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18 setembro 2025
UNOPS apoia governo federal na redução do déficit habitacional
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18 setembro 2025
Governo de Alagoas e ONU-Habitat unem forças para elaborar Relatório Local Voluntário da Agenda 2030
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Txai Suruí: “Não tem como proteger a floresta sem proteger seus defensores”
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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16 setembro 2025
ONU convida municípios brasileiros a celebrar os 80 anos de sua fundação
No dia 24 de outubro de 2025, a Organização das Nações Unidas (ONU) completa 80 anos e convida municípios de todo o Brasil a tomar parte nas celebrações. Para isso, a ONU Brasil lançou um pacote de materiais para apoiar prefeituras interessadas em realizar eventos locais para marcar a data. O kit inclui arte gráfica para a produção de materiais promocionais e peças informativas para ações de comunicação presenciais e digitais. Todos os recursos estão alinhados à campanha que está em andamento nos canais institucionais da ONU Brasil.O lema é “Nossa história, nosso futuro”, e a campanha destaca três momentos: um que resgata o passado da instituição, com foco nos marcos históricos e na contribuição do Brasil para a constituição da ONU; um que apresenta o que estamos fazendo no presente e como impactamos as vidas das pessoas; e um terceiro que convida todas e todos a refletir sobre o futuro que queremos construir juntos.“Apesar de sermos uma instituição presente em todo o mundo, é no nível local que está o verdadeiro impacto da ONU. É nos municípios que vemos como nosso trabalho ajuda a melhorar a vida das pessoas em áreas como educação, inclusão, saúde, promoção da igualdade, emprego e renda”, explica a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks.A campanha seguirá no ar até 24 de outubro de 2025, nos canais oficiais da ONU Brasil e das agências especializadas, fundos e programas, com conteúdos informativos e de sensibilização. Os municípios interessados em integrar a iniciativa devem preencher um formulário on-line para receber o pacote de materiais.Os eventos podem ser organizados e/ou apoiados por prefeituras de todo o país, preferencialmente em data próxima a 24 de outubro de 2025. Escolas, universidades e organizações da sociedade civil também podem participar. Em novembro, a ONU divulgará as melhores fotos das comemorações realizadas Sobre os 80 anos da ONUA celebração global de oito décadas de fundação da ONU segue o tema “Construindo nosso futuro juntos”, em sinergia com o Pacto para o Futuro, adotado pela Assembleia Geral em 2024. A comemoração dos 80 anos da instituição é um convite à renovação do multilateralismo e ao avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.O Brasil é um dos 51 países fundadores da ONU e o único país lusófono que assinou a Carta da ONU - o documento fundador das Nações Unidas -, no encerramento da Conferência sobre Organização Internacional, em São Francisco, em 26 de junho de 1945. A ONU começou a existir em 24 de outubro do mesmo ano, quando a Carta foi ratificada pelos seus países fundadores.“Há 80 anos, das cinzas da guerra, o mundo plantou uma semente de esperança. Uma Carta, uma visão, uma promessa: que a paz é possível quando a humanidade se une.” - António Guterres, secretário-geral da ONU, 26 de junho de 2025Objetivos globais, ação localA Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. A ONU atua em parceria com o Estado brasileiro para avançar na implementação desses objetivos no país.Para isso, trabalhamos com os três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Os ODS são objetivos globais que requerem ações locais para que sejam plenamente alcançados. O envolvimento de municípios é essencial para que as metas de cada ODS sejam adaptadas às suas realidades e necessidades específicas. O envolvimento dos cidadãos e das comunidades contribui para que as políticas públicas sejam mais justas, igualitárias e sustentáveis.Quer organizar um evento na sua cidade? Preencha o formulário on-line para receber o kit de apoio à organização de eventos. Para saber mais, siga @onubrasil nas redes e visite a página especial da ONU Brasil sobre os 80 anos das Nações Unidas. Contato para a imprensa: Isadora Ferreira, Gerente de Comunicação da ONU Brasil: contato@onu.org.br
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07 setembro 2025
Relator Especial da ONU: “Brasil deve enfrentar plenamente as violações da ditadura para garantir os direitos humanos e a democracia”
Para garantir, de fato, os direitos humanos e a democracia, o Brasil deve abordar plenamente as violações da ditadura, disse o Relator Especial Bernard Duhaime.O Relator Especial para a Promoção da verdade, justiça, reparação e garantias de não repetição, Bernard Duhaime, fez esse apelo em declaração durante a conclusão de sua visita oficial de nove dias ao Brasil, em 7 de abril de 2025. Acesse a declaração completa em português e inglês. O objetivo da visita foi avaliar as medidas nas áreas de verdade, justiça, reparação, memorialização e garantias de não repetição adotadas pelas autoridades no Brasil para enfrentar as graves violações de direitos humanos cometidas pelo Estado durante a ditadura militar (1964-1985).Ao longo de sua história, o Brasil vivenciou violências institucionais em larga escala direcionadas a diferentes setores da sociedade. Essa violência adotou as formas do colonialismo, escravidão, ditadura e as atuais instâncias de violência institucional direcionada aos setores mais marginalizados da sociedade, como povos indígenas, pessoas afrodescendentes e os camponeses.“Os danos produzidos por essas práticas têm sido vivenciados em todo o território do país e sentidos ao longo de sucessivas gerações”, Duhaime disse. Ele alerta que esse continuum de violência é um indicador da falta de abordagens abrangentes para lidar com graves violações de direitos humanos que englobem medidas de busca da verdade, justiça, reparação, memorialização e garantias de não repetição. “Embora o Brasil tenha feito progresso significativo para abordar essas questões desde 1985, a implementação insuficiente de políticas de justiça de transição para lidar com as consequências da ditadura infelizmente leva a ataques recorrentes à democracia, aos direitos humanos e ao Estado de Direito”, disse o Relator Especial. O especialista disse que essa situação mantém a divisão social e borrou os fundamentos do direito internacional dos direitos humanos, que prevê que o Estado deve respeitar e garantir a todas as pessoas sob seu controle o livre e pleno exercício dos direitos humanos, sem qualquer discriminação. “Enquanto os direitos à verdade, à justiça, à reparação e à memória não forem assegurados a todas as vítimas da ditadura, essa divisão irá persistir e a história pode se repetir”, Duhaime alertou.“Para alterar de trajetória, o Brasil deve urgentemente implementar e ampliar as medidas de justiça de transição propostas no relatório final da Comissão Nacional da Verdade.”O Relator Especial apresentará seu relatório final ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em 10 setembro de 2025.FIMSobre o Relator Especial sobre a promoção da verdade, justiça, reparação e garantias de não repetição. Relatores Especiais/Especialistas Independentes/Grupos de Trabalho são especialistas independentes em direitos humanos nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. O grupo de especialistas juntos, se denomina Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos. Os especialistas em procedimentos especiais trabalham de forma voluntária; não são funcionários da ONU e não recebem um salário por seu trabalho. Enquanto o escritório de Direitos Humanos da ONU atua como o secretariado para os Procedimentos Especiais, os especialistas atuam em sua capacidade individual e são independentes de qualquer governo ou organização, incluindo o ACNUDH e a ONU.Quaisquer pontos de vista ou opiniões apresentados são exclusivamente do autor e não representam necessariamente os da ONU ou do ACNUDH.Observações e recomendações feitas especificamente para o país pelos mecanismos de direitos humanos da ONU, incluindo os procedimentos especiais, os órgãos do tratado e a Revisão Periódica Universal, podem ser encontradas no Índice Universal de Direitos Humanos https://uhri.ohchr.org/en/Para mais informações e notas de imprensa, por favor, entre em contato com: Durante a missão: Sra. Brenda Vukovic (+41 076-281 9813 /brenda.vukovic@un.org); Sr. Diego Lobo, Centro de Informação da ONU Rio, diego.lobo@un.org +55 21 982876762). Após a missão: Sra. Brenda Vukovic (+41 22 917 9635 / brenda.vukovic@un.org)Para perguntas sobre outros especialistas independentes da ONU, entre em contato com Maya Derouaz (maya.derouaz@un.org) e Dharisha Indraguptha (dharisha.indraguptha@un.org).
