Para inscrever uma proposta de evento, é necessário o registro no site do fórum, realizar o evento em um dos idiomas oficiais das Nações Unidas (ou contar com tradução simultânea para inglês) e estar alinhado a um dos eixos temáticos do evento, que nesta edição abordam temas como habitação, crise climática, ação local para localização dos ODS, financiamento urbano e cidades inteligentes centradas nas pessoas.Os eventos são divididos em seis categorias: Eventos de networking: foco em compartilhar ideias, fortalecer parcerias e identificar práticas, inovações e soluções para os desafios dos assentamentos humanos em todo o mundo.Vozes das Cidades: eventos para promover a colaboração entre cidades através de um debate sobre os desafios urbanos e suas soluções a nível local. Categoria destinada a prefeituras, coletivos e lideranças comunitárias.ODS em Ação: eventos para ajudar as cidades a melhorar a qualidade de vida, promover a paz, incentivar um futuro mais verde e justo, implementar a Nova Agenda Urbana e alcançar os ODS.Biblioteca Urbana: fórum de debate entre participantes, autores e palestrantes para explorar a importância do acesso à informação como catalisador de inovação e transformação.Eventos de treinamento: eventos para compartilhar e adquirir habilidades, práticas e conhecimentos sobre questões relacionadas ao tema do WUF12.Cinema Urbano: mostra de curtas-metragem sobre temas abordados no WUF. As inscrições para o Cinema Urbano serão abertas em breve.Serviço: Live informativaCom o objetivo de tirar dúvidas sobre a inscrição de eventos, o ONU-Habitat vai promover uma live informativa na próxima terça-feira, 19 de março, às 14h. A apresentação vai explicar como se inscrever em diferentes tipos de eventos e dará dicas sobre como aproveitar ao máximo as oportunidades no fórum. Interessados em participar podem se inscrever neste link. A sessão será voltada para países da América Latina e Caribe, e será realizada em espanhol. Sobre o Fórum Urbano Mundial:Criado em 2001 pelas Nações Unidas, o Fórum Urbano Mundial é a principal conferência global sobre urbanização sustentável que trouxe para o centro dos debates uma das questões mais urgentes que o mundo enfrenta atualmente, a rápida urbanização e seu impacto nas cidades e comunidades. Desde a primeira edição em Nairobi, Quênia, em 2002, o Fórum teve edições realizadas em todo o mundo, uma delas realizada em 2010 no Rio de Janeiro, Brasil. Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes e visite a página do Fórum: https://wuf.unhabitat.org/wuf12. Contato para imprensa: Aléxia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.org
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