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03 setembro 2025
BRASIL: “Congresso Nacional deve revogar lei prejudicial de alienação parental”, afirma Relatora Especial da ONU
A Relatora Especial das Nações Unidas sobre violência contra mulheres e meninas, Reem Alsalem, acolheu com satisfação um novo projeto de lei brasileiro que eliminaria a Lei de Alienação Parental e o conceito de "alienação parental" da Lei 13.431/2017, comumente conhecida como Lei de Escuta Especializada, da legislação do país. O novo projeto de lei também removeria o conceito de alienação parental do Artigo 699 do Código de Processo Civil do Brasil, afirmou Alsalem. "Esta iniciativa, liderada por um grupo de congressistas feministas, é um passo importante de legisladores para alinhar o Brasil aos padrões internacionais de direitos humanos estabelecidos em tratados e normas internacionais e regionais vinculantes sobre igualdade de gênero e proteção infantil," disse a Relatora Especial nesta quarta-feira (03/09). Alsalem observou que, desde a promulgação da Lei 12.318/2010, mecanismos internacionais e regionais de direitos humanos, incluindo seu mandato, levantaram preocupações sobre as formas sexistas e discriminatórias pelas quais a Lei tem sido usada contra mães que apresentam alegações críveis de abuso doméstico sofrido por elas e seus filhos nas mãos de seus parceiros, atuais ou antigos."O abuso inclui violência sexual contra crianças. Há relatos de mulheres que foram privadas do direito à guarda de seus filhos, e as crianças entregues aos seus abusadores," disse ela. Dado o padrão relatado de danos graves contra as mães e seus filhos, os mecanismos de direitos humanos recomendaram repetidamente e com firmeza ao Governo do Brasil que revogue a Lei 12.318/2010. Alsalem observou que o Brasil é o único país que continua a definir e penalizar explicitamente atos de alienação parental como uma ofensa legal por meio da Lei nº 12.318/2010, que define e penaliza atos de alienação parental como ofensa civil com consequências criminais. "A continuidade da existência de tal lei no Brasil é incompatível com o compromisso do país com os direitos humanos," disse ela. "Para garantir a não repetição de danos, o projeto final deve revogar a Lei de Alienação Parental 12.318/2010 por inteiro, de forma clara e inequívoca." A respeito da audiência agendada sobre o projeto de lei na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a especialista instou o Congresso a garantir que a audiência coloque no centro as vozes das crianças e mulheres que foram gravemente afetadas pelo uso indevido de alegações de alienação parental, em segurança e com dignidade. "As vítimas, organizações e especialistas que destacaram os danos causados pela aplicação da Lei 12.318/2010 e que apoiaram sobreviventes continuam sendo ameaçados e atacados," alertou ela. Alsalem instou o Governo do Brasil, seus legisladores, forças policiais e judiciário a garantir que tais ações sejam sancionadas e interrompidas.FIM Reem Alsalem é a Relatora Especial das Nações Unidas sobre violência contra mulheres e meninas, suas causas e consequências. Relatores Especiais, Especialistas Independentes e Grupos de Trabalho são especialistas independentes em direitos humanos nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Juntos, esses especialistas são referidos como os Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos. Os especialistas em Procedimentos Especiais trabalham de forma voluntária; eles não são funcionários da ONU e não recebem salário pelo seu trabalho. Embora o Escritório de Direitos Humanos da ONU (ACNUDH) atue como secretariado para os Procedimentos Especiais, os especialistas atuam em sua capacidade individual e são independentes de qualquer governo ou organização, incluindo o ACNUDH e a ONU. Quaisquer opiniões ou pontos de vista apresentados são exclusivamente do autor e não representam necessariamente os da ONU ou do ACNUDH.Observações e recomendações específicas por país dos mecanismos de direitos humanos da ONU, incluindo os procedimentos especiais, os órgãos de tratados e a Revisão Periódica Universal, podem ser encontradas no Índice Universal de Direitos Humanos e na página do ACNUDH para o Brasil. Para perguntas e solicitações da imprensa, entre em contato: hrc-sr-vaw@un.org Acompanhe as notícias relacionadas aos especialistas independentes em direitos humanos da ONU no X: @UN_SPExperts.
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14 julho 2025
ONU alerta: apenas 35% das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estão no caminho certo
Uma década após a adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, as Nações Unidas divulgaram hoje a 10ª edição de seu relatório anual de progresso, o Relatório da ONU sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2025. O documento oferece uma avaliação contundente e um forte apelo à ação.Embora milhões de vidas tenham melhorado, com avanços em saúde, educação, acesso à energia e conectividade digital, o ritmo das mudanças continua insuficiente para alcançar os 17 #ObjetivosGlobais até 2030. Os dados mais recentes mostram que apenas 35% das metas estão no caminho certo ou apresentando progresso moderado, enquanto quase metade avança lentamente e 18% registraram retrocesso.“Estamos diante de uma emergência de desenvolvimento”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres. “Mas este relatório é mais do que um retrato do presente. É também uma bússola que aponta caminhos para o progresso. Ele mostra que os ODS ainda podem ser alcançados — mas apenas se agirmos com urgência, união e determinação.”O Relatório sobre os ODS é preparado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA), em colaboração com 50 entidades das Nações Unidas e organizações regionais. O relatório é apresentado aos Estados-membros durante o Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável (HLPF), estabelecido no documento final da Conferência Rio+20, “O Futuro que Queremos”, que se reúne anualmente na sede da ONU. O HLFP 2025 está sendo realizado de 14 a 24 de julho sob o tema: “Promover soluções sustentáveis, inclusivas, baseadas em ciência e evidências para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para não deixar ninguém para trás” Progresso em meio à adversidadeApesar de desafios globais em cascata, o Relatório sobre os ODS 2025 destaca conquistas significativas:As novas infecções por HIV caíram quase 40% desde 2010.A prevenção da malária evitou 2,2 bilhões de casos e salvou 12,7 milhões de vidas desde 2000.A proteção social alcança hoje mais da metade da população mundial, um aumento expressivo em comparação com uma década atrás.Desde 2015, 110 milhões de crianças e jovens a mais ingressaram na escola.O casamento infantil está em declínio, mais meninas permanecem na escola e cresce a presença de mulheres nos parlamentos.Em 2023, 92% da população mundial tinha acesso à eletricidade.O uso da internet passou de 40% em 2015 para 68% em 2024, ampliando o acesso à educação, ao trabalho e à participação cidadã.Os esforços de conservação dobraram a proteção de ecossistemas-chave, fortalecendo a resiliência da biodiversidade.Ao mesmo tempo, o relatório chama atenção para os entraves que continuam prejudicando o progresso sustentável:Mais de 800 milhões de pessoas ainda vivem na extrema pobreza.Bilhões ainda carecem de acesso à água potável, saneamento e higiene.A mudança climática tornaram 2024 o ano mais quente já registrado, com temperatura média 1,55°C acima dos níveis pré-industriais.Conflitos causaram quase 50 mil mortes em 2024, com mais de 120 milhões de pessoas forçadas a deixar suas casas.Países de baixa e média renda enfrentaram custos recordes com o pagamento da dívida: US$1,4 trilhão em 2023.Um plano para acelerarO relatório propõe ações em seis áreas prioritárias, capazes de gerar impactos transformadores: sistemas alimentares, acesso à energia, transformação digital, educação, empregos e proteção social, ação climática e biodiversidade.O documento também pede a implementação do Plano de Ação de Medellín, adotado no Fórum Mundial de Dados da ONU de 2024, para fortalecer os sistemas de dados essenciais para políticas públicas eficazes.Histórias de sucesso mostram que os ODS são possíveisMédias globais podem esconder avanços significativos em muitos países. Nos últimos dez anos:45 países alcançaram acesso universal à eletricidade.54 países eliminaram pelo menos uma doença tropical negligenciada até o fim de 2024.Esses resultados, impulsionados por políticas eficazes, instituições fortes e parcerias inclusivas, demonstram que o progresso acelerado é possível — e já está em curso.Os últimos cinco anos até 2030 representam uma oportunidade para cumprir as promessas da Agenda 2030. Ela não é apenas uma aspiração — é um compromisso inegociável.“Este não é um momento para o desespero, mas para a ação decidida”, afirmou o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Li Junhua. “Temos o conhecimento, as ferramentas e as parcerias para promover a transformação. O que precisamos agora é de multilateralismo urgente — um novo compromisso com a responsabilidade compartilhada e o investimento sustentado.”SERVIÇO: Lançamento do Relatório sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2025Data: 14 de julho de 2025, segunda-feiraHorário: 13h45min - 15h (horário de Brasília) Transmissão pela TV on-line da ONU: https://webtv.un.org/en/asset/k1b/k1b40mdxr0 Participantes: António Guterres, secretário-geral da ONUAmina J. Mohammed, vice-secretária-geral da ONULi Junhua, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais Para mais informações, acesse a página do relatório: https://unstats.un.org/sdgs/report/2025 NOTAS PARA EDITORES Dados adicionais: AVANÇOS Entre 2012 e 2024, a taxa de nanismo infantil caiu de 26,4% para 23,2%.A expectativa de vida saudável aumentou mais de cinco anos entre 2000 e 2019, embora a COVID-19 tenha revertido parte desses ganhos.A mortalidade materna global caiu de 228 para 197 mortes por 100 mil nascidos vivos (2015–2023).A mortalidade infantil (menores de 5 anos) caiu de 44 para 37 por mil nascidos vivos (2015–2023).Até o final de 2024, 54 países eliminaram ao menos uma doença tropical negligenciada.Entre 2019 e 2024, 99 reformas legais foram implementadas para eliminar leis discriminatórias e promover a igualdade de gênero.Em 1º de janeiro de 2025, as mulheres ocupavam 27,2% das cadeiras nos parlamentos nacionais, um aumento de 4,9 pontos percentuais desde 2015.A energia renovável é a fonte de energia que mais cresce no mundo e deve ultrapassar o carvão como principal fonte de eletricidade em 2025.O 5G já cobre 51% da população mundial.Dados adicionais: RETROCESSOSSem ações aceleradas, 8,9% da população global ainda viverá na extrema pobreza em 2030.Em 2023, quase 1 em cada 11 pessoas enfrentava a fome.272 milhões de crianças e jovens estavam fora da escola.As mulheres realizam 2,5 vezes mais trabalho doméstico e de cuidado não remunerado do que os homens.Em 2024, 2,2 bilhões de pessoas não tinham acesso a água potável gerida com segurança; 3,4 bilhões, sem saneamento adequado; e 1,7 bilhão, sem higiene básica em casa.A população global de refugiados chegou a 37,8 milhões até meados de 2024.1,12 bilhão de pessoas vivem em favelas ou assentamentos informais sem serviços básicos.A ajuda oficial ao desenvolvimento caiu 7,1% em 2024, após cinco anos de crescimento — com novas reduções previstas para 2025.Para mais informações, acesse a página do Relatório da ONU sobre os ODS 2025: https://unstats.un.org/sdgs/report/2025 Hashtags: #RelatórioODS #ODS #ObjetivosGlobais #SDGReport #GlobalGoals Contato para a imprensa:Martina Donlon, Departamento de Comunicação Global da ONU: donlon@un.org Helen Rosengren, Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU: rosengrenh@un.org
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10 abril 2025
ONU Brasil lança Relatório Anual 2024
O recém-lançado Relatório Anual das Nações Unidas apresenta os resultados de um ano de avanços estratégicos no Brasil. Por meio de um planejamento integrado e de investimentos catalisadores, o Sistema ONU, formado por 24 entidades, atuou conjuntamente com o Estado brasileiro e com os três níveis de governo para impulsionar o desenvolvimento do país, com atenção às necessidades específicas dos diferentes grupos populacionais e ao meio ambiente.Seguindo as diretrizes do Marco de Cooperação, vigente de 2023 a 2027, ao longo de 2024 a ONU trabalhou em temas como saúde, educação, emprego e renda, acesso a serviços básicos, equidade, direitos humanos e assistência humanitária em 351 iniciativas, que trouxeram benefícios para milhões de pessoas. O investimento feito no país foi de US$ 155 milhões."O Relatório Anual é um documento indispensável para o monitoramento de nossas atividades e para a prestação de contas ao Estado, aos nossos parceiros e à sociedade brasileira." - Silvia Rucks, Coordenadora Residente da ONU no Brasil O relatório anual ressalta, além dos resultados, os desafios, a execução financeira, os principais doadores e os 341 parceiros que trabalham junto com o Sistema ONU para que o Brasil avance na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Confira dez pontos de destaque do que o Sistema das Nações Unidas alcançou em 2024:Resposta à emergência no Rio Grande do SulResposta a secas e queimadasMobilização de R$ 55 milhões para o Fundo Brasil-ONU para a AmazôniaApoio à elaboração da Contribuição Nacionalmente Determinada de redução de emissões de gases do efeito estufaRealização de 55 missões de autoridades da ONU ao BrasilApoio à delegação brasileira de jovens no Y20Engajamento na Aliança Global contra a Fome e a PobrezaParticipação brasileira na Cúpula do FuturoAdoção do ODS18 – Igualdade Étnico-RacialApoio à presidência brasileira do G20Marco de CooperaçãoAssinado em 2023 com o Estado brasileiro, o Marco de Cooperação é o principal documento de planejamento, implementação, monitoramento e avaliação das ações da ONU no país. Ele organiza o trabalho das agências especializadas, fundos e programas das Nações Unidas com atuação no país em torno de cinco eixos temáticos:Transformação Econômica para o Desenvolvimento SustentávelInclusão Social para o Desenvolvimento SustentávelMeio Ambiente e Mudança do Clima para o Desenvolvimento SustentávelGovernança e Capacidades InstitucionaisRelação das Ações Humanitárias e de Desenvolvimento SustentávelLeia aqui o relatório completo.
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História
12 setembro 2025
“Uma Jornada pela Esperança”
Quando pisei pela primeira vez na Amazônia, fiquei impressionada com sua imensidão — mas não apenas com a vastidão natural que geralmente reconhecemos. O que realmente me marcou foi perceber que a Amazônia é um intrincado e aparentemente infinito mosaico de vida, cultura e desafios. É lar de mais de 29 milhões de pessoas, a maioria vivendo em grandes cidades, e se encontra na encruzilhada entre a preservação ambiental e o desenvolvimento inclusivo.Trata-se, naturalmente, de uma prioridade para as Nações Unidas no país e o foco de um fundo fiduciário multiparceiros criado especificamente para impulsionar soluções econômicas inclusivas e ambientalmente inteligentes. Recentemente, tive o privilégio de visitar os três primeiros projetos financiados pelo Fundo Brasil–ONU para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. O que vi ali vai além de programas — é a esperança transformadora em movimento.No coração da Bacia Amazônica, uma poderosa colaboração liderada pelo UNICEF, e implementada em conjunto com UNFPA, ACNUR, UNESCO, OIT, OPAS/OMS e OIM, abre caminho para crianças, adolescentes e jovens indígenas. Ainda que o programa esteja em suas fases iniciais, ver os esforços se desenrolando em oito dos nove estados da Amazônia Legal, guiados por uma abordagem verdadeiramente intercultural e sensível a gênero, é profundamente inspirador. No Acre, conheci parceiros locais que estão cocriando um futuro resiliente por meio da bioeconomia, da governança da terra e da conservação ambiental. O projeto, liderado pelo governo estadual juntamente com a UNESCO, acontece em duas áreas protegidas onde artesãos estão transformando produtos florestais em bens de maior valor agregado, construindo caminhos sustentáveis para transformar a economia local. Visitei um viveiro que produz milhares de mudas de 50 espécies de árvores, que mais tarde serão usadas para restaurar áreas degradadas, combinando tecnologia de ponta com o compromisso e o conhecimento das comunidades locais.Em Rosário, no Maranhão, participei do lançamento do “Terras para Elas”, um projeto implementado pelo governo estadual e pela FAO. Para agricultoras — especialmente quilombolas, indígenas, ribeirinhas, quebradeiras de coco babaçu e membros da comunidade LGBTIQ+ — essa iniciativa abre portas: 2,5 mil títulos de terra, capacitação sustentável para 5.000 mulheres e acesso a crédito para 1,25 mil. Vi mulheres empoderadas reivindicando seus direitos e moldando meios de vida sustentáveis para suas famílias e comunidades.Também ouvi um dos depoimentos mais comoventes da minha longa carreira na ONU. Uma mulher me contou que a luta de sua comunidade pelo título da terra ancestral começou com sua avó. Sua mãe seguiu a batalha e agora, finalmente, sua geração verá o reconhecimento do direito de possuir sua terra e usá-la para garantir os meios de vida e o futuro de suas famílias. Essas visitas ressaltaram uma mensagem vital: soluções enraizadas nas comunidades produzem resiliência. Os muitos desafios que a Amazônia enfrenta, como o desmatamento, a insegurança fundiária e a exclusão social, são palpáveis. Mas o Fundo Brasil–ONU nos mostra que é possível catalisar mudanças quando as iniciativas são cocriadas, lideradas localmente e guiadas pela equidade.Olhando para o Futuro: Uma Visão Compartilhada de Resiliência SustentávelAo caminhar por esses territórios, o impacto humano era inegável: mulheres recuperando direitos à terra, crianças valorizando suas culturas, comunidades conservando ecossistemas com orgulho. Tudo isso está sendo construído com uma única contribuição ao Fundo, feita de forma extremamente generosa pelo governo do Canadá.Mas há espaço para ampliar, replicar e fortalecer o que já está funcionando. Se uma doação nos levou até aqui, não posso deixar de me perguntar o que poderíamos alcançar se outros se juntassem a nós. O Fundo, respaldado por uma coordenação robusta da ONU e alinhado com as políticas nacionais, prova que o multilateralismo e a colaboração intersetorial podem gerar mudanças significativas. Aos governos e às empresas privadas: este é o seu momento. O Fundo oferece uma porta de entrada para empoderar populações vulneráveis e gerar mudanças reais. À medida que nos preparamos para as negociações climáticas da COP30 — a primeira a ser realizada na Amazônia — esta é uma oportunidade de mostrar compromisso.Sou muito otimista, e sei que, juntos, podemos ampliar os impactos, fortalecer a governança inclusiva, aumentar a resiliência climática e garantir que a Amazônia continue sendo uma fonte de vida para as próximas gerações.Para saber mais, siga @ONUBrasil e @UN_SDG nas redes!
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História
05 setembro 2025
“O direito à cidade engloba tudo. É você ter o direito de viver.”
Com muitos marcadores para descrever quem é, Eloisa Graciliano encanta pela fala calma e segura ao contar a sua trajetória. Desde cedo, ela é dona da própria voz e aprendeu a usá-la para afirmar sua existência e ocupar os mais diversos espaços.Ela nasceu em Palmeiras dos Índios, município no agreste de Alagoas, a 136 km da capital, Maceió. Sua etnia, Xukuru-Kariri, resulta da fusão entre os povos Xukuru e Kariri, ambos ainda presentes no Nordeste brasileiro. Pelo lado paterno, a família de Eloisa é da aldeia Wassu Cocal, localizada em Joaquim Gomes, na Zona da Mata alagoana. Também engajados nas causas indígenas e ambientais, seus familiares foram exemplo e inspiração, reforçando desde cedo o orgulho de suas raízes.Ainda criança, Eloisa mudou-se para Maceió com a mãe e a avó. Ela cresceu na capital, mas nunca perdeu o vínculo com o lugar de onde veio. Vivendo entre duas realidades distintas — comunidade indígena e centro urbano — ela relata que por vezes se sentia atropelada pelo excesso de informação.No bairro Trapiche da Barra, em Maceió, Eloisa cresceu ouvindo sua mãe, Elaine, falar sobre a importância de lutar pelos seus direitos. Ainda menina, começou a despertar para as questões sociais e ambientais. Preocupada com o futuro da filha, Elaine fazia questão de lembrá-la de que ela não só podia sonhar, mas também realizar. Costumava dizer: “Você é criança, mas é mulher. Tem que saber seus direitos, saber onde você pode chegar.”Dentro de casa, foi apresentada ao feminismo e, desde cedo, entendeu que “ser mulher” no mundo significava muito mais do que as atribuições, responsabilidades e rótulos. “Mulher na cidade, em qualquer lugar, é um desafio. A gente enfrenta questões de segurança, de acesso e de bem-estar. Homem pode andar por aí à vontade. Seguimos um estereótipo perigoso. Não é só a segurança física — tem também a mental, a emocional. A gente não é frágil, mas nos impõem essa fragilidade pelas condições em que nos colocam”.As cidades, em sua maioria, não são projetadas para atender às necessidades das mulheres, o que acaba produzindo ambientes urbanos inseguros ou hostis. São inúmeros os desafios: mobilidade, acessibilidade, infraestrutura, segurança, entre outros. Eloisa, que mais tarde mudou-se sozinha para o Jacintinho, um bairro periférico de Maceió, vive na pele alguns desses problemas — tão comuns no cotidiano de mulheres brasileiras.“Por exemplo, às dez da noite só tem um ônibus pra minha casa. E esse ônibus vem lotado de homens que estão voltando do trabalho, ou já beberam. Então eu só tenho essa opção: ou eu entro nele, ou espero — e isso pode ser mais perigoso ainda. As mulheres têm escolhas ruins e menos ruins.”Sua criação feminista a ajudou a compreender que as mulheres também deveriam ter o direito de viver a cidade com segurança, sem que o medo seja o fator determinante de suas decisões. A partir daí, foi apenas um passo para aprofundar-se sobre outros marcadores que moldam a maneira como ela experiencia o mundo e a cidade. Passou a se interessar cada vez mais por sua etnia e pelos direitos dos povos indígenas, compreendendo como essas questões estão profundamente ligadas à questão ambiental. Lutar por sua vida e por seu povo tornou-se, para ela, praticamente sinônimo de lutar por um meio ambiente saudável e preservado. Eloisa, que sempre teve apreço pela fotografia, percebeu que poderia usar seu talento e gosto pessoal para abordar as temáticas que permeavam sua vida. Foi no final do Ensino Médio que a fotografia começou a assumir novos contornos e significados: a câmera, antes usada de forma mais descontraída para registrar uma realidade já marcada por problemas sociais e ambientais, passou a ser direcionada de maneira consciente para aquilo que ela sempre soube ser urgente evidenciar.O que antes era apenas diversão tornou-se um instrumento de trabalho, capaz de amplificar a voz de Eloisa e das comunidades periféricas de Alagoas. A profissionalização da jovem como fotógrafa e comunicadora foi potencializada pelas oficinas do programa Digaê! – Juventudes, Comunicação e Cidade, iniciativa fruto da parceria entre o Governo de Alagoas e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), realizada em colaboração com o Instituto Pólis e a Viração Educomunicação.O programa fez parte do projeto Visão Alagoas 2030 e impactou mais de 80 jovens, de 15 a 24 anos residentes de 32 grotas (nomenclatura local para favelas localizadas em fundos de vale) de Maceió com formações em direito à cidade, experimentação midiática e intervenções comunitárias. O resultado desse processo foi sistematizado na Coletânea Memórias e Narrativas das Grotas de Maceió – pelo Olhar das Juventudes, que organiza o legado do Digaê! e evidencia a perspectiva das juventudes sobre suas histórias, lutas e conquistas. Entre 2022 e 2023, Eloisa participou das formações em engajamento e mobilização comunitária. “Antes eu fazia por fazer. Era só diversão. Eu até tinha noção de direitos, mas não entendia de fato. Hoje entendo que é um dever. Algo que eu tenho que fazer. E entendo o porquê, onde quero chegar e onde posso chegar com isso. O Digaê! me amadureceu”, conta. Durante o processo, Eloisa e outros jovens participantes do Digaê! tiveram contato com diferentes linguagens de comunicação — podcast, fotografia, vídeo, lambe-lambe, fanzine, grafite, entre outras. Ao final de cada ciclo, criaram produtos multimídia e propuseram intervenções para transformar suas comunidades.Foi assim que nasceu o Coletivo Som, Imagem e Voz (SIV), coordenado por Eloisa e seus colegas. O nome carrega múltiplos significados: o som representa a sonoridade das cidades, tanto o barulho urbano quanto o do interior; as imagens remetem às fotografias que registram as memórias das pessoas; e a voz simboliza o que levam das comunidades periféricas para que outros possam escutar. “O SIV tem um grande significado. É o nosso lugar. Nossa mãozinha. Tudo”, diz Eloisa, ressaltando como a formação foi essencial para abrir novos horizontes às juventudes participantes.“O Digaê! agregou muito. Não foi só um projeto temporário — ele gerou outros caminhos. Hoje tem muitos jovens na comunicação por causa do Digaê!. Esperamos que abram mais portas para que mais jovens tenham acesso, e que os que passaram por ele possam continuar.”Mesmo após o fim das oficinas, o Coletivo SIV continua ativo, usando a comunicação para abordar temas como o direito à cidade e questões ambientais. O grupo tem conquistado espaço em diferentes estados e, segundo Eloisa, já está expandindo suas atividades para a Bahia.A formação do Digaê! proporcionou a Eloisa novas ferramentas para refletir sobre o direito à cidade. Com base em suas experiências pessoais e profissionais, ela destaca um ponto crucial: o direito à cidade ainda é bastante limitado para mulheres e crianças.
Seu especial interesse pelas questões relacionadas à primeira infância vem de sua experiência com a maternidade. Eloisa deu à luz seu filho Joaquim durante a participação no Digaê!. Embora ele tenha vivido apenas um dia, transformou-a para sempre. Ser mãe muda o olhar de quem vê e de quem vive a cidade — e com Eloisa não foi diferente.“Meu filho não está aqui, mas não quero que outras mães passem pelo que eu passei. Quero que os filhos delas cresçam — e cresçam com consciência. Que saibam seus direitos, seus deveres, que sejam cidadãos. Que possam brincar na praça, estudar, viver dignamente. Meu filho é minha alavanca. Tudo o que eu faço hoje é por ele. Mesmo que ele não esteja aqui, é por ele. Para que o mundo seja melhor para outras crianças também.”A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável reconhece o direito das crianças à cidade como parte do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11, que busca tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. Eloisa reflete sobre os desafios e obstáculos que envolvem o direito à cidade, destacando seu impacto sobre crianças, adolescentes e mulheres, e aponta que ainda há um longo caminho a percorrer, já que muitas cidades não são planejadas para atender plenamente quem mais precisa de infraestrutura.“Um dos mais visíveis é a calçada. Ela deveria ser pensada não só para mães com carrinho, mas para pessoas que usam cadeiras de rodas, para pessoas com deficiência visual. Pisos quebrados, falta de acessibilidade — isso afeta todo mundo. Falando de infraestrutura: já aconteceu de mulheres andarem com o carrinho de bebê na rua porque a calçada é impossível.”Eloisa nos lembra que é possível lutar por múltiplas causas sem perder de vista o essencial: a cidade deve ser um espaço para todas as pessoas: onde seja possível existir, circular e viver com dignidade.“Todo mundo fala de cidade como lugar de ir e vir. Mas não é só isso. Você tem direito a uma cidade de qualidade. Tem direito a descanso de qualidade. Porque você acorda às cinco da manhã, pega ônibus lotado, chega no trabalho às oito – você passa mais tempo fora de casa do que dentro. Então o direito à cidade engloba tudo. O direito à cidade é a vida. E você ter o direito de viver, resumidamente. Foi isso que eu aprendi no Digaê!.” Cidades de qualidade são construídas considerando quem as habita e o território que ocupam. Questões de gênero, direitos das crianças, proteção de povos tradicionais, justiça climática e preservação ambiental são pautas que caminham juntas e se reforçam mutuamente. Uma cidade justa é aquela que acolhe todos os grupos, em especial crianças, mulheres, juventudes e povos indígenas, promovendo segurança, bem-estar, equidade e oportunidades iguais para todas as pessoas.Jovens como Eloisa lembram que o futuro das cidades depende da participação e da atuação consciente de quem as habita, construindo espaços urbanos mais inclusivos e sustentáveis para todas as pessoas, em todas as fases da vida.Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes e visite a página do Visão Alagoas 2030: https://visaoalagoas2030.al.gov.br/
Seu especial interesse pelas questões relacionadas à primeira infância vem de sua experiência com a maternidade. Eloisa deu à luz seu filho Joaquim durante a participação no Digaê!. Embora ele tenha vivido apenas um dia, transformou-a para sempre. Ser mãe muda o olhar de quem vê e de quem vive a cidade — e com Eloisa não foi diferente.“Meu filho não está aqui, mas não quero que outras mães passem pelo que eu passei. Quero que os filhos delas cresçam — e cresçam com consciência. Que saibam seus direitos, seus deveres, que sejam cidadãos. Que possam brincar na praça, estudar, viver dignamente. Meu filho é minha alavanca. Tudo o que eu faço hoje é por ele. Mesmo que ele não esteja aqui, é por ele. Para que o mundo seja melhor para outras crianças também.”A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável reconhece o direito das crianças à cidade como parte do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11, que busca tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. Eloisa reflete sobre os desafios e obstáculos que envolvem o direito à cidade, destacando seu impacto sobre crianças, adolescentes e mulheres, e aponta que ainda há um longo caminho a percorrer, já que muitas cidades não são planejadas para atender plenamente quem mais precisa de infraestrutura.“Um dos mais visíveis é a calçada. Ela deveria ser pensada não só para mães com carrinho, mas para pessoas que usam cadeiras de rodas, para pessoas com deficiência visual. Pisos quebrados, falta de acessibilidade — isso afeta todo mundo. Falando de infraestrutura: já aconteceu de mulheres andarem com o carrinho de bebê na rua porque a calçada é impossível.”Eloisa nos lembra que é possível lutar por múltiplas causas sem perder de vista o essencial: a cidade deve ser um espaço para todas as pessoas: onde seja possível existir, circular e viver com dignidade.“Todo mundo fala de cidade como lugar de ir e vir. Mas não é só isso. Você tem direito a uma cidade de qualidade. Tem direito a descanso de qualidade. Porque você acorda às cinco da manhã, pega ônibus lotado, chega no trabalho às oito – você passa mais tempo fora de casa do que dentro. Então o direito à cidade engloba tudo. O direito à cidade é a vida. E você ter o direito de viver, resumidamente. Foi isso que eu aprendi no Digaê!.” Cidades de qualidade são construídas considerando quem as habita e o território que ocupam. Questões de gênero, direitos das crianças, proteção de povos tradicionais, justiça climática e preservação ambiental são pautas que caminham juntas e se reforçam mutuamente. Uma cidade justa é aquela que acolhe todos os grupos, em especial crianças, mulheres, juventudes e povos indígenas, promovendo segurança, bem-estar, equidade e oportunidades iguais para todas as pessoas.Jovens como Eloisa lembram que o futuro das cidades depende da participação e da atuação consciente de quem as habita, construindo espaços urbanos mais inclusivos e sustentáveis para todas as pessoas, em todas as fases da vida.Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes e visite a página do Visão Alagoas 2030: https://visaoalagoas2030.al.gov.br/
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História
02 setembro 2025
“Felicidade imensa em saber que agora a gente conseguiria ter uma moradia digna”
Foi no dia 12 de outubro de 2011 que Josimar das Dores Coelho, a Josy, chegou ao terreno que hoje é conhecido por Helena Greco. Ela, seus dois filhos pequenos e mais um grupo de vizinhos do norte de Belo Horizonte foram os primeiros a chegar no território, formando a primeira das ocupações que hoje são conhecidas por Izidora – um dos maiores movimentos por direito à moradia do país, e também um dos maiores conflitos fundiários da América Latina.A Izidora é formada por quatro ocupações: Helena Greco, Rosa Leão, Esperança e Vitória. Todos nomes femininos que remetem a luta – seja de históricas lideranças locais, sejam substantivos que integram a narrativa pelo direito à moradia. Josy é mais um dos nomes que se soma a essa história, fazendo valer a herança que recebeu de sua mãe. Nascida em Ouro Preto, foi cedo para Belo Horizonte, morando em diferentes comunidades quando criança. Uma delas foi Zilah Spósito, ocupação vizinha à Izidora, onde chegou aos nove anos. “Minha mãe ocupou junto com as outras lideranças – inclusive tem uma ocupação, Rosa Leão, que toma o nome da de uma das lideranças antigas, que atuava junto com a minha mãe dentro do território”. E é por isso que a história de Josy é a história de Helena Greco: a ocupação como se conhece, com cerca de 500 moradores, passa por 14 anos de luta de Josy por moradia e direitos para a região, que está na zona norte do município e possui as últimas áreas não urbanizadas de Belo Horizonte.Na prática, isso faz de Izidora uma região única: o verde proveniente da vegetação, que mistura Mata Atlântica e Cerrado, se contrasta ao laranja dos tijolos das casas e da terra seca e ao azul das caixas d’água. Esse é o cenário onde cerca de 5 mil famílias residem sem infraestrutura e desarticuladas dos serviços públicos, mas extremamente engajadas em alcançar seus direitos. “Quando surgiu essa urbanização, falei: 'pronto, agora é luta'”A função de Josy de articular a comunidade Helena Greco foi essencial para a elaboração do Plano de Urbanização Sustentável de Izidora. Fruto de uma parceria da Prefeitura de Belo Horizonte, ONU-Habitat e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), o Plano começou a ser elaborado em 2021 com processo participativo em cada ocupação e um grande enfoque para a resiliência urbana, sendo parte do Programa de Proteção Ambiental e Melhorias Urbanas na Região da Izidora (PRO-IZIDORA). O Plano é uma iniciativa pioneira em Belo Horizonte, sendo o primeiro plano de urbanização que traz a resiliência urbana como tema central.O papel de Josy era garantir que os interesses da comunidade fossem não apenas ouvidos, como registrados e garantidos. Convocando assembleias sempre que necessário, ela prezava pelo estímulo à participação da população em todas as etapas – de tirar dúvidas até as votações. O Plano elaborado pelo projeto foi validado pela comunidade e publicado em 2023. O esforço foi reconhecido pela notícia de que, em 2024, as ocupações de Rosa Leão e Helena Greco foram contempladas pelo PAC das Periferias, Programa de Aceleração do Crescimento criado pelo Governo Federal para urbanização de favelas, para a execução dos seus planos. Os investimentos somam R$ 75 milhões dedicados ao Helena Greco e R$ 116 milhões ao Rosa Leão. Josy foi a Brasília para acompanhar o anúncio: “Falar pra você que eu fiquei em uma felicidade imensa em saber que agora a gente conseguiria ter uma moradia digna com todos os nossos direitos que eram negados”.Com isso, a expectativa é que os sonhos possam de fato sair do papel. A Prefeitura estima que sejam necessários cerca de sete anos para conclusão das obras, que estão previstas para começar ainda em 2025. O projeto prevê para ocupação sete prédios e duas habitações escalonadas em encostas, somando 120 unidades habitacionais e 12 unidades não residenciais para usos públicos ou comerciais. Durante o processo participativo do Plano, por meio de votação e assembleia, a comunidade optou pela alternativa de urbanização que previa a reconfiguração total do tecido urbano, com remoção de todas as famílias e posterior urbanização e reassentamento no próprio território. Dadas as restrições do terreno, a alternativa escolhida é a única capaz de garantir infraestruturas básicas em todo o território, além de moradias para todas as famílias. O planejamento também inclui a criação de novas ruas que permitam a circulação de veículos para garantir serviços essenciais, como coleta de lixo e atendimento de saúde. A ideia é que ele tenha condições adequadas para mobilidade ativa e, sempre que possível, para acessibilidade universal. Além disso, também serão fornecidos os serviços de energia elétrica e saneamento básico. Atualmente, a iniciativa está elaborando os projetos básicos de urbanismo de três tipologias habitacionais de interesse social e de infraestruturas urbanas – sistema viário, manejo das águas da chuva e contenção de encostas. Considerando também a importância ambiental da Izidora e seus diversos cursos d'agua que cortam a região, está sendo elaborado junto ao projeto o uso de Soluções Baseadas na Natureza. Dispositivos como jardins de chuva, biovaletas, escada hidráulica e jardins de reentrâncias serão implementados para promover maior resiliência urbana e segurança climática para seus futuros moradores.Na parceria com Prefeitura de Belo Horizonte e o UNOPS, o consórcio de empresas Práxis-Urbe-Horizontes é responsável pelo desenvolvimento desses projetos, cabendo ao ONU-Habitat sua avaliação e aprovação. “As lutas não acabam”A luta por moradia não envolve somente uma casa, mas todos os direitos humanos e serviços básicos que dela derivam – como água e saneamento, mobilidade, segurança, educação, lazer. Nessa nova etapa de expectativa pela obra, ela segue, por um lado, com esperança, e por outro, com a responsabilidade de cobrar transparência para que seja entregue o que a comunidade batalhou para conquistar. “A minha vida toda tá dentro do território. Quando estiver tudo concluído, ver as famílias tudo feliz com seu canto, com as suas casinhas e dentro do território onde que a gente começou essa luta toda por moradia... Meu coração vai vibrar de felicidade. Hoje está só no papel, mas se amanhã for realidade e a gente puder falar que isso aqui a gente conquistou com muita luta, com muita coragem, e hoje tá assim, consolidado, com apartamento, pra entregar pro nosso povo sofrido, que vem do aluguel, que vem do morar de favor, que vem até de situação de rua – vai ser muito gratificante”. Josy é mãe de seis filhos – dos quais cinco estão vivos – e espera que as lideranças das comunidades deixem o legado da luta para a juventude. “A mensagem que eu passo é que nunca desista dos nossos direitos. Nós moramos em bairros periféricos, mas nós temos direito de tudo que hoje é negado pra nós. Que a juventude toda continue com esse grito de socorro para que a gente consiga avançar e mudar o futuro do nosso país de dentro dos bairros periféricos, vilas e favelas, pra nós que somos pretos”. Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes!
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História
04 agosto 2025
Desafiando a seca
Apesar de ser conhecido por sua abundância hídrica, o Brasil enfrenta um risco crescente de desertificação. Mais de 1,4 milhão de km² do território nacional já são suscetíveis ao processo de desertificação, afetando diretamente cerca de 1.500 municípios e 38 milhões de pessoas. Nesse cenário árido do Brasil — onde o solo seco desafia a sobrevivência e a água é um recurso valioso — a agricultora Eusébia Bezerra cultiva hortaliças orgânicas e transforma a paisagem. No sítio onde vive com a família, ela está construindo um novo futuro com o apoio do projeto REDESER — uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês). “Aqui a gente não aproveitava nem 50% da terra, e o projeto ajudou muito com isso. Hoje a gente consegue usar cada pedacinho da propriedade, com pés de frutas, hortaliças, flores e plantas medicinais”, comemora Eusébia.Criada em um assentamento na zona rural do Ceará, Eusébia foi para Juazeiro do Norte, de 280 mil habitantes - aos 16 anos, para trabalhar como empregada doméstica e babá. Com a gravidez de risco do primeiro filho, em 2019, ela deixou o emprego, e o marido, Henrique, ficou encarregado de todas as despesas da família.A situação financeira apertada e a saúde debilitada do bebê estimularam o casal a deixar a cidade e construir uma casa na propriedade rural do pai de Henrique, dividida com irmãos, tios e primos. Em 2021, antes mesmo de terminar a construção, eles se mudaram para o sítio, que fica a cerca de duas horas da cidade, no coração do Semiárido brasileiro.Enquanto o pai de Henrique focava na produção de monoculturas, como amendoim, arroz e milho, como a maioria dos produtores da região, a jovem família resolveu seguir outro caminho, apostando no cultivo de hortaliças orgânicas. “Quando começamos, não havia hortas por aqui. Tínhamos que comprar verduras na cidade, cheias de agrotóxico. Aí preferimos investir nisso”, explica Eusébia. A horta foi crescendo, mas o principal desafio permanecia: a seca. “De agosto até o fim do ano é muito difícil, o poço fica vazio. A gente tem que se virar nos 30”, conta a agricultora. Com a chegada do projeto REDESER, a família aprendeu novas técnicas para aproveitar ao máximo a água — o recurso mais precioso da região, que é a área semiárida mais densamente povoada do mundo, cobrindo 70% do Nordeste brasileiro.Em seis meses de acompanhamento do projeto, eles receberam capacitações, construíram uma área de agrofloresta, canteiros perenes e passaram a conciliar diferentes tipos de cultivos, reduzindo o consumo de água. “O projeto trouxe vários aprendizados, como jeitos diferentes de plantar que reaproveitam a água e garantem a cobertura do solo, para que fique mais tempo molhado. Hoje está outra coisa aqui”, celebra.A partir das tecnologias sociais de convivência com o Semiárido, Eusébia e o marido conseguiram expandir a produção da horta, que atualmente conta com alface, coentro, cebolinha, pimentão e alho-poró. Tudo isso em um sistema integrado com agrofloresta, plantação de mandacaru (cactos da caatinga com frutos comestíveis) e de frutas, como banana e mamão, criação de peixes e cultivo de plantas medicinais, como hortelã e alecrim. Todas as semanas, a família vende cerca de 12 quilos de alface e 15 quilos de coentro para uma cooperativa próxima, por 12 reais o quilo, totalizando um complemento de renda de cerca de R$ 1.300 por mês. A renda do cultivo ainda não garante o sustento da família, mas o plano é aumentar a produção. “Para a cidade eu não quero voltar nunca mais. A gente quer ficar por aqui, vivendo da horta”, afirma Eusébia.Para o futuro, eles pretendem construir um novo poço no terreno, para garantir mais acesso a água e possibilitar ainda mais a expansão do plantio. “A gente tem um sonho de um dia, quando as coisas melhorarem, comprar um carro e sair vendendo cestinhas de hortaliças e plantas medicinais para as pessoas na cidade. Porque lá tem muita gente que quer ter acesso a produtos orgânicos, mas muitas vezes não tem. A gente está lutando para isso”, revela a agricultora.Com um investimento de R$ 19 milhões até o final de 2025, o projeto REDESER busca restaurar a funcionalidade do solo, proteger a biodiversidade e melhorar as condições de vida das comunidades locais. A meta é impactar cerca de 900 mil hectares e beneficiar diretamente 1.500 pequenos produtores e comunidades em cinco territórios diferentes do Brasil.Para saber mais, siga @FAOBrasil nas redes e visite a página da FAO no Brasil: https://www.fao.org/brasil/pt/
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História
25 julho 2025
“Quando você não tem paz e liberdade, você entende os valores disso na sua vida”
Há cerca de dois anos, Frözan Sediqui chegou ao Brasil com algumas caixas de madeira entre suas bagagens. Para muitos, aqueles itens vazios poderiam representar apenas peso extra em meio a uma mudança de país, mas para ela significavam um recomeço. Artesã e proprietária de uma galeria de arte em Cabul, capital do Afeganistão, Frözan deixou o país após a tomada de poder pelo Talibã. Desde então, a situação dos direitos das mulheres no Afeganistão se deteriorou drasticamente.Ao lado do marido e de um de seus irmãos, ela seguiu para o Irã, onde solicitaram vistos humanitários para viver no Brasil. A chegada foi em São Paulo, cidade onde a família não tinha conhecidos. Por semanas, eles se somaram a outras pessoas refugiadas que, sem terem para onde ir, aguardavam no aeroporto de Guarulhos até serem encaminhados para um abrigo. Após alguns meses, a família conseguiu se alojar na capital do estado paulista onde, grávida, Frözan tentava realizar os acompanhamentos do pré-natal. “No dia em que chegamos ao hospital para saber se esperava um menino ou uma menina, o médico escreveu no celular que o nosso bebê não estava mais vivo”, lembra emocionada. Para a especialista em Empoderamento Econômico da ONU Mulheres Brasil, Flávia de Moura Muniz, a trajetória de Frözan evidencia a importância de políticas públicas sensíveis às experiências das mulheres refugiadas e migrantes: “A Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, há trinta anos, já reconhecia que, sem acesso a serviços essenciais — como saúde, informação e oportunidades de participação política e econômica —, não há empoderamento possível. Garantir esses direitos é fundamental para que mulheres em contextos de refúgio e migração possam reconstruir suas vidas com dignidade, segurança e autonomia.” As dificuldades de comunicação vividas no dia a dia se tornaram mais desafiadoras e doloridas naquela data. “Quando deixei o hospital, me matriculei em um curso de Português e venho aprendendo sempre mais”, conta a artesã que hoje tem na comunicação uma das suas ferramentas de trabalho.Ao lado do marido, Frözan vende peças de madeira talhadas em feiras, exposições e pela internet. As peças carregam o simbolismo e a tradição da técnica afegã. “A arte sempre ajuda. Quando o Talibã chegou, eu comecei essa arte de gravar em madeira, e esquecia tudo sobre eles. Aqui no Brasil, quando eu perdi meu bebê, essa arte me ajudou de novo”, revela. DireitosMesmo que ainda não tenha conseguido restabelecer as condições para ter novamente sua própria galeria, Frözan afirma que agora pode voltar a ter sonhos. “Quando você vive no Brasil, você vive de verdade. Não tem alguém que diga que você não pode fazer algo. Agora eu sonho que minha família possa vir para cá, que eu possa comprar uma casa, ficar no Brasil, e engravidar novamente”. Antes de empreender, ainda no Afeganistão, Frözan havia se formado em Relações Internacionais. Desde que retomou o poder no país, em 2021, o Talibã implementou uma série de medidas que sistematicamente privaram as mulheres de seus direitos, incluindo o acesso a empregos, educação e espaços públicos. Em novembro de 2024, com o apoio do Programa Conjunto Moverse, iniciativa da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da ONU Mulheres e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), financiada pelo Governo de Luxemburgo, Frözan esteve na II Conferência sobre Migrações, Refúgio e Apatridia (Comigrar), em Brasília, evento em que são discutidas as principais demandas e prioridades para aperfeiçoamento das políticas públicas para essa população. Ao participar do encontro como empreendedora, Frözan acompanhou os encaminhamentos dados pelas delegadas e delegados durante a Conferência. “Quando você não tem paz e liberdade, você entende os valores disso na sua vida”, reflete. Sobre o MoverseO Programa Conjunto Moverse é uma iniciativa implementada pela ONU Mulheres, pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com o apoio do Governo de Luxemburgo — parceiro das instituições há seis anos na implementação de projetos voltados à construção de políticas e estratégias que promovam o empoderamento econômico, a proteção e a liderança e participação política de mulheres refugiadas e migrantes que vivem no Brasil. Entre 2021 e 2023, o programa teve como foco principal o empoderamento econômico, por meio da articulação com governos, empresas e instituições públicas e privadas para fortalecer os direitos econômicos e ampliar as oportunidades de desenvolvimento de mulheres venezuelanas refugiadas e migrantes. Em sua nova fase, iniciada em 2024, o programa amplia seu escopo para incluir mulheres refugiadas e migrantes de diversas nacionalidades, com o objetivo de oferecer apoio técnico ao governo federal no desenvolvimento de políticas públicas sensíveis aos direitos humanos e à igualdade de gênero, além de fortalecer as capacidades de mulheres e seus coletivos para uma participação efetiva nos processos de tomada de decisão. Para saber mais, siga @onumulheresbr nas redes e visite a página da ONU Mulheres no Brasil: https://www.onumulheres.org.br
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Notícias
18 setembro 2025
UNOPS apoia governo federal na redução do déficit habitacional
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), organismo da ONU especializado em infraestrutura, está apoiando o governo federal na implementação de uma estratégia inovadora para a redução do déficit habitacional para populações mais vulneráveis. O Escritório acaba de firmar acordo de cooperação para a estruturação de projetos de parceria público-privada para a oferta de unidades habitacionais na modalidade de locação social.A parceria foi firmada entre o organismo da ONU e a Caixa Econômica Federal (CAIXA), por meio do Fundo de Apoio à Estruturação e ao Desenvolvimento de Projetos de Concessão e Parcerias Público Privadas (FEP-CAIXA), com cooperação da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil (SEPPI) e da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades. Uma cerimônia marcou a assinatura da parceria nesta terça-feira (16/09), em Brasília - DF. “Com essa assinatura, buscamos o desenvolvimento de um modelo padronizado de estruturação de projetos no setor de Habitação que possa conferir maior maturidade para a atuação do FEP nessa área, além de ganhos com transferência de conhecimento”, frisou o secretário especial da SEPPI, Marcus Cavalcanti. O primeiro projeto a ser estruturado no âmbito do acordo será com a Prefeitura de Santo André - SP. A parceria tem vigência de cinco anos, durante os quais outros quatro projetos piloto serão desenvolvidos com municípios ou estados.“Temos algumas questões nas iniciativas de habitação social, como a gestão condominial e o envolvimento das pessoas em iniciativas de cunho social, e acredito que o formato de PPP pode ajudar a buscar caminhos e soluções para isso”, disse o secretário Nacional de Habitação, Augusto Rabelo. “PPP de locação social é tema novo no país e sabemos que o sucesso de iniciativas como essa propiciam que mais entes municipais busquem projetos como esse, que podem endereçar soluções inovadoras para os centros urbanos. Os entes podem contar com a expertise da CAIXA não só em habitação, como em outros setores de PPPs”, acrescentou a superintendente nacional de Fundos de Governo da CAIXA, Marise Viegas.A locação social é uma estratégia prevista na nova edição do Programa Minha Casa, Minha Vida, instituído pela Lei nº. 14.620/2023. Essa abordagem busca o desenvolvimento de uma alternativa para apoiar as famílias que enfrentam gastos excessivos com o pagamento de aluguel. Segundo a Fundação João Pinheiro, 51,7% das famílias com renda de até 3 salários mínimos passam por essa situação.Os projetos de PPP serão estruturados observando as diretrizes da Nota Técnica nº 27, editada pela Secretaria Nacional de Habitação. Entre as diretrizes, está previsto o alinhamento da iniciativa aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. No modelo da PPP, o parceiro privado ficará responsável pela construção dos imóveis e por prestar todos os serviços de gestão condominial, como manutenção, limpeza e segurança, assegurando a boa manutenção dos espaços comuns. Também serão previstas ações de trabalho social para as famílias, contemplando atividades que garantam participação social, sustentabilidade da intervenção, desenvolvimento socioeconômico, segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e promoção da saúde, entre outros.O objetivo é garantir a oferta de moradia em áreas centrais com boa infraestrutura, trazer flexibilidade para atender famílias sem acesso a financiamento e com necessidades transitórias de habitação e a garantir a inserção social da população beneficiária no território e no empreendimento. Além disso, a locação social evita revenda de imóveis e desvirtuamento da política pública. Todos os projetos serão realizados com garantia de participação social e das comunidades locais.“O UNOPS tem uma sólida experiência com a estruturação de projetos de PPP com olhar atento às necessidades das pessoas - e levaremos essa perspectiva para a implementação de mais este projeto com o governo federal”, destacou o diretor e representante do UNOPS Brasil, Fernando Barbieri. O organismo da ONU ficará responsável pela estruturação técnica de toda a PPP, incluindo a definição de diretrizes de infraestrutura e econômico-financeiras, como os valores do aluguel e da contraprestação do Estado ao parceiro privado. Para saber mais, siga @unops_official nas redes!
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Notícias
18 setembro 2025
Governo de Alagoas e ONU-Habitat unem forças para elaborar Relatório Local Voluntário da Agenda 2030
Alagoas deu mais um passo na elaboração do seu primeiro Relatório Local Voluntário (RLV), processo que avalia de forma integrada os avanços, desafios e oportunidades do estado para a implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nos dias 10 e 11 de setembro, em Maceió, representantes de diversas secretarias estaduais participaram de uma oficina conduzida pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), no âmbito da iniciativa Visão Alagoas 2030, em parceria com a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) e a Secretaria de Estado de Governança Corporativa. A atividade teve como referência uma adaptação simplificada da metodologia Revisões Locais Voluntárias Orientadas à Ação (em inglês, Action Oriented Voluntary Local Reviews), publicada pelo ONU-Habitat em 2024, que orienta governos subnacionais na elaboração de seus RLVs, garantindo uma melhor comparação entre experiências locais e fortalecendo a credibilidade do processo de revisão.
Mais do que uma revisão voluntária realizada por governos locais, o RLV atua como instrumento de monitoramento, avaliação e governança estratégica, permitindo que os governos se alinhem à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, identifiquem suas necessidades específicas e definam os caminhos necessários para alcançar os objetivos localmente.Para o secretário especial de Planejamento, Orçamento e Governo Digital da Seplag, Phelipe Vargas, a oficina representa um marco no fortalecimento do planejamento de longo prazo: “O Relatório Local Voluntário nos permite visualizar onde estamos hoje, aperfeiçoar o caminho do futuro e colocar Alagoas em sintonia com as principais práticas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável”.A coordenadora do Visão Alagoas 2030, Paula Zacarias, reforça a colaboração entre as instituições:“Criamos um ambiente de troca em que cada secretaria pôde olhar para seus planos, mas também para a realidade mais ampla do estado. Nosso papel é apoiar o governo na construção do RLV de forma conjunta, garantindo que reflita de fato os avanços, desafios e potencialidades de Alagoas”. Já a gerente do Plano Plurianual (PPA) da Seplag, Marina Beatriz, ressalta que:“Esse processo abre espaço para que cada órgão contribua de forma direta para o relatório. A oficina mostrou que, ao planejar em conjunto, conseguimos alinhar responsabilidades, fortalecer a cooperação e tornar as políticas públicas mais efetivas. Este é apenas o primeiro de muitos relatórios que vão construir uma trajetória de desenvolvimento sustentável para Alagoas”. Próximos passosOs resultados da oficina vão servir de base para validar o diagnóstico preliminar e a construção da visão estratégica do RLV, que será consolidada e apresentada nos próximos meses. A partir desse processo, Alagoas reforça seu compromisso com a Agenda 2030, preparando o estado para o estabelecimento de parcerias, o financiamento de políticas públicas, a transparência governamental e a construção de uma agenda comum para o desenvolvimento sustentável, integrado e inclusivo.Sobre o Visão Alagoas 2030Iniciado em 2017, o Visão Alagoas 2030 é uma parceria do ONU-Habitat com o Governo de Alagoas voltada para promover o desenvolvimento urbano sustentável no estado. A iniciativa busca fortalecer as capacidades técnicas e institucionais do governo, além de produzir e sistematizar dados para orientar políticas públicas com base em evidências.
Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes! Contato para imprensa: Adônis Matos, ONU-Habitat Brasil: adonis.matos@un.org
Mais do que uma revisão voluntária realizada por governos locais, o RLV atua como instrumento de monitoramento, avaliação e governança estratégica, permitindo que os governos se alinhem à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, identifiquem suas necessidades específicas e definam os caminhos necessários para alcançar os objetivos localmente.Para o secretário especial de Planejamento, Orçamento e Governo Digital da Seplag, Phelipe Vargas, a oficina representa um marco no fortalecimento do planejamento de longo prazo: “O Relatório Local Voluntário nos permite visualizar onde estamos hoje, aperfeiçoar o caminho do futuro e colocar Alagoas em sintonia com as principais práticas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável”.A coordenadora do Visão Alagoas 2030, Paula Zacarias, reforça a colaboração entre as instituições:“Criamos um ambiente de troca em que cada secretaria pôde olhar para seus planos, mas também para a realidade mais ampla do estado. Nosso papel é apoiar o governo na construção do RLV de forma conjunta, garantindo que reflita de fato os avanços, desafios e potencialidades de Alagoas”. Já a gerente do Plano Plurianual (PPA) da Seplag, Marina Beatriz, ressalta que:“Esse processo abre espaço para que cada órgão contribua de forma direta para o relatório. A oficina mostrou que, ao planejar em conjunto, conseguimos alinhar responsabilidades, fortalecer a cooperação e tornar as políticas públicas mais efetivas. Este é apenas o primeiro de muitos relatórios que vão construir uma trajetória de desenvolvimento sustentável para Alagoas”. Próximos passosOs resultados da oficina vão servir de base para validar o diagnóstico preliminar e a construção da visão estratégica do RLV, que será consolidada e apresentada nos próximos meses. A partir desse processo, Alagoas reforça seu compromisso com a Agenda 2030, preparando o estado para o estabelecimento de parcerias, o financiamento de políticas públicas, a transparência governamental e a construção de uma agenda comum para o desenvolvimento sustentável, integrado e inclusivo.Sobre o Visão Alagoas 2030Iniciado em 2017, o Visão Alagoas 2030 é uma parceria do ONU-Habitat com o Governo de Alagoas voltada para promover o desenvolvimento urbano sustentável no estado. A iniciativa busca fortalecer as capacidades técnicas e institucionais do governo, além de produzir e sistematizar dados para orientar políticas públicas com base em evidências.
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17 setembro 2025
Selo UNFPA Bahia 2025 reconhece boas práticas em saúde sexual e reprodutiva
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em parceria com o Governo do Estado da Bahia, entregou na última sexta-feira (12/09), em Salvador, o Selo UNFPA Bahia 2025 a 23 iniciativas municipais do estado que se destacaram no fortalecimento da saúde sexual e reprodutiva e direitos, na prevenção de mortes maternas evitáveis e no enfrentamento da violência de gênero. A solenidade, realizada na Bahia Marina, reuniu secretárias de Estado, autoridades municipais, representantes da sociedade civil, além de parceiros do setor privado e da imprensa.“A Bahia mostra ao Brasil que é possível enfrentar desigualdades históricas com inovação e compromisso local. O Selo valoriza essas experiências e amplia sua visibilidade, abrindo caminhos para que possam inspirar outros municípios”, afirmou a representante do UNFPA no Brasil, Florbela Fernandes, durante a cerimônia.As iniciativas premiadas abrangem desde ações de qualificação do pré-natal e do parto até estratégias de ampliação do acesso a métodos contraceptivos de longa duração, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, promoção de masculinidades positivas, empoderamento feminino e fortalecimento da rede de atenção a mulheres em situação de violência. Todas foram avaliadas em duas etapas por uma comissão independente, composta por especialistas, representantes do UNFPA, da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e da Universidade de São Paulo (USP).A secretária das Mulheres do Estado (SPM-BA), Neusa Cadore, participou do evento e comemorou as conquistas:“Quando Estado, municípios e sociedade civil caminham juntos, é possível transformar realidades e garantir direitos. O selo UNFPA é um reconhecimento do compromisso e do importante trabalho que vem sendo desenvolvido pelos municípios baianos, contribuindo para fortalecer ainda mais as políticas públicas do Governo da Bahia com a proteção à vida das mulheres e suas famílias. É também um estímulo para que cada experiência premiada se multiplique, gerando oportunidades e promovendo a equidade de gênero”. Já a secretária estadual da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (SEPROMI-BA), Ângela Guimarães, destacou a importância da missão do UNFPA, compartilhada entre os diferentes níveis de governo: “A iniciativa convoca os municípios a se engajarem de forma firme e inovadora em três objetivos centrais: a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, a redução da mortalidade materna e o enfrentamento à violência baseada no gênero. Enfrentar esses desafios exige coragem, compromisso e uma atuação articulada entre Estado e municípios. Cada ação premiada aqui hoje mostra que é possível avançar quando há vontade política e dedicação às necessidades reais da população".O Selo UNFPA Bahia 2025 tem validade de dois anos e integra a estratégia global do Fundo de População das Nações Unidas de reduzir desigualdades regionais, com foco em populações historicamente deixadas para trás, como: mulheres, afrodescendentes, povos indígenas, comunidades tradicionais, pessoas com deficiência, população LGBTQIA+, migrantes e refugiados. Além do reconhecimento público e da entrega do troféu, as iniciativas reconhecidas terão suas práticas disseminadas em publicações oficiais e nas plataformas digitais do UNFPA, ampliando o alcance e o impacto das políticas locais.Com essa primeira edição, a Bahia torna-se referência nacional no reconhecimento e incentivo a práticas municipais transformadoras, conectando agendas globais – como a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo), o Consenso de Montevidéu e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – às realidades locais, e reforçando o papel do UNFPA como parceiro estratégico para governos, sociedade civil e setor privado.Municípios baianos fazendo a diferençaIniciativas locais estão mostrando que é possível transformar a realidade da saúde sexual e reprodutiva com ações integradas, humanizadas e educativas. Em Itabuna, o projeto “Cuidar para Prevenir” fortalece o pré-natal de alto risco, oferecendo acompanhamento multidisciplinar e atendimento humanizado para gestantes em situações de vulnerabilidade social, adolescentes, pessoas com deficiência e populações historicamente negligenciadas. Com protocolos próprios e articulação entre unidades de saúde, maternidades e serviços de assistência social, a iniciativa tem conseguido reduzir complicações obstétricas e garantir partos seguros e dignos.Em Presidente Dutra, a ação “Autonomia Reprodutiva com Agilidade” amplia o acesso de mulheres e adolescentes ao planejamento reprodutivo por meio da inserção de DIU de cobre realizada por enfermeiras habilitadas na Atenção Primária. Ao reduzir filas e agilizar atendimentos, a iniciativa fortalece a autonomia feminina e promove escolhas conscientes sobre reprodução, respondendo a uma demanda real da comunidade e contribuindo para a prevenção de gestações não intencionais de forma ética e humanizada.Enquanto isso, em Serrolândia, o projeto “Juventude Consciente” atua na educação em saúde voltada para adolescentes, prevenindo a gravidez precoce e promovendo o empoderamento juvenil. Com palestras, rodas de conversa, dinâmicas participativas e ações educativas em escolas e comunidades rurais, os jovens têm acesso a informações qualificadas sobre métodos contraceptivos, direitos reprodutivos e sexualidade responsável, construindo uma cultura de autonomia, planejamento e prevenção.Essas são apenas algumas das 23 iniciativas reconhecidas com o Selo UNFPA Bahia 2025, que demonstram como políticas locais inovadoras podem reduzir desigualdades históricas, fortalecer a atenção à saúde e inspirar outros municípios do estado a replicar boas práticas que transformam vidas.Confira aqui todas as iniciativas selecionadas: https://brazil.unfpa.org/pt-br/news/conhe%C3%A7a-23-iniciativas-municipais-certificadas-com-o-selo-unfpa-bahia-2025 Para saber mais, siga @unfpabrasil nas redes e visite a página do UNFPA no Brasil: https://brazil.unfpa.org/pt-br
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15 setembro 2025
Ministério das Mulheres e UNFPA firmam acordo para fortalecer participação de mulheres e jovens na COP30
O Ministério das Mulheres e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) assinaram na última sexta-feira, 12 de setembro, um Acordo de Cooperação Internacional que visa à inclusão de mulheres e jovens brasileiros em espaços de decisão sobre mudanças climáticas. A parceria tem como foco o protagonismo de mulheres jovens, especialmente de grupos historicamente marginalizados, nas atividades relacionadas à COP30, que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém do Pará.A iniciativa prevê um programa completo de capacitação em justiça climática, gênero e políticas públicas, voltado para mulheres e jovens, incluindo cursos, encontros preparatórios, webinars e participação em eventos, como a Conference of Youth (COY). Além disso, serão criados espaços seguros no ambiente da COP30, garantindo que todas as participantes tenham condições de atuar de forma plena e representativa. O projeto contempla, ainda, a produção e disseminação de conteúdos digitais, infográficos e materiais de sensibilização sobre mudanças climáticas e gênero.A secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Eutália Barbosa Rodrigues, reforçou a importância da parceria: “Este acordo garante que mulheres e jovens brasileiras tenham voz nas decisões climáticas que afetam diretamente suas vidas e o futuro do planeta. É um passo essencial para uma agenda climática inclusiva e intergeracional. Queremos garantir que mulheres jovens estejam preparadas para atuar de forma efetiva na pauta de gênero e clima.”O UNFPA atua como parceiro fundamental do projeto, trazendo sua ampla experiência global na promoção de direitos humanos, igualdade de gênero e no desenvolvimento de políticas voltadas para mulheres e jovens. A agência das Nações Unidas também coordena grupos interagenciais, garantindo que as ações do projeto incorporem experiências internacionais e boas práticas, fortalecendo a participação social qualificada de mulheres e jovens nos espaços de decisão climática.A representante do UNFPA no Brasil, Florbela Fernandes, destacou a relevância da cooperação: “A crise climática é, acima de tudo, uma crise de direitos humanos, que impacta desproporcionalmente mulheres e meninas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade. Nosso papel é fortalecer capacidades, gerar conhecimento e abrir espaços seguros para que essas vozes sejam ouvidas nos debates globais.”A parceria entre o Ministério das Mulheres e o UNFPA reforça o compromisso do Brasil com a justiça climática, a equidade de gênero e a construção de uma agenda internacional de sustentabilidade que seja inclusiva, representativa e intergeracional. A ação inclui a integração com a Secretaria Nacional de Juventudes, destacando a intersetorialidade e fortalecendo a justiça climática sob as perspectivas intergeracional e de gênero.Sobre o UNFPAO UNFPA é a agência das Nações Unidas para saúde sexual e reprodutiva, que atua na defesa dos direitos e escolhas de mulheres, meninas e jovens em mais de 150 países. Por meio do seu trabalho, busca garantir que cada gravidez seja desejada, cada parto seja seguro e que cada jovem possa desenvolver todo o seu potencial.Para saber mais, siga @unfpabrasil nas redes e visite a página do UNFPA no Brasil: https://brazil.unfpa.org/pt-br
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11 setembro 2025
WFP: 80 milhões de crianças passam a receber refeições escolares em 4 anos
Quase 80 milhões de crianças a mais estão recebendo refeições escolares por meio de programas liderados por governos em comparação com 2020 — um aumento de 20%, que eleva o total global para cerca de 466 milhões de crianças, de acordo com a última edição do relatório bienal O Estado da Alimentação Escolar no Mundo, divulgado nesta quarta-feira (10/09) pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP).De acordo com o WFP, essa conquista reflete o compromisso crescente dos governos, que mantiveram e ampliaram seus programas mesmo durante a pandemia da COVID-19 e em meio às atuais incertezas econômicas globais. “As refeições escolares oferecem muito mais que um prato de comida; elas representam uma porta de entrada para a educação, saúde e oportunidades futuras”, afirmou a diretora executiva do WFP, Cindy McCain. O relatório ressalta que os avanços foram especialmente expressivos em países de baixa renda, que registraram um crescimento de quase 60% na cobertura dos programas nos últimos dois anos. A África foi o continente que mais avançou, adicionando 20 milhões de crianças atendidas. Países como Etiópia, Quênia, Madagascar e Ruanda ampliaram seus programas entre 1,5 e 6 vezes no período. Outro marco é o surgimento de novos programas nacionais em países como Canadá, Indonésia e Ucrânia, além de iniciativas-piloto em nações de alta renda, como a Dinamarca. Com isso, a alimentação escolar se consolida como política pública não apenas em países em desenvolvimento, mas também em economias avançadas que reconhecem seu papel no bem-estar infantil e no fortalecimento dos sistemas alimentares.O relatório também evidencia que a maior parte do financiamento para esses programas vem de recursos domésticos: 99% dos US$ 84 bilhões anuais aplicados mundialmente são investidos pelos próprios governos. Ainda assim, subsiste um desafio: metade das crianças em idade primária que ainda não recebem refeições escolares estão em países de baixa renda, onde a cobertura média é de apenas 27%. A publicação destaca ainda o papel da Coalizão de Alimentação Escolar, criada em 2021 e que hoje reúne 108 países, 144 parceiros e seis organismos regionais. Segundo o WFP, quase dois terços da expansão recente se devem a compromissos assumidos por membros da coalizão, que têm impulsionado políticas públicas integradas em educação, saúde, agricultura e proteção social.Além de combater a fome e melhorar a nutrição, os programas geram impactos positivos em diversos setores: ampliam a frequência escolar, criam empregos (cerca de 1.500 por cada 100 mil crianças atendidas) e estimulam economias locais ao comprar alimentos de pequenos produtores. Evidências apontam que, para cada dólar investido, o retorno em benefícios sociais e econômicos pode variar entre US$ 3 e US$ 9.Apesar dos progressos, o WFP alerta que os cortes previstos na assistência oficial ao desenvolvimento podem ameaçar o ritmo da expansão, especialmente nos contextos mais frágeis. O relatório reforça o apelo para que governos e parceiros mantenham os esforços, garantindo que todas as crianças, em qualquer lugar do mundo, tenham acesso a uma refeição saudável na escola — condição essencial para um futuro mais justo e sustentável. Para saber mais, siga @WFPBrasil nas redes e acesse o relatório completo (em inglês): https://www.wfp.org/publications/state-school-feeding-worldwide Contato para a imprensa:Daniela Costa, Assessora de Comunicação, WFP: brazil.communications@wfp.org
